31 de dezembro de 2011

Feliz 2012!!!



Quando alguém te fizer chorar
Quando alguém te fizer perder
Quando alguém te fizer pensar que o amor não existe
Quando alguém te fizer desistir... E tantas outras coisas
Lembre-se que foi alguém
E alguém é ser humano
E todo ser humano erra
E não é por isso que você deve guardar raiva, rancor, ódio,
Até por que se formos parar para sentir isso
Estagnaremos...
Pararemos num longo espaço entre os ponteiros do relógio
E quando dermos o próximo passo, este pode ser o último.

Todos erramos, todos acertamos...
O que realmente importa
É que todos estejamos sorrindo a cada segundo
E dando passos para que o caminho da vida nunca nos leve à morte,
Mas sim para a vida eterna.

Feliz Ano Novo!

Luiz Aguinaldo - Maestro

28 de dezembro de 2011

O que é tudo e nada?


Eu sou o criador de versos incompreendido
Todos dizem que não sou inovador
Tudo o que digo é o seu sorriso,
Tudo o que penso é seu jeito,
Tudo o que procuro é o seu olhar, penetrante,
Tudo o que é tudo é você...

E não me sobra nada
Nada nas entrelinhas das palavras
Palavras que não significam nada para ninguém
Nada é o que existe sem você...

Entre o tudo e o nada
Não há brechas,
Não há distância.
Entre o tudo e o nada...

Nunca vou poder escrever coisa outra
Nunca vou poder dizer tudo
Nunca... Nem por um segundo consigo pensar em nada.

Enquanto houver esse mesmo sorriso;
Enquanto houver esse mesmo olhar;
Enquanto houver esse mesmo jeito;
E se não houver mais, morrerei.
Tudo e nada serão pequenos demais para mim.

E não caia em pensar que nada muda.
O meu coração continua do mesmo tamanho,
Mas o que não vês
É que o meu amor já está além do que pode ver,
Muito além do que pode pensar,
Muito além do que imagina,
Muito além de nada e de tudo...

O meu amor está além de mim...
O meu amor está em você.




27 de dezembro de 2011

Reciprocidade entre o silêncio e as palavras

Imagem retirada da internet

Tua quietude diz tudo
Teus lábios inertes respondem ao que penso
Teus pensamentos atônitos e confusos traduzem o que sinto
Sinto-me tão pouco quando sou todo
Sou todo o mundo em volta de ti
Sou diferente do mundo... Quero te abraçar...

Sou o poeta que respira palavras,
Mas por ti usaria do silêncio como cobertor na noite fria
Morreria? Não sei... Acho que morreria!
A pena valeria... A dúvida não me assustaria
Enquanto tenho a certeza de que morrer por amor
É viver eternamente.

23 de dezembro de 2011

Uma foto que tirei

Imagem retirada da internet


Eu pedi para ficar sozinho
Quem não quer a liberdade de amar sem ninguém?
É tão mais fácil dizer eu te amo para mim mesmo
Gostar dos meus próprios versos cantados
Ou dormir abraçado no travesseiro macio
Sonhando acordado com a foto que eu recortei
De quando a gente nunca se viu
Era eu e um sorriso meu, mas que não era para mim
Era um sorriso de uma foto, guardada, parada, estática,
Para guardar longe da estante, sem frio, sem brio, só rio...

Eu desejei correr sobre o campo de girassóis, a sós,
Sem o ‘nós’ que nunca existiu.
Sobrevivi ao soterro do dia que tardou cedo e vazio
O galo só cantou ao meio dia, sem voz...

Perguntei ao dono da dúvida se ele tinha ouvido
O barulho que ensurdece do sono do poeta semi-vivo
Ele nunca ouviu os acordes suaves, da melodia bela grave,
Ele apenas sentiu o vento frio-quente, ele viu a gente,
Poeta e semente, como uma flor cantada sob o bico da ave
Que passava voando, planando boba sobre a sombra.

Procurei dar os passos de acordo com o tempo
Passei a procurar o tempo para acordar
Dormi um sono sem sonho, e me realizei,
Porque na realidade foi esse sono que sonhei
Pensando em te escrever, em cantar para você.
Pensei em você cantar para eu escrever.
Você pensou numa canção para a gente se amar.
O amor é uma ousadia, uma corada bochecha sadia,
Da vergonha em cantar para o mundo dos nossos sonhos ouvirem,
Porque os nossos sonhos não pensam, eles acontecem por querer.

