31 de dezembro de 2010

Ano novo

Não estou aqui para dizer sobre o ano que se passou
Muito menos do que aconteceu
Tudo é novo e não o que sobrou
Só a consequência do que se sucedeu.

É bom saber que não preciso mais perder para dar valor
Nem ser o perdido que se reencontrou
Passo agora a ser o acreditado
Passo então a ter os ideais testados
Passo a ser o último número da equação
Se o final será exato ou não
Dependerá de mim e de mais um alguém
E de mais ninguém.

E se me fortaleço na fé incontestável
Incontestável também é a minha imortalidade amorosa
Que me fortalece e me enaltece a um patamar maior.
Duas rodas e o teto, só isso quero, não só isso conquistarei
O fim disso não sei,
Quem sabe esse seja o começo
Ou então que seja o meio
Meio mais delicioso de saborear a vida em um mundo de dois
O resto, a gente fica sabendo depois.

Viva esse ano intensamente,
Pule, dance, agite sem descanso,
Não é só mais um ano,
É o ano de fazer diferente
Faça que nem a gente
Crie planos e lute pelos tais
Unir a ideais e vencer
Somos um ao outro
O Eu e o você
O descaso e o prazer
E no final quando as luzes se apagarem
Deitaremos numa só cama
E dormiremos para acordar abraçados às nossas conquistas.

Feliz 2011.

29 de dezembro de 2010

Garrafa – o líquido é a nossa mente

Ser por um ato impensado
O querer de palavras indecentes
O saber dos poucos aloprados
O andar dos pés descalços
Doses e doses d’álcool presentes
Na mente frágil e inerte.

Não pensa em guardar seus próprios e suas propriedades
Caem as bombas e nossas cidades
Pessoas indefesas pedem socorro e ninguém ouve
Estão todos preocupados com os presentes
E felizes estão os que não veem os descontentes.

Vista seu terno ou sua roupa rasgada
Limpe o chão que depois de brilhante você estraga
Queime as fotos do passado, ditadura
E mudaremos democraticamente o teor de lucidez
Mas faremos diferente dessa vez.

Toda garrafa com o seu líquido, seja qual for
Só fará efeito pelos goles que você tomar
Só terá direito aquele que quiser tomar
E só valerá o feito se a consequência continuar
Temos em nossas mãos o líquido e o poder de fazer
E só faremos mudar.

27 de dezembro de 2010

Rack – Guardando os novos sonhos realizados

Onde os seus livros da escola não moram mais
Seus cadernos com letras fáceis não tem mais interrogação
Aonde você chorou por tristezas banais
E os problemas de matemática sem solução.

Tudo ou caiu ou foi jogado pelo chão
Com tuas mãos delicadas pedindo perdão
Hoje cruzam seus dedos por oração
Entram e saem os medos e os planos do seu coração.

Aonde as bonecas serviam para enfeitar,
As cobertas de flores te cobriam no frio
Tudo caiu ou foi derrubado por novos ideais
O mundo de uma menina inocente não existe mais.

Já é dia, nunca é tarde,
Basta!
Seu mundo mulher se funde com o meu
Menino de fé, pupilo ateu
É tudo virgindade casta.

Meu mundo de mimos jogados na cara
Consegui minhas próprias coisas, tive tudo na mão
Porque batalhei para ocupá-las
E não porque alguém me deixou em depressão.

Eram dois mundos diferentes, mas sempre iguais
E hoje nosso universo tem um só eclipse
Que não possamos inexistir pelos alheios palpites
E sermos eternas rotações de órbitas naturais.
De um mundo de única patente
Somos o passado e o presente
E o nosso habitado futuro
Para sempre e sempre em nós
Juntos.

25 de dezembro de 2010

Dinheiro (Ser quem sou não tem preço, tenho o que mereço)

Veja meus objetos
As relíquias guardadas nos armários
Custaram tão caro!

Eu cuido do meu futuro olhando o passado
Vivo o presente como se fosse meu
E minha imagem pertence aos outros, tolos ateus
Tenho crença de criança inocente
Irei para o céu acima da terra infernal
Felicidade... é natal
Lucro brutal, sepulcro da inconsciência moral
Isso custa caro!

Veja meu coração bombeando desorientado
Vômito do corpo rejeitado
Velam o meu como se fosse o fim
E choram no meu túmulo como se fosse por mim.

Eu paguei por ter me revoltado
Cobrei por ter acreditado, tive ideais
Morrerei esquecido, vítima da lei humana
Que é por bem, e engana
Eu paguei caro!

De todo o valor malogrado
Sobraram os meus princípios intocáveis
Amor verdadeiro e amigos amáveis
De tudo o que foi vivido, o impagável
De tudo o que foi sentido, o desfrutável
E nunca tive de me preocupar no fim do mês
E vou levar comigo no que penso ser o infinito
Talvez o sonhado paraíso
E que para entrar, pela lei divina, pagamos os pecados.
Porque viver em dívidas?
Resta-nos... Viver e morrer endividados.

19 de dezembro de 2010

25

Enquanto não vinha ao mundo
Passei correndo pelo corredor da pressa
E hoje minha calma me mata de cansaço
E me canso rotineiramente.

Coloquei o pé direito na sala do saber
O esquerdo revoltado foi visitar a ignorância
E mal sabia eu que todo mundo fazia isso.
Minhas mãos abriram as portas da felicidade,
Mas a minha cabeça estava em outro lugar.

E o meu coração ficou ali naquele corredor
Vendo gente passando, indo e voltando
A minha senha era 25 e lá se ia o segundo
E de repente fui puxado para a escuridão
E vi a luz.

Entrei em um lugar de muitos iguais
Apressadamente calmos, sabendo e fingindo não ter ignorância
Felizes conformados com o lugar que seu coração sonhava.

Eu fui trazido para cá à força
Forçaram-me a viver de decepções
Amores e surpresas
Animal sem presas nem ter com o que se defender.
Eu prefiro voltar para a escuridão
Do que ver que a luz cega os meus olhos.

Ao invés de contar as horas pra te ver
Eu prefiro te ver e perceber que as horas ao seu lado são incontáveis.

Prateleira que me coube um dia

A sua prateleira está quase completa
Seus causos e mentiras
Orgulhos e machucados
Mantém os olhos semicerrados
Nada tem nem lhe convém
Quando eu estou por perto.

Se desprotegida está
Temo o dia em que eu disser
Que humano sou
São e sem questão
Maldita imprecisão
Sou atordoado em todos os sonhos
Inimigos de todos os tamanhos
E você só foi ajudar.

Não sou nem ruim nem bom
Marginalizado pela dissociação dos seres iguais
A pedra daqui não cai em qualquer mar
Ela escolhe e se põe a nadar
Segue tua margem, pinta-a em semelhança
Com a minha sedentária andança
Sempre com destino a você.

Tenho tatuagem interior
Fiz para sentir mais forte esse amor
E de lembrar-me da dor de quando fiz
Suo as lágrimas do coração
Corro para o mesmo infinito de antes
Pode ser que eu nunca chegue ao fim
Desde que dê para lhe dizer um oi
Nem que for de longe
Com esperança de você voltar
Ficarei feliz, pois pensei, disse e fiz
E quase morri, foi por um triz
Vi tudo embaçado
Tudo por um amor revoltado.

16 de dezembro de 2010

Provável

Eu consigo dizer
Entre todas as palavras aquela que não existe
Posso saber que estar longe não é estar perto
Que estar perto está longe de ser mal
Posso chegar aonde eu quiser com palpites
Pegue um copo d’água e vá ao deserto
Saberá o que fazer com um pomar de laranjas.