Tudo se resume num travesseiro
Que persuasiva marcou seu cheiro
Só para eu não querer dormir...

Eu nunca mais fechei os olhos,
Nunca mais quis que fosse um sonho...
Mas não era sonho...
Era só você me abraçando feliz.

22 de dezembro de 2011

Medo do tempo

Imagem retirada da internet


Eu não gostaria de vê-la dormindo com esse medo,
Mas não se afaste dele... Pode ser preciso guardá-lo.
Mas se achegue perto de mim...
Eu posso não saber toda a verdade, mas porque não quero.
É muito mais prazeroso surpreender-se que descobrir.

O tempo traz consigo toda nossa planta crescida
E nos dá a oportunidade de colhê-la.

Não se esqueça de deixar a janela aberta.
É por ela que os nossos sonhos ganham realidade.

Eu poderia protegê-la do seu medo
Virar guerreiro armado e ter um exército para matá-lo,
Mas eu prefiro o impossível
E quando o impossível deixar de existir... Morrerei!
Pois quando o inexplicável dormir, nada mais será encantado.

Não se deixe levar pelo frio que o seu coração treme.
Pegue a minha mão e a faça de cobertor.

O tempo e o medo são inconstantes que teimamos em contar.
Não me conte sobre o tempo.

O tempo e o medo são uma faca de dois cortes.
Não os use para matar... Dê-os a mim... Que eu arrancarei flores para lhe presentear.

Quando há surpresa

Imagem retirada da internet


Chega o outono e as folhas caem
Toda clorofila se desfaz num gesto de desprezo
E vejo o coração humano vivo nesta mudança.

O vento sopra os cacos do coração
As tais folhas que um dia fizeram sombra para um beijo sincero
E hoje elas são secadas pelo calor do sol que a nuvem não cobriu
Não que ela seja má, até porque ela já trouxe chuva para os amores molhados,
Mas porque nem mesmo a saudade é sincera,
Nem mesmo a solidão é uma megera...
Ela apenas não crê em si mesma... Nem mesmo nós cremos em nada...

O tempo... Sim o tempo...
Que acompanha as frações e os frisos de olhares
Maldosos, maliciosos, inocentes e de crianças adultas.
O tempo dá as mãos para o vento na caída de cada folha, de cada flor,
Do seu aconchego ao chão marcado pela ausência de alguém,
Dá as mãos como um casal que promete eternidade e morre no para sempre,
E se debruça nas lágrimas da tempestade que traz frio...

E quando parecia que a noite seria enfim o silêncio da perdição,
De dois nadas, de dois destinos cruzados entre várias agulhas e linhas,
De suavidade pedra e brutalidade macia, de dois lados e um motivo de dois,
Eles correm pela chuva cruzando o espaço e o tempo.
E tudo para... Menos a chuva e suas mãos dadas
Girando seus corpos como se o infinito fosse um mero expectador da esperança.
Se abraçam... Os corpos sem sintonia alguma...

E outras gotas de gostos diferentes bailam entre o vento e seus rostos.
Doces brutos toques alcançam a macia face corada e secam o molhado infinito,
Foi como tocar um coração com a mão de sua alma...
Um sorriso...
E toda a natureza que pregara sua peça sobre o que foi criado,
Se rendeu à grandeza de duas forças apaixonadas...

Não houve chuva, nem tempo, nem frio, nem outono,
Nem o trem, nem muito menos qualquer estação ou distração da verdade...

Todos se renderam ao invencível...
Todos... Todos...
Todos ouviram dois dizendo por um...
Todos descobriram através de dois...
Todo amor.

Como sentir


Hoje é saudade, é desespero
Amanhã é carência, é exagero
Depois é o tempo que não é agora
Agora pode ser também o momento de depois.

Amor.

Posso não desejar tê-la e querer-te
Posso não desejar possuí-la e possuir um sentimento arrasador por ti
Posso não e posso sim
Não posso...

Acordar e não te ver ao meu lado
Levantar e sonhar contigo dormindo
Tenho paz? Olha só o meu estado!
Minha tristeza pode ser não vê-la sorrindo.