Arrume o seu quarto porque vamos fugir
Eu posso ir aí
Ou então você vem aqui
Desde que eu possa sonhar realizar
Realizarei o meu sonho de ontem à noite
Enquanto você bebia e fazia besteiras
Eu chorava rios e corredeiras
Por uma saudade que trás inspiração
Mas prefiro não sentir saudades
A não ser que você me dê a mão.

Eu enquanto você longe

Eu sinto falta dos seus cabelos
Loiros, morenos, tanto faz a cor.
Sinto falta do teu cheiro
No corpo, na roupa, no travesseiro.
O teu cheiro Amor,
Agraciado pela inconsistência do vento
Mudam a direção e eu seguindo
Persuadido e em conflito
Me encontrei perdido
Olhando pro redemoinho
Sozinho, sozinho, por uma semana
Eu sei teu caminho, te encontro na cama.

Espero que a esperança não seja por esperar
Que seja então a vontade de te amar, de novo
Como sempre foi e cada vez piora
Meu desespero chora,
Mato-me e desbaratino,
Chora coração menino...

Não me esqueço que não dá pra esquecer...
Vem eternizar minha infinita vontade de você.

15 de dezembro de 2010

Nós Amamos

Meu destino não é de ninguém
Nem meu nem do futuro que carrego
Sei que as águas correm ao ponto baixo
Pule na água para se suicidar
Sabendo que não vai morrer
Eu estou aqui em baixo.

Estou olhando para cima
Esperando algum sinal vindo do céu.
Enquanto isso indago meu destino
Que não sei se devo chamar de “meu”
Pois os outros interferem e dizem que é a vontade de Deus.
Mas uma coisa é verdadeira, dessa nunca vou esquecer
Controlo tudo o que sinto, então um amor viverei!

Aquele que arrepia e estremece
Queima o corpo da mente fria
E mesmo enquanto sentia
Tentava esquecer que sentidos tinha
Os meus olhos nada viam,
Os meus ouvidos nada ouviam,
Da minha boca nada saía,
Só teu cheiro respirava,
E te abraçava, beijando-a instantaneamente.
Dilacera o coração que se joga,
Recolhe e acode quando se quebra
E tudo tem um sentido apenas.

Olho para o céu tentando encontrar
Magia divina que marcou aqui neste peito
Emoções me levam a acreditar
Que para sempre poeta viverei
E de todas essas sensações somente uma guardo para mim.

A de poder estar ao seu lado
Talvez esta seja tão indescritível
Que sua ausência seria sentida
Mesmo que não tivesse acontecido.

Creio que no papel consiga
Transcrever todas estas sensações
Mas de amor é feita a vida, para isso basta
Gerar-se qualquer conclusão.
Ao mínimo certifico de que sou capaz de provar
Que para viver algo além do imaginável apenas preciso saber sonhar!



DE: Luiz Aguinaldo e Anderson Oliveira

Esculpir-se

A desinteressante obra humana de si mesmo...

Entende o que quer
Interpretar não é mais o que é
E sim o que parece aos olhos ocultos.
"Descobri aonde foi parar o pensamento"
Não quer dizer que este seja o meu.
Gasta-o com proteínas e suplementos,
O que numa leitura compra a eternidade.
Milhas a mais andadas,
Atitudes premeditadas e surpresas,
Não valem a injustiça de quem detém palavras
Ainda que estas detenham presas.
Por meras a mão no peito, acima do coração,
Não é patriotismo,
É a dor da saudade,
Contenta-se o céu acima do abismo?
Belo rotulado... É apenas o incrédulo coitado
Que nunca soube o que é cair.

13 de dezembro de 2010

Em instantes

Eu espero que esperar não me faça adoecer
Sinto que o que está por vir nunca pode acontecer
Porque você não estava aqui
Ou então eu ainda não tinha visto você.

Jogo dominó embaixo do cobertor
Faço um caminho perigoso
Um esbarrão e tudo cai
Esse é o medo que me atrai.

Falo do passado usando o tempo presente
Uso das minhas loucuras pra provar que sou consciente
Já que nem machuquei as mãos
Vou segurar o vento para que não mude o tempo
E o sol que iluminava vire a chuva que me atrapalha.
Vou sair na nevoada e quero que fique em casa
Quero que volte pro seu quarto
E escreva uma carta extensa
Diz que sente minha presença
E esconda sua tristeza
E quem sabe em alguns instantes
Eu não apareça de surpresa.

Andorinha atrás da pedra

Fui deitar nas margens e encostei-me a uma pedra
Sua indiferença me incomoda
Ela não canta como uma Andorinha solitária
Ela quer ser diferente, mas se cala
Guarda em seu colo uma mente transtornada
Obcecada em demasia
Por aquela Andorinha
Que voou longe sem destino.

Finge estar só, mas ela incitava
Ouvia uma só voz e delirava
De repente virou travesseiro
Aquela pedra daquele canteiro
E quando vi já não era a realidade, muito menos pesadelo
Dormi acordado enquanto acordava sonhando
Encontrei com a Andorinha em voo plano
Seguimos algum caminho e fizemos planos
Navegar em alta velocidade no oceano
Voar na calmaria de seu canto
Escolher coragem ao medo
Trocar o destino da passagem pelo segredo
Não ser miragem, ser desejo.

E enquanto acumulo pensamentos
E as horas insistem,
Homem e Andorinha
Condecorada sinestesia
É quente, gostosa verdade
Esta noite é fria
Cubro-me com tua saudade
De estarmos sempre juntos.

11 de dezembro de 2010

Consciência animal


Enquanto a vida permanece intacta
Os seus olhos continuam abrindo
Alguns continuam andando
A lua acordando enquanto o sol está dormindo
Você tem amigos e inimigos
E eles o têm,
Nós comemos a nossa alma
E bebemos do líquido vermelho,
As veias saltadas
Os olhos serrados
A ética bem longe e a imoralidade ao seu lado.

Somos religiosos e vampiros
Nos conhecemos à partir do espelho sem reflexo
Côncavo ou convexo
Não importa o lado
Você reflete o que seus pais ensinam
Os animais nos parecem
Os seres humanos dominam
Mesmo que assim não fosse
Nada seríamos...

A não ser que toda consciência fosse mesmo consciente
O futuro só se enquadra no presente
Quando o passado cai em amnésia
Pode ser duvidoso, mas é certeza
Somos derivados da natureza
Ela sobrevive se quisermos.

Mas nem mesmo acreditamos que podemos
Enquanto podemos mais do que é acreditável.
Infelizmente somos sujeira não lavável
Mas só somos porque queremos ser.
Quando alguém quiser mudar
E alguém quiser mudar,
Talvez seja possível vivermos dignamente
E não seremos animais domadamente indomáveis
Sem vida e com dinheiro,
Sentindo metade enquanto inteiro,
Fazendo o mal dizendo ser por bem,
Ninguém é igual a ninguém,
Mas mais vale um pé só e um pulo à frente
Que dois e continuarmos regredindo.

Enquanto isso continuo resistindo
Ao irresistível prazer de morrer enquanto vivo
Morrer por ser diferentemente igual
Morrer por termos sido
A causa da nossa própria morte.

Olhos vendados pelo sol

Foi só abrir os olhos e sentir o sol quente
Entrei em coma alcoólico, estou doente
Sempre tive medo de me conhecer
Quando me vi ao espelho atordoado fiquei
E meus olhos que queriam ver um futuro brilhante
Cegou-se com tanta negligência, puramente ignorantes.