Se formos parar para prestar atenção
Nas dualidades da confusão
Não perceberíamos que há amor
No meio de toda essa.... Confusão.


21 de dezembro de 2011

O mínimo da história



Eu vou contar sobre uma passagem da minha vida, talvez irrelevante, mas de grande valor. Vejam, um menino de 6 anos aproximadamente, feliz, brincalhão, bobo de tudo, um dia é chamado pelo seu pai para ir ao cinema.
Ele toma banho, é trocado pela sua mãe, assim como também seus irmãos, e vão para o cinema. Adentram a uma sala simples no centro da cidade, compram pipoca e ficam sentados e com os olhos fixos em uma tela enorme ("a maior tela do mundo, né pai?"). EM cartaz 'Simão, o fantasma trapalhão'... A felicidade é enorme e contagiante.
Ao chegar em casa, todos felicíssimos, o menino, na sala de casa começa a chorar, seu pai vai ver o que ele tem, senta em uma poltrona de sofá antigo, o coloca no cola e pergunta o que havia acontecido e o menino diz:
 - Pai (Kleber Luis Cuaglio), não foi nada não.
 - Você está feliz, filho - pergunta o pai
 - Sim pai, muito. Hoje é o dia mais feliz da minha vida.

Eis uma pequena passagem de uma história de um menino muito emotivo, sensível, brincalhão e às vezes nervosinho.
Ele depois disso foi à escola tentar tirar as melhores notas para mostrar para seu pai, não para ganhar 2 reais a cada nota A ou 10, mas para que o pai sentisse orgulho dele, mas o pai nunca disse isso mesmo que assim se sentisse. O pai dele ia ver os jogos dele de futebol, sempre criticando e de vez em nunca dizendo 'hoje foi bom', mas o que ele não sabia é que era por orgulho pelo filho e queria que ele crescesse mais. O pai dele um dia o chamou de burro, mas por uma coisa besta, situação de momento de raiva, o menino chorou e disse que ainda iria "esfregar o diploma na cara do pai". O menino estudou bastante, e conseguiu então uma chance de cursar uma faculdade (coisa que o seu pai não tinha condições de bancar) de graça e compartilhou da alegria com o pai que no momento permaneceu intacto, sem demonstrar emoções. Esse menino teve que escolher um dia entre os pais e alguém, e pensando no seu pai ele escolheu a família sem dúvida alguma. Alguns dias depois, depois de tantas conturbações entre pai e filho e um amor inigualável, o pai, tarde da noite estava um pouco mal, ele se preocupou e pediu para levá-lo ao médico, mas o pai não quis dizendo que estava bem. No outro dia de manhãzinha, o filho iria trabalhar mesmo sendo seu dia de folga... Preocupado, antes de sair de casa abriu a porta do quarto dos pais, viu que ambos estavam dormindo e deu um beijo em cada um, bem devagar para não acordarem. No trabalho recebe uma visita de um parente dizendo que o seu pai falecera.
O menino nunca mais então teria uma bola de futebol, uma bicicleta, um futebol na chuva, broncas, tapas, cinemas, dormir na cama do pai com seu cheiro no travesseiro, dormir na barriga do pai, ser chamado de "Gordo", e muito menos chegar no dia de sua formatura e ao invés de esfregar o diploma na cara do pai, entregar o diploma a ele e dizer: "Pai, esse foi para você, foi por você. Muito obrigado por me fazer quem sou!"

Pai, eu te amo muito (infinitamente).

Cante essa canção


Imagem retirada da internet


O solo foi tocado em uma nota só
A melodia é a nota vesga que alcança o sol
A letra torta em uma folha de papel qualquer
Revelam a ira do revolucionário que culpa o Estado
Por deixar ir embora o seu amor e este passar a andar a pé
Pelas estradas, pelos serrados proclamando a fé
Em um amor aquém das histórias de novela.

Virou marujo dos sertões e andarilho da noite
Passou a beber da saudade do seu amor
Enquanto debruçava sobre a folha uma taça de vinho
Escrevia por horas uma história para que ninguém visse.
Talvez ele já estivesse sentindo que dormiria sozinho
Pelas noites entre seus medos e os sonhos daqueles carinhos,
Dos afagos no cabelo e dos beijos lembrados de demora.