Eu enxergo hoje o que ontem era o escuro das minhas manhãs
O pássaro que voa longe
O vento que é furacão
Colapso e apocalipse
Sem nexo eu lhe disse
Sou tão visionário que minha visão me cegou
Um retardatário em busca de um amor
De tanto matar-se se entregou
Tanto que hoje amo
Tanto que amanhã vou ver o meu amor.

8 de dezembro de 2010

Luna

Pior do que não ter você
É ter e saber que não posso
Desfrutar.
Não dou o máximo, não e não
Mas eu dou tudo de mim
O mínimo de tudo
E estou aqui, sempre estive e você sabe
Sabe que sabe que sabe...
Cuidei dos seus sonhos, separei-os
Deixei de fora os que eu não pude ver
Devolvi-os a você para torná-los realidade
E é isso que eu quero de verdade
Nada menos que a sua felicidade.

E logo você que passou de nada
Para tornar-se o tudo que preciso
E eu preciso, só preciso
Preciso de você.
Posso não saber de tudo,
Mas você é tudo
E eu sei de você
De lua e lunática
E foi, é e vai ser sempre assim
Você também precisa
Precisa de mim.

Ninguém vê

Seres abomináveis
Indomáveis e inescrupulosos
Sente saudade, honrados e saudados
Por seus atos baixos, propaganda barata
De quem tem sangue de barata
Você não tem culpa, é consequência inata
De sangue e DNA fraudados
Nunca seremos anjos, sempre soldados
Numa vamos progredir e morreremos machucados
Por não ter nem ao menos vontade
De dar valor
À única coisa que podemos ter com verdade
Não falo de dinheiro
E tem muita gente que vai à igreja para pedir isto
Pobres ignorantes
Somos de coração amante
Destino errante,
Mas temos amor.

3 de dezembro de 2010

Meu lugar

Qual é o meu momento?
O que posso tirar de mim
Se tudo o que eu tinha você já levou
Minha alma, minha alegria e por fim o meu amor.
E o que sobrou?

Sobraram apenas os passos ainda pouco direcionados
Meu único ou até mesmo último destino
Enquanto penso, disperso e paro pra beber
E depois volto até onde eu deveria estar
Perto de você.

Olhos mundanos

Sou os dejetos tóxicos
Faço mal aos outros ou a mim mesmo?
Farrapos malogrados da minha consciência
Indigente é meu crer em um futuro
Com sorrisos talvez
Com murmúrios de alheios indecentes
O que plantei acaba não se estragando
Nem sei se sou mesmo humano
Se for, é melhor eu sair daqui
Ninguém quer a minha presença,
Dizem que minha dramaticidade é excesso
Sinto muito, mas sou eu,
Confesso.
Enquanto vocês leem eu já saí
Eu sabia,
Nem notaram a minha ausência.

30 de novembro de 2010

Cegos olhos

Não é seu corpo que te faz ir para o fundo do poço
São seus olhos que nada visam
É tua mente que nada pensa
São teus princípios que nunca nasceram
Sadios ou sádicos pensamentos da tua luta insensata
É isso que te mata.

De uma frase mais pensada
Dois goles insanos de tal filosofada
Entendo que não quer ouvir aquele que tudo vê
Ou acha que vê
Porque olha para o escuro e mente enxergar
Sem caminho, sem muro, sem ideal para se apoiar.
Você não tem nada.
É isso que te mata.

Ah! Cegos de dois olhos
Insalubre cegueira dos séculos
Ninguém vê, finge que crê
E fazem-se donos da verdade.
Tua cura tem preço
Três gotas de colírio por tua catarata
É! É isso que te mata!

29 de novembro de 2010

Fogo e Álcool

Não sei se você sabe
Mas o meu íntimo depende
Dessa sua voracidade
Teu domínio chama-me suave
Tua chama efervescente queima
Meu ego teima, sua alma impede
Que meu coração congele
E aí que a gente se entende.

Deixa de lado teu berço de prata
Deixarei eu de lado minha alma inata
Abomina um futuro sem luz
Chega de viver sós. É isso a desgraça!
É insuportável ter de suportar os segundos
É imensurável ser limite da tua ardência
Meu corpo pede clemência e pede que me queime
É no teu fogo que me faço ser quem sou.

Jogo-me à tua vida
Desnuda-me e faz-me importante
Sou eu quem mantém teu propósito vivo
Será eu etílico ou simplesmente combustível
Faço-te crescer e tornar-se árdua
Se deixas marca é porque te dou meu sangue
Sou transparente, fervescente, seu amante
Álcool, com ou sem álcool; alcoólico;
Fogo, com ou sem fogueira; altamente inflamável.
Quero que me queimes, como queres que eu te alcoolize
Sem você não tenho meus por quês
Sem eu você não pode continuar ardendo.

Faça as misturas, beba e fermenta-se
Enquanto me derramo por ti.
É fogo que arde por me ver,
É álcool que te cresce se me sente,
É um precisar-te contente,
É um querer mais do que você.

E sem nada em comum
Completamos um ao outro
Somos Álcool meu amor, somos Fogo.

28 de novembro de 2010

Começou! (Rio contra o crime)

Inesperado!
Já estava mais do que na hora de alguém agir contra essa criminalidade infame que desde sempre inabilita o nosso país.
Medidas como estas devem ser exaltadas e por isso digo: Parabéns!... Salva de palmas para eles!
Confesso que não esperava esse tipo de atitude. Estou do lado da justiça e que esta seja feita em nome de todos nós.
Meus caros, não estão vendo o que está acontecendo?
Está na hora de TODOS agirmos para mudar o mundo, a deixa foi feita. Vamos lutar juntos para construirmos um futuro digno e de ideais coesos.
Desde muito tempo dizem que os jovens são o futuro. Isso é palavra de quem tem medo. Todos somos jovens a ponto de mudarmos essa fraudada sociedade.
Nós jovens não somos o futuro. Nós somos o presente e o presente do futuro.
Vamos parar de deixarmos o futuro como promessa e fazer a realidade do presente um fato consumado.
Vamos em frente. Vamos à luta. Sem sangue, apenas com a vontade de fazer diferente, a vontade de ReEvolucionar!
Quem vem comigo?

26 de novembro de 2010

Seu mundo, meu mundo

Meia noite, chegar em casa
Meio cedo, meio tarde
Metade de um todo meu
Mascado tempo, toda obra
Mesclado tom de vários sons
Menina instante, meio inconstante
Mais doravante, meio presente, passado errante
Mais queria um doce a um sorriso triste
Menos lágrimas suas, meio culpado inocente
Melhor dormir na rua do que me sentir distante.

Fiquei inteiro confuso em partir
Fugi contigo ao destino do vento
Fiquei sem ficar, parti pelo mundo.
Foi-se o tempo em que o relógio me dizia aonde ir.
Ficamos aos beijos e abraços tão intensos
Fingi as horas que se foram em segundos.
Foi-se o tempo em que existiam dois mundos.

Seu status, nossa decadência

Parabéns jovens,

Vocês conseguiram a sua estátua de donos da imoralidade, mas vale ressaltar a sua luta.
É tão difícil tentar se manter popular não é?
Foi preciso fingir que é “mano”, achar bonito ser marginal, se sentir o pegador de garotinhas que só estão interessadas no que vão falar delas no dia seguinte e entram na vadiagem dos corpos esbeltos procurando seu estrago; foi bom ser o errado para ser conhecido?
Você conseguiu fazer com que as drogas realmente servissem de desculpa para seus erros, dizendo que tinha que fugir dos problemas pessoais. Congratulações para você, adulto!
Graças a pessoas como vocês que se preocupam mais com o seu status do que com o seu amor próprio, o mundo está se estragando. É tão louco quebrar bancos, depredar janelas, pichar muros e queimar tudo, não é?
Pois eu lhes digo, isso NÃO é louco! Isso é burrice, seus homens impensantes. Loucos são os “patetas” que tentam mostrar para os normais (como vocês) que tudo isso não passa de atitudes infantis a ponto de destruírem a si mesmos, por nada! Ninguém vai chegar a lugar nenhum com isso.
Falam de política, mas fazem igual, mas de maneiras diferentes.
Por piercing, fazer tatuagens, etc., isso não tem problema, cada um faz com seu corpo o que bem quer, com o que não é seu, as coisas que você faz e afetam os outros é “invasão de privacidade”, é motivo para serem presos e exilados do mundo que é seu, mas você destrói.
Eu sou jovem, não sei de muita coisa, mas entendi que hoje, para vocês, ser correto é ser errado. Não sou certinho, cometo inúmeros erros, porém não sou capaz de destruir o que me sustenta, não quero destruir o futuro e a felicidade das pessoas que gosto.
E aonde vocês chegaram até hoje com isso?
Acordem! Vocês conseguiram status de marginais, pessoas que são dignas de pena e desprezo, gente que era como a gente, mas que por “babaquices” se tornaram a barbárie da sociedade.
Me desculpem, mas se você faz alguma coisa do que eu disse aqui, preste então atenção no olhar das pessoas que o cercam. Vocês estão sendo revoltados sem causa, ou melhor, por uma causa insensata. Vamos nos revoltar com esse tipo de atitude, com os caras que fazem errado lá de cima, e aí sim fazer diferente, aí sim poderemos dizer que somos pessoas revoltadas que querem mudar o mundo e fazer com que os problemas sumam sem precisar morrer pra isso.
Eu acredito em nós porque querendo ou não eu também sou jovem, todos somos jovens a ponto de podermos fazer diferente.
Então que assim seja.

24 de novembro de 2010

Reflexo

Estou perdido.
As lágrimas querem sair, mas insistem em ficar atrás da porta, pois sabem que sua saída de nada vai adiantar. O meu coração se você quer saber tinha amolecido, mas aos poucos está se solidificando novamente. Meus olhos, estes que escondem as lágrimas, estão cegos por enxergar uma coisa só, pode até ver outras coisas, mas nada mais importa, ironia pura, pois sabemos que cego é aquele que não vê, eu vejo ao menos alguma coisa, porém esta me tapa os olhos e nada mais vejo.
O meu corpo, sucinto de compadecimento alheio, obra de um sentimento de outrem que se dispôs a sentir por mim o que acabaria assim que eu me tornasse algum rio de águas límpidas no meio das florestas queimadas pelo desamor de um parecido, sente que está na hora de descansar, e sofrer ainda mais o que já sofreu, o que sofre e o que sofrerá por tudo o que lhe foi maléfico.
Os meus pés, ah meus pés, os mesmos que usei para chegar até onde o sentimento mais profundo estava, no qual andei por trilhas de pedra, descalço, estes estão se preparando para tomar o caminho de volta, porque quando lá cheguei, restavam apenas as palavras de baixo calão, os toques serenos preparados, para um soco talvez, e as mentiras de um peixe que pensava falar a língua dos jacarés sem perceber que jacarés não falam.
Minhas mãos, calejadas por ter cavado entre as rochas sedimentadas procurando um atalho para o outro lado de uma vida que parecia não ter fim (infeliz por ser em vão), e acabaram entre os pedaços de carne viva que os dinossauros, que não existem, mas deram um jeito de existir só por minha causa, desfrutaram de mim.
E a minha mente consciente de que tudo o que eu falei, aos olhos alheios não passam de uma peça de teatro mal encenada, tem também a humildade de pensar que cuidadosamente entende que nunca me importou com o que um desconhecido (mesmo que nos conhecemos) acha de alguma coisa, e que essa é a última vez que eu me olho no espelho.
Muito obrigado por ter me ouvido. Nada mais do que obrigação, afinal, você sou eu, e estamos olhando um para o outro e dizendo: Tudo de novo! Agora é só rezar para que o colchão de onde quer que vamos cair seja pelo menos d’água, no mínimo de sorte macio. Se é que temos sorte ou alguma coisa nessa vida.
Um abraço meu EU. Ontem, agora e sempre, juntos.

23 de novembro de 2010

Se os Tubarões fossem Homens

Está aqui uma crítica que talvez fará você PENSAR um pouco mais...

por Bertold Brecht
Se os tubarões fossem homens, perguntou a filha de sua senhoria ao senhor K., seriam eles mais amáveis para com os peixinhos?

Certamente, respondeu o Sr. K. Se os tubarões fossem homens, construiriam no mar grandes gaiolas para os peixes pequenos, com todo tipo de alimento, tanto animal quanto vegetal. Cuidariam para que as gaiolas tivessem sempre água fresca e adoptariam todas as medidas sanitárias adequadas. Se, por exemplo, um peixinho ferisse a barbatana, ser-lhe-ia imediatamente aplicado um curativo para que não morresse antes do tempo.

Para que os peixinhos não ficassem melancólicos haveria grandes festas aquáticas de vez em quando, pois os peixinhos alegres têm melhor sabor do que os tristes. Naturalmente haveria também escolas nas gaiolas. Nessas escolas os peixinhos aprenderiam como nadar alegremente em direcção à goela dos tubarões. Precisariam saber geografia, por exemplo, para localizar os grandes tubarões que vagueiam descansadamente pelo mar.

O mais importante seria, naturalmente, a formação moral dos peixinhos. Eles seriam informados de que nada existe de mais belo e mais sublime do que um peixinho que se sacrifica contente, e que todos deveriam crer nos tubarões, sobretudo quando dissessem que cuidam de sua felicidade futura. Os peixinhos saberiam que este futuro só estaria assegurado se estudassem docilmente. Acima de tudo, os peixinhos deveriam rejeitar toda tendência baixa, materialista, egoísta e marxista, e denunciar imediatamente aos tubarões aqueles que apresentassem tais tendências.

Se os tubarões fossem homens, naturalmente fariam guerras entre si, para conquistar gaiolas e peixinhos estrangeiros. Nessas guerras eles fariam lutar os seus peixinhos, e lhes ensinariam que há uma enorme diferença entre eles e os peixinhos dos outros tubarões. Os peixinhos, proclamariam, são notoriamente mudos, mas silenciam em línguas diferentes, e por isso não se podem entender entre si. Cada peixinho que matasse alguns outros na guerra, os inimigos que silenciam em outra língua, seria condecorado com uma pequena medalha de sargaço e receberia uma comenda de herói.

Se os tubarões fossem homens também haveria arte entre eles, naturalmente. Haveria belos quadros, representando os dentes dos tubarões em cores magníficas, e as suas goelas como jardins onde se brinca deliciosamente. Os teatros do fundo do mar mostrariam valorosos peixinhos a nadarem com entusiasmo rumo às gargantas dos tubarões. E a música seria tão bela que, sob os seus acordes, todos os peixinhos, como orquestra afinada, a sonhar, embalados nos pensamentos mais sublimes, precipitar-se-iam nas goelas dos tubarões.

Também não faltaria uma religião, se os tubarões fossem homens. Ela ensinaria que a verdadeira vida dos peixinhos começa no paraíso, ou seja, na barriga dos tubarões.