De sonho em sonho, de cidade em cidade,
Eis que encontra a pista para a felicidade
Não sabia o tamanho, nem mesmo a dualidade
Escolher entre um sonho vazio ou um sono cheio de saudade.

Numa árvore de flores azuis, ao lado de um pé de amoras,
Uma metade de coração desenhada no barro,
Sentou, não acreditou e ficou contando as horas
Entre uma estrela e outra, uma lembrança e um suspiro de abraço.

O prosador de contos solitário
Ouve um grito desesperado,
Corre desarmado para o infinito,
Enfim encontrara sua inspiração do princípio
De dias a esfomear de amor
Desenhou a outra metade do coração de barro
E fez surgir um lindo vaso para a flor que reencontrara
De um novo tempo, de outros ventos,
Para o tilintar das taças no ano que começara
 A fim de terminar uma nova canção,
Outro fim para a história,
Outro lema para a revolução...

Quando as nuvens trouxerem chuva forte
Vá até o meio da rua e cante essa canção.
Quando encontrar o amor para além da morte
Vá para aonde há chuva... Leve-a...
E una nas lágrimas das nuvens dois eternos corações.
Una em duas saudades um encontro
Una em duas notas, uma melodia...
E cante essa canção.

19 de dezembro de 2011

Entre o que estava escondido


Eu quero que a saudade se torne o motivo da sua volta
E que os mares sejam um torpe sonho de ninar
Numa noite de maré alta e terremoto interior
Eu quero que a vaidade se afaste do nosso amor
E que a terra padeça sob os pés dos céus sem culpa
Num dia ensolarado de semana com direito a água para nadar.
Vou mergulhar entre os pedidos e os desejos
Vou caminhar sobre o perigo e seus medos
Irei buscar o infinito com a ponta dos dedos
E com os mesmos tocar em cada um dos teus segredos
Abrirei esse baú de tesouros escondidos
Pegarei para mim apenas o coração partido
Colarei os pedaços e colocarei na minha estante
Não como um troféu, mas como uma lembrança
Assim como o sorriso é conquistado por uma criança
E todos saberão que reconstruí o que há muito estava guardado
E fiz dele o maior pulsar:
O pulsar de um apaixonado que descobriu o que é amar.

Sair para entrar, ciclo vicioso



A vida é uma simples complexidade
Entre ser, não querer ser e deixar de ser para ser.
Se algum dia você quiser fugir disso, saiba
Que tudo depende de como você vai.

Se for a pé, não irá tão longe e gastará muito tempo;
Se for de bicicleta irá um pouco mais longe,
Mas ainda assim em muito tempo;
Se for de moto ou carro poderá ir bem longe;
Se for de avião quase não há limites;
Mas se for com a mente e o coração
Você poderá até ir a lugares que achava que não existia.
Fugir é não descobrir o que poderá vir,
É deixar de ser o que deveria de fato ser,
E descobrir que a fuga da vida
É apenas a partida para uma nova vida,
E que tudo o que precisa ser diferente
São as suas prioridades.


Homenagem à conversa que tive com Eloísa Ricci, a escritora dos sonhos.

15 de dezembro de 2011

A história é simples...

Imagem retirada da internet


Um cara ama uma mulher, demora para conquistá-la, mas consegue.
Eles namoram, noivam, se casam e vivem juntos.
Têm filhos, netos, bisnetos, tataranetos, tataratataranetos.
E ele faz o seu aniversário de 100 anos e diz para ela:
- Faz 100 anos que eu amo a mesma mulher.

Ela estranha e diz:
-Mas estamos juntos há 80 anos. Não há como você ter me amado por 100 anos.

Ele diz:
- Eu sempre quebrei todos os paradigmas da vida meu amor. Eu já nasci sabendo que amava alguém, só não sabia que era você. E quando finalmente consegui te conquistar descobri que já a amava por 20 anos. Ninguém entende o coração e muito menos Deus. Ele foi quem me disse que a minha vida, ou no mínimo o ar que eu respiro teria de ser você, por isso eu nasci, por isso eu sempre a amei desde o momento em que respirei pela primeira vez.


de: Luiz Aguinaldo

Cada parte de mim



Eu fui capaz de me melhorar
Nunca mudei o fato de eu ser assim
Mas enquanto alguém dizia que eu tinha que mudar
Eu pensava em você...
Você me aceita assim?