Se os tubarões fossem homens também acabaria a ideia de que todos os peixinhos são iguais entre si. Alguns deles se tornariam funcionários e seriam colocados acima dos outros. Aqueles ligeiramente maiores até poderiam comer os menores. Isso seria agradável para os tubarões, pois eles, mais frequentemente, teriam bocados maiores para comer. E os peixinhos maiores detentores de cargos, cuidariam da ordem interna entre os peixinhos, tornando-se professores, oficiais, polícias, construtores de gaiolas, etc.

Em suma, se os tubarões fossem homens haveria uma civilização no mar.

22 de novembro de 2010

Seu adeus à minha alma

Súbito meu,
Declínio da simpatia,
Agouro da alma sadia
Que adoece na tua partida.
Doce pesar da lua minha.

Desprende o espinho que me pertencia,
Espeta-a em suas pétalas que tomo para mim,
Nos uivos medonhos que a deixam arrepiada
Do monstro frio que me levou ao fim
Perdida alma que se foi
Solitária essa que não tem mais ti.

20 de novembro de 2010

Sim?

Coloque palavras no espelho
E veja que não pode explicar
Não pode tudo
Não pode o que pode.
Não pode!

Tente alguma vez escrever sua frase preferida num copo d’água,
Guardar seu coração que pula instantaneamente,
Sentir o que sente aquele que não está presente,
Ler o que o poeta escreveu ao vento,
E veja que não pode saber.
Não pode saber tudo,
Não pode saber o que sabe.
Não pode!

Use os pronomes, se dirija aos seus tratamentos,
Perceba que você não tem educação,
Aquém da tua posse, meu, seu,
Nosso por ironia; figura do linguajar infame;
Sou concreto abstrato, substantivado por um artigo
Novo, idade moderna, média, antiga.
Não dá.
Nunca dá. Não dá para dar.
Não dá!

Quem já pensou em se jogar daquele precipício ali na frente?

Então me dê a mão...

O escuro

Eu tenho medo
É de ficar sentado olhando as estrelas
E ver que são tantas, muitas juntas
E eu poder estar só.

Eu tenho medo
De ver a lua brilhando por me ver
Iluminando as faixas da rua que me levarão para mais perto de si.

Eu tenho medo
É de ganhar tudo e não ter nada
Mesmo tendo eu perdido em sonhos
O que pude ter em realidade.

Eu tenho medo
De me tornar o que alguém quer
Perder-me dos arrepios
Por me tornar aquela e não ser mais eu.

Eu tenho medo
De não estar no controle de mim.
Do mundo ou de alguém, nem mesmo estive
Mas tenho medo mesmo assim.

Com quantos arames se faz uma jarra d’água?

Mesmo que o improvável possa acontecer
Tudo pode dar errado.
Afinal,
Nem tudo fica certo quando tudo pode estar mesmo certo.

17 de novembro de 2010

"Horas são..."

São quase duas,
São quase nossas

Horas que não descansam;
Suam, mas não cessam.
Suas juntas às minhas
Humildes horas, ricas nossas;
Precioso é o tempo meu que é de nós dois.
Não podemos deixar para depois,
Que talvez nem mesmo consiga chegar
Na hora certa.
Fusos horários, confusos
Horários, minutos,
Minuciosos segundos,
Quando estamos longe, milênios
Quando perto, frações de milésimos.

 
 

Copyright © 2010 by Luiz Aguinaldo Ponton Cuaglio

16 de novembro de 2010

“Lixúria”

Os quadros na parede, abstratos
Mostrando protecionismo abraçado ao estrangeirismo
São apenas retratos
Homens sem forma, sem fé
Ao final, afinal, mal amados.

As bocas que gritam não são os dedos que apontam,
Os dedos que saúdam, outra vez bateram.
Eles não agüentaram; e nós abrimos a porta
Do conformismo que criticamos, mas sentamos em cima porque nos conforta.

Sujos, imundos, amigos de desencargo
Acham-se donos, tolos empregados
Do sistema que tira sua honra, lança-o no abismo
Risos e risos. Teu fim. Nossa ReEvolução.

Se aquele que olha os quadros entende
Que então se vire para frente,
Pegue seus escudos e armas e corra
E chegue então aos que estão à sua frente
Lutando por ideais únicos, mas nem por isso indiferentes.

Lança a sua lança até onde sabe que ela alcança
Destrua os muros da cegueira social
Derrube os preconceitos
E quando todos os lixos perecíveis estiverem recolhidos
Suja-se do erro racional
E queima com fogo inóspito rebelado de nosso sangue amargo
Ensine que isso é seguir em frente, não é retardo.

Sujos, imundos, amigos de desencargo
Acham-se donos, tolos empregados
Do sistema que tira sua honra, lança-o no abismo
Risos e risos. Teu fim. Nossa ReEvolução.

Sujos, imundos, amigos de desencargo
Acham-se donos, tolos empregados
Isso é a nova realidade, povo charlatão
Risos e risos. Teu fim. Nossa ReEvolução.

 
 
Copyright © 2010 by Luiz Aguinaldo Ponton Cuaglio

15 de novembro de 2010

O Eu de todo mundo (música)

Ele gosta de madrugada e solidão
Ninguém tem o poder feri-lo por pretensão
E se sente felizmente infeliz
Por ter tido tudo o que sempre quis
Sem nenhum esforço.

Ele troca todo seu luxo por ideais
Busca no súbito piscar que a lua dá
De seus preceitos, os restos mortais
Sente vontade de ir embora pra algum lugar.

Você nunca pensou em se rebelar?
Ele não só pensa como também faz.
Você já tentou fazer diferente sendo igual ao que sempre foi?
Ele é o que é porque sempre foi assim
E assim vai fazendo a diferença.

Quando se senta na escada e vê como o topo é sagrado
E ao olhar para baixo percebe que o tombo pode ser fatal.
Mas ele não se contenta em ficar sentado com medo e fardo
Pode ser que ele caia, mas por tentar chegar ao topo
Talvez não tenha tombo, e mesmo que tiver, pode ser legal
Pelo menos ele tem tentado.

Ao subir a montanha vai escrevendo no caminho
Qualquer um pode pensar que o vento apagará sua história,
Mas ele sabe que o vento está levando-a para o mundo.
Pode ser que ele esteja sozinho,
E que seu amor seja poeira de estrada,
Mas confia que tem amigos e amor para vencer a batalha,
A guerra é só uma consequência de várias destas vencidas.

Você nunca pensou em se rebelar?
Ele não só pensa como também faz.
Você já tentou fazer diferente sendo igual ao que sempre foi?
Ele é o que é porque sempre foi assim
E assim vai fazendo a diferença.

Você nunca pensou em se rebelar?
Ele não só pensa como também faz.
Você já tentou fazer diferente sendo igual ao que sempre foi?
Ele é o que é porque sempre foi assim
E assim vai fazendo a diferença.

Você já tentou fazer diferente sendo igual ao que sempre foi?
Você já tentou fazer diferente sendo igual ao que sempre foi?



Copyright © 2010 by Luiz Aguinaldo Ponton Cuaglio

Versus tempo (Música)

O Tempo olha para mim com desdém
Enquanto eu procuro além da janela um propósito
Confrontado com os ponteiros deliberados
Sentindo-se moralmente motivados
Decididos a um só plano
Separar-me de alguém e de mim também.

Não me contento com pouco
Eu quero muito e muito mais.
Vou enfrentar o Tempo e quem quer que seja
O meu corpo pede o que minha mente deseja.
Eu grito liberdade e fico rouco, mas não deixo de gritar
Posso até não ter mais voz, mas sempre tem um louco são para me apoiar.

Farei mesmo que eu tema, e temo.
Fazer enquanto tenho vitalidade,
Por mais que ela seja eterna,
Pode ser que eu não tenha muito tempo.

Vou buscar a minha inspiração nas ninfas camonianas
Encontrarei entre elas o nexo das minhas canções,
Eu mero servo, ela rainha soberana.
Uniremos em um destino, dois corações
E vamos comemorar a vitória contra o Tempo.

Farei mesmo que eu tema, e temo
Fazer enquanto tenho vitalidade,
Por mais que ela seja eterna,
Pode ser que eu não tenha muito tempo.

Nada vai me impedir de querer muito e muito mais
O que eu tenho ninguém tem
E se quer saber vou muito além...
E vamos comemorar a vitória contra o tempo.

Farei mesmo que eu tema, e temo
Fazer enquanto tenho vitalidade,
Por mais que ela seja eterna,
Pode ser que eu não tenha muito tempo.



Copyright © 2010 by Luiz Aguinaldo Ponton Cuaglio

12 de novembro de 2010

ReEvolução

http://reevoluindoomundo.blogspot.com/

Leiam e sigam...
Vale à pena.

Quem quiser gritar para o mundo também poderá postar suas ideias. Basta entrar em contato.

Obrigado, meus caros

10 de novembro de 2010

Mudar em nós À priori

Fale comigo como se fosse o dia em que nos conhecemos.
Quando você ouviu minha voz,
E eu disse que o mundo não foi feito para nós dois,
Que a música se revoltaria dentro de nós,
Pedindo novos ares.

Grite como se tudo o que perdeu fosse eu
Mesmo que não seja. É só a sua revolta.
Abra a sua janela no alto da madrugada,
E veja o cometa caindo. Trazendo consigo
A força do universo sobre nossas cabeças,
De mentes acomodadas de uns,
E inquietas de outros.

Abrace sua intuição e lute por seus ideais.
Eu prometo subir no alto da montanha e gritar por você,
Ou então grite comigo para o mundo ouvir,
Que tudo não passa de idiotice humana.
Nada como um choque elétrico para despertar
O som que ecoará e então acordaremos.

Não seremos mais a conseqüência mundana.
E bastará um olhar daquela que é a razão
Para que tudo se transforme em outro mundo.
O nosso mundo.

O inicio de tudo está em nós.
Vamos ReEvolucionar!

9 de novembro de 2010

Sanidade e loucuras à noite (música)

Habilidade para os que correm sem parar
Hoje nada substitui grandes emoções
Quando não fazia coisas sem pensar
Não compunha com nexo minhas canções.

Agora é hora de fazer mundo girar
Álcool, Vodka ou momentos delirantes
Se fosse outro não faria por pensar
Sinta-se livre para quebrar tudo, aproveite seus instantes.

Em um barzinho ou um cinema às dez
Bebidas, risadas e beijos por instinto
Entenda que sobriedade é viver em paz sob instinto assassino
E viver de sorte ou revés.

Esqueça o mundo lá fora e vem
Não se prive das torturas
Sou a sua parte sã e as suas loucuras.

A solidão machuca
A realidade não é pessimista
Os sonhos inspiram uma vida louca e maluca
A música está tocando. Vamos pra pista.

E nesse gingado em sintonia com a batida
Esqueço resto que entorna a minha vida
Harmonia dos corpos dançantes
Com letras minuciosas de cada instante.

Esqueça o mundo lá fora e vem
Não se prive das torturas
Sou sua parte sã e as suas loucuras.

Vem comigo não importa lugar
Vamos sair pela noite sem hora pra chegar
Esqueça o mundo lá fora
Não se prive das torturas
Sou sua parte sã e as suas loucuras.

Esqueça o mundo lá fora
Não se prive das torturas
Sou sua parte sã e as suas loucuras.

 
 
Copyright © 2010 by Luiz Aguinaldo Ponton Cuaglio

Dama de roxo (música)

Vem sentir as cordas torturando as mentes submissas
Traz consigo a bandeira do novo ideal
Deixa de lado seus vestidos roxos e vista a música, a vida.
Não peça para que eu me acomode
E o som da bateria eclode
É a nova evolução vital.

Permita que minhas letras possam invadir
O ímpeto do seu ser
Para poder então persuadir
E mostrar que tudo é diferente depois que se vê.

Guarde sua luxúria indecente
Cuspa fora o crer do homem decadente
Homens de preto que caem ao chão
Ao som da guitarra vindos do coração
Dos "ReEvolucionários" em ascensão
Destruindo a fama e a vida alheia
Construindo o ato que permeia
No seu mais profundo existir
Mostrando que é hoje e aqui
Que nós vamos "ReEvolucionar".

Permita que minhas letras possam invadir
O ímpeto do seu ser
Para poder então persuadir
E mostrar que tudo é diferente depois que se vê.

Dama de roxo
De injúrias malogradas de subjetividade
Acorda aos gritos de homens que sabem
Que saber tudo é indecência, e bebem
Do sangue de um passado que foi futuro
Que pensou que o que eram era verdade,
Mas vêem agora que eram futuristas decadentes
E agora é a nossa vez,
Faremos diferente.

Permita que minhas letras possam invadir
O ímpeto do seu ser
Para poder então persuadir
E mostrar que tudo é diferente depois que se vê.




Copyright © 2010 by Luiz Aguinaldo Ponton Cuaglio

6 de novembro de 2010

Palavra, Ação.

Talvez tenha virado vicio
Por ser uma virtude que não soube usar.
Talvez vire armistício
Pelas horas de tortura de amar.

Pude drogas, mas repeli
Pude álcool, pouco usufrui
Meus devaneios são conscientes
Sou louco por querer mudanças urgentes.

Se eu escolher revolução
Quem vai me apoiar?
Riquinhos com seu ego podre;
Patricinhas que lêem revistinhas de fofoca;
Podre de alma, mendigos de coração;
Pais e mães com medo de sermos marginais?

Não quero nada disso.
Quero caminhar livre e gritar.
Do meu lado gente que pensa,
Roqueiros apedrejados por ideais,
Não quem segue horóscopo de famosos.

Sou um ReEvolucionário
Quero revolução para evoluir
Não precisamos de tecnologia
E sim de nós mesmos,
Pois se a criamos,
Talvez seja a hora de criarmos o que perdemos no processo de evolução:
Consciência.

5 de novembro de 2010

Uma cópia de mim, por favor.

Alguém aí seria capaz de dar uma cópia de si mesmo para outrem?

Me pediram isso, e eu me peguei pensando “como eu faria isso sendo que já tentaram, sem êxito, pois me confundiram tantas vezes, diziam ser iguais, porém eram uns 50 cm mais baixo, o tom de pele muito mais escuro (alto contraste eu diria), voz que não confundiria nem a um bêbado surdo ( eu poderia dizer apenas surdo, mas o bêbado revela a ênfase em: não tem nada a ver) e o resto, menos parecido ainda.?
Cópia de eu mesmo, marquem aí, em breve nas livrarias. É sarcasticamente interessante o quanto venderia algo assim. Pode não vender mais que revista de fofoca porque fala apenas da minha vida e não da vida de muitos famosos, mas não deixa de ser a subjetividade de alguém que doaria tanto de si para alguém que chegaria a fazer uma cópia para dar de presente.
Respondendo a minha própria pergunta, eu faria uma cópia de eu mesmo para alguém que eu ame muito, afinal, seria tão bom ver o quanto faço bem/mal para alguém. Mas nunca consegui ficar como personagem secundário na história, na minha história. Talvez seja a hora de eu pensar seriamente nesta hipótese.
E aí, qual a sua reposta?

4 de novembro de 2010

Mundo do meu amor

Estou desacreditado na minha falta de capacidade para certas coisas.
É incrível como gosto das palavras e estas reagem de forma recíproca a ponto de se encaixar mais à minha pessoa do que eu a esse tipo de formalidade.
Mas o que me toma conta mesmo nem são as palavras e sim o que elas tentam me explicar, sem êxito, afinal isso não tem explicação, é tão único quanto a palavra saudade, oriunda do nosso queridíssimo português.
É um mundo, meus caros, que te aprisiona, deixa-o sobreviver a pão e água, mas dá-lhe carinho e afeto e outras coisas como consequência.
Entrei por uma porta que só tinha o lado escrito entrada, mas talvez a saída seja lá na frente, talvez também seja tão longe que será a porta direta para o paraíso.
Entrando em sã consciência percebo que vivo constantemente em devaneios, e conscientemente aprisionei-me num mundo que me faz bem e feliz enquanto não chove lágrimas em forma de pedras.
Dependendo do tamanho da pedra e do impacto sobre mim, pode ser que seja tão profundo esse mundo que me leva direto ao fundo e eu afundo.
Mas quem disse que eu nunca pensei em viver no mar?
Quem disse que o fundo do mar é o fim do mundo?

Virando a esquina

Falemos então do que você não concordaria porque é algo que você faz.
Ignorância, meus caros companheiros de devaneios, é mais do que comum, é comum ao quadrado, nos dias de hoje, contando que passou a ser virtude do homem que leva consigo o esculachado senso-comum. Pois é, eu os incentivo, nobres pessoas com narizes vermelhos e cabelos coloridos, a continuarem lendo revistas que dizem o que as pessoas fazem, o que a maioria tem em comum. Mas saibam que você não é a maioria, e pensar no comum onde todo mundo é diferente é um erro.
Se a maioria fuma maconha então você também fuma, não importa sua opinião, afinal é a maioria não é?
Deixem de ser trouxas, criancinhas que não precisam pensar para ganhar um copo de leite com achocolatado, e comecem a pensar nos por quês que realmente interessam e não os por quês da dona Maria que subiu no muro e caiu de cabeça dentro do balde.
É por isso que a sociedade está essa desordem, esse monte de microchips de ultima geração que mal sabem dizer sobre si mesmo e tentam dizer sobre os outros.
Pensar, meus queridos, é mais do que supor, é refletir e chegar a uma conclusão sensata do que se realmente é.
Voltando a falar sobre a ignorância que nada mais é do que falta/preguiça de pensar.
Esta está se desvinculando do “normal” da sociedade e entrando no ramo da prostituição.
Não entendeu, não é?
Pois então, eu respondo.
Pessoas totalmente ignorantes vão a lugares abertos, sucintos de êxito no seu procriar, e “vendem-se de graça”, pois ninguém paga nada. É só chegar lá e usufruir do senso comum, e gostando passa a viver nessa vidinha medíocre, no ato de disseminação do que as pessoas têm mais facilidade em assimilar: o errado.
Louco não é aquele que faz coisas erradas e sim, nos dias de hoje, aquele que tenta fazer a coisa certa sendo que todo mundo já faz errado, ou ao menos procura fazer.
Não sou o idiota que você pensa que está aqui para ficar dando lição de moral, mesmo sendo isso é bem mais fácil de acreditar. Sou alguém que vive nisso e viu que há algo de muito errado e está tentando, ouçam bem, tentando, talvez conseguindo através de alguns, abrir os olhos de vocês e deixá-los ver que não é para seguir apenas o que eu penso e sim pensar sobre o que eu pude pensar.
Muito obrigado pela atenção!

3 de novembro de 2010

O mudo falando para o surdo

Bom, caros amigos...

Hoje podemos falar sobre quais os pontos em que o amor pode alcançar?
Não me importa muito se quer ou não saber disso, afinal o que não te interessa pode interessar para outro, portanto direi assim mesmo.
O amor como todos sabem tem as suas várias formas: o carnal, o de mãe, de avó, de amigos, etc.
Mas o que me convém pensar é até aonde ele interfere na sua vida. E como o que me parece mais comum é o carnal, entre namorados, noivos, casados, falaremos deste.
Tomando como base o que exclusivamente o meu íntimo sente, o amor se apossou de mim brutalmente, de tal forma que chega a arder por dentro, e eu, acho-me masoquista percebendo que chego a gostar dessa insuportável agonia exacerbada.
Confesso que sou um viciado nessa dor que não é original de fábrica, ela vem adulterada, talvez com doses de morfina, sei lá; não me parece algo normal, mas enfim, nem eu me acho normal, talvez seja cabível a mim.
A questão é... A quê isso me leva?
Esse amor que me envolveu de forma tão harmônica, talvez tanto que às vezes até chego a brigar comigo mesmo por ser tão comum a mim, que perdi rumos que tracei, os lugares que imaginei descobrir agora tem que ter lugar para mais um alguém, tudo o que era meu agora é subordinado a uma intuição aquém da minha.
Mas esse amor me dominou para me fazer bem, imagino eu; e não para trazer malefícios a ponto de me fazer de novo sofrer, chorar (idiotice que não consigo controlar), entrar em profunda saudade, solidão e tristeza.
O amor, minha gente, foi feito para fazer bem. O ciúme é entendido como amor para servir de desculpa. Sou à favor do ciúme, sou ciumento sim, e muito, mas chegar a ponto de atrapalhar a felicidade já é demais. Confiança vem no pacote, se há amor, tem de haver confiança, se não houver o que nos resta? Ficarmos isolados num quarto sem poder ver ninguém? Porque é assim que acontece, você pode não ser perfeito, mas tem qualidades, e se fidelidade por uma delas, ela não conta, ou seja, não adianta nada ser o que você é!
Estou muito, exageradamente revoltado com isso. Depois que digo que não sei quem sou, pois nada do que sou está certo para ninguém, os outros vêm dizer que é drama meu.
Eu amo, o meu amor é imensurável, mas não adianta apenas amar, tem de usar o que há no fundo do pacote também, e confiança é uma delas.



Nota:
Eu sou um grande menino de 19 anos, que gosta de futebol, poemas e poesias, amigos, família, educação, ler, estudar, sair, me divertir seja como for, nem que seja andar em volta do quarteirão com alguém; escutar música me faz bem, contudo meu outro lado é muito obscuro com mimos, dramas, houveram mentiras, mas dolorosamente aprendi que isso não me faz nada bem e nem aos outros também, brincadeiras que às vezes se excedem, chatice, medos, amar demais uma pessoa só também conta aqui, afinal, é duro dar-se de todo para alguém que não reconhece isso, mas não me arrependo e amo muito, muito mesmo, sem dó de mim; acho que estou certo sempre, ou ao mesmo procuro sempre fazer com que eu não caia perante ninguém, porém pedir desculpas não é nada demais para mim, se me arrependo peço sem problemas; me preocupo demais com os outros, confundido às vezes por puxa-saquismo, ou então “tentativa de mostrar-me perfeito para os demais.
Enfim, sou o que sou, e não me arrependo, mas tento mudar o que há de errado, porém não sou perfeito e NUNCA vou ser, mas evoluir, mudar para melhor é sempre muito bom.
Tirem suas conclusões da minha vida porque é bem mais fácil da minha do que da sua, mas tenha a consciência de que sempre estarei aqui para ouvir dos meus erros a fim de mudá-los; estarei pronto para ajudá-los, e amando, sempre!

2 de novembro de 2010

Partiu de dentro (música)

Nunca estive no céu
Para saber o que é morrer de amor
Enquanto vivo aqui na terra
O mar vai se revoltando
E as estrelas escrevendo
O que contam os meus pensamentos.
Músicas noturnas,
Risadas, descontentamentos,
Beijos, abraços, sentimentos
Que invadem meu peito
Quando estou com você.

Você é a música dos meus pensamentos
Sem letra, tampouco melodia,
E para que eles entrem em sintonia
É preciso só você
De noite e de dia.

O sol reflete o seu sorriso
O vento, o que levou de mim
O seu jeito virou o meu tormento
Não sai do meu pensamento
É querer começar e não ter mais fim.
Não quero lhe dizer mais nada
Quero que você cante para eu dormir.

Você é a música dos meus pensamentos
Sem letra, tampouco melodia,
E para que eles entrem em sintonia
É preciso só você
De noite e de dia.




Copyright © 2010  by Luiz Aguinaldo Ponton Cuaglio

1 de novembro de 2010

O destino de dois: eu e eu

Meu eu, como vamos?
Vamos a pé,
Seja por aonde for,
Iremos sem medo procurando entre os nossos passos um amor.

E se não encontrarmos?
Tentaremos esconder nossas pegadas
Para que se houveram falhas
Ninguém encontre o que nos pertence.

E se passamos por lugares errôneos?
Desde que tenhamos chegado a algum lugar a salvo
Procuraremos um caminho diferente
Mesmo que mais longo,
Inerente aos nossos desejos
Flechando o tal amor verdadeiro que está no alvo.

E o que enfim temos a ganhar?
Depois da curva tem uma caixa com presentes
Dentre todos os mistérios da vida
Sob todas as contradições presentes
Tem alguém que quer amar a gente
Se então ficarmos em dúvida
Essa é a nossa saída.

Solitário com saudade

Acordo com o peito inchado
O rosto moído
Lábios cortados e sorriso emudecido
Só de ter sonhado com você tão distante
Dói-me saber que tens partido.

Contando as horas para te ver
Não consigo um segundo sem pensar em você
Nem ao menos feliz sou vendo-a tão longe
Tentando senti-la perto
Saber que o distante é deserto e eu quero mar de lágrimas de alegria.

Abro os olhos vejo desespero
Se os fecho tentando sonhar contigo
Parece castigo e as lágrimas caem.

É intensa saudade
É querer sem dimensão
Foi neblina, agora é tempestade
Cai pedra do céu e fere meu coração.

Fiz planos para alguns dias
Mas não tive dias para cumprir meus planos
Tentei me erguer novamente, mas você está distante
Quero suas mãos que me ajudam
E trazem os abraços que me confortam.

Subjetividade e ciência
Queria o beijo de amor como consequência
Mas você está longe, vindo para cá
Enquanto eu aqui queria estar aí.

Contando as horas para te ver
Não consigo um segundo sem pensar em você
Nem ao menos feliz sou vendo-a tão longe
Tentando senti-la perto
Saber que o distante é deserto e eu quero mar de lágrimas de alegria.

25 de outubro de 2010

Estou chegando

Não é fácil estar n’onde estou, sentir o que me arrepia, ouvir o que nem mesmo o mais corajoso seria capaz, e pensar tanto em uma só coisa como se essa fosse um tormento incapaz de fazer algum mal, contudo o mesmo faz com que você se sinta preso a alguma coisa que não sei qual é, mas mesmo se soubesse não gostaria de nem ao menos tentar fugir.
Enquanto fico eu aqui devaneando e o tempo vai passando, discorrendo sobre sua efemeridade que em mim torna-se finita e no infinito do meu íntimo corre contra si mesmo para que eu possa te encontrar.
É devastador o furacão de loucuras que contornam minhas vontades coesas e insensatas; é desorientação quando me acalmo antes mesmo de entrar em delírios e alucinações buscando um porto seguro para minhas descontroladas ações.
Julgo-me pelo primeiro ato, arrependo-me pelo segundo, perdôo-me pelo terceiro e no quarto faço tudo aquilo que foi conseqüência do que já se foi.
Se você acha que estou bem, espere só até ver o que está rabiscado nas paredes do meu quarto, o que acontece com o que é material em meio aos meus revoltosos sentimentos revolucionados pela saudade; espere só até saber que o que faço por ser certo me faz errado perante outros olhos e sob os teus sou indiscutivelmente verão em meio ao desconcertado inverno que já foi outono.
Neste instante posso até estar descrevendo o que me corrói, mas você sabe que ao mesmo tempo em que penso e sinto não consigo agir e compreender os porquês, pois afinal, tudo o que me orienta até você se desfaz quando enfim a encontro; tudo vira de ponta cabeça, de pernas para o ar, os pés encostados no céu, as costas na montanha e as mãos no mar feito especialmente para você com as águas das mais puras e sinceras lágrimas do precisar que me faz viver.
Preciso descansar meus olhos que vêem suas caras, movimentos, seu pensar e seus sentimentos, aproximando-os do meu coração, para que estes se acostumem a ter você por perto, e mesmo quando não estiver, olhar para os pés e fazê-los ir lhe buscar.
Espero que fique bem sabendo que há alguém que pode lhe dar aquilo que mais há de precioso: o amor.

20 de outubro de 2010

O último beijo entre as nuvens depois do mar



Cai o giz que desenha
Meu nome junto ao seu,
Nas areias da praia
Que o mar apagou,
Levou embora de tanto que gostou
Da saudade que bate e o peito pede arrego
Os peixes sensatos aprendem que o medo
Da água que traz as palavras de alguém
Não ferem, não dói, mas carrega consigo
A saudade de um homem que clama por seu bem.
Aceitam o destino e levam consigo,
O que carrega no peito
Do adulto menino
Que jura de joelhos a verdade que o mata.
Tsunamis e tempestades,
O pavor do futuro que abarca seu destino
O grande menino agora em apuros,
Não se contém e se agoniza,
Não sonha alto nem minimiza
Os seus sentimentos que apelam
E rezam para chegar
Através do mar
Lá do outro lado
Com peixes nadando e o céu tempestuoso.
E com o olhar vertiginoso
Alivia-se por saber
Que os peixes chegaram e souberam o que dizer:
“Vive o homem do outro lado que se debate de saudade
Pela mais bela jovem que por aqui clama seu nome para que venha buscá-la.
Ele vem ali logo atrás, nadando e nadando e pretende chegar
Ele vem só para te ver e suas súplicas curar.
E então morre de amor para seu nome eternizar.”

Longe, bem perto

A cada parada, uma nova estação.
A cada partida, a mesma saudade.
A cada chegada, livra-se do vício, cura-se por especialidade.
A cada grito de socorro, velho herói, novo filme de ação.

Se dispersa hoje o que ontem doeu,
Se completa com sobra o que ontem faltou,
Se me chama eu demoro, mas sempre vou chegar,
Se longe pareço, por distante estar,
Se distante ao longe bem perto do lar,
É por que lá se encontra o que quero buscar,
E andar de joelhos, chorar e rezar,
Escolhe entre as flores, o perfume inalar,
Encontrar a resposta do por quê te amar.

14 de outubro de 2010

Reaprender

Foram cruciais as gargalhadas da desgraça alheia
Este usufrui o poder que tem para benefício próprio
Aquele se mostra submisso a quem o submete ao ridículo
Acolá pousa o pássaro branco já cansado de recados
Salvação não mais é tentar deixar nas mãos dos outros.

É mais do que preciso levantar e dar facadas
Deixar a comodidade dos elevadores e chegarmos ao topo pelas escadas
Usarmos coroas de arame farpado
Ser menos que um mendigo e mais que um executivo
Precisamos estar dispostos a sangrar por justiça de verdade
Sem