A garoa que escorre dos olhos do céu
Cai e grita pela longa distância de tempo,
Estrada de asfalto ou qualquer estrela no céu
Esse é o caminho que terei de percorrer
Para olhar nos seus olhos mais uma vez...

Zilhões de motivos me pedem para parar
Outros milhões para desistir,
Mas enquanto eu for um almejando ter mais alguém
Eu vou esculpir seu sorriso nas pedras preciosas,
Vou desenhar seu olhar em qualquer nota valiosa,
Escrever seu nome nos bancos de ouro,
Mandar cartas suas para o céu,
Dizer o quanto maravilhosa é entre as flores,
Traduzir o que você é nas capas dos livros mais valiosos...
Só para o mundo perceber que para mim
Você é a mais bela, mais valiosa, mais ornamental,
Mais maravilhosa e indescritível...

E que o fim do mundo possa tentar te levar
Para onde eu nunca possa te encontrar,
Mas saiba que você sempre estará aqui,
Você faz parte de mim
E nada poderão fazer para isso tudo acabar,
Pois além do fim do mundo...
Eu jurei te amar.


12 de dezembro de 2011

A sólida verdade que transborda

Imagem retirada da internet


O universo é finito,
Pois se nos limitamos a dizer que é universo
Logo sabemos o que ele é e fim.
O infinito é finito,
Pois sabemos que a dimensão dele é imensurável.
A rosa é de fato rosa
E não é porque ela tenha outras cores que ela não seja rosa,
Afinal, você nunca parou para ver como ela é por dentro.
O mar azul sim pode ser verde
Ainda que transparente
Pode ser frio,
Pode ser quente,
Pode tanto ir além do horizonte
Como pode também se só da gente.

Mas estive pensando
Sabendo que não há como pensar.
Tudo culpa da minha esperança de te amar.
Ah! Isso sim pode ser infinito,
Se é que o infinito existe,
Afinal, eu nem sei o tamanho do que sinto
Se é que sinto, se é que vejo, se é que existe
O importante é que os meus sonhos não terminam
E os meus sonhos são você.


Quando é reflexo um do outro

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Há um vidro quebrado no chão
Seu formato é tão diferente quanto meu amor
E não me importa se ele poderá me ferir
Eu vou deixá-lo ali,
Naquela mesma calçada
Para que eu possa passar por perto
E ver o seu reflexo
Me olhando e a sorrir.
Eis a grande diferença de estar amando
Percebemos quando olhamos cacos de vidro
E entendemos um ao outro
Como se fossemos um espelho.

8 de dezembro de 2011

Construção

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É com palavras que os castelos se levantam
“Força!”, “Para cima!”, “Parabéns”
E com as palavras os Poetas se exaltam
Constrói para suas princesas castelos, jardins e aquém.

O Poeta não derrama lágrimas suas
Somente perde as palavras que derretem de seus olhos
E para Ele não há versos e estrofes longas nem curtas
Simplesmente uma ligeira bebedeira de sentimentos sóbrios.

Sou poeta, mas sem a grandeza de um.
Sou um alguém qualquer, mas Poeta.
Nas estradas do meu destino, meu coração é seta
Indicando o caminho de direção incomum.

Encontro linda moça chorando discreta
E lhe pergunto o que aconteceu.
“Descubro que seu coração é maré deserta.
Prometo-lhe meu mundo, tão meu quanto seu.”

Foram versos e mais versos, alguns sem palavras,
Poemas e mais poemas,
Mas a maior construção do Poeta
Foi construir o sorriso verdadeiro da mulher amada.

7 de dezembro de 2011

O motivo

Imagem retirada da internet


O seu sorriso é o meu motivo
Um motivo é o que eu preciso
Sempre preciso de um ombro amigo
Amigo, por isso te digo
Que dizer não basta
É preciso que eu faça
Ela ver que eu estou aqui
Aqui e aonde ela quiser estar
Estarei cuidando dela
Como o vento cuida do mar
Faz a vida se mover
E olhar o Sol,
Juntos na areia da praia
Para que eu veja o último sorriso
Antes do Sol se pôr
Por que já sinto saudades?
É porque a saudade é a lágrima do amor.

Chora... Chora e sorri
Nada disso é história
Cá estamos, aqui
Nos amando na lua da praia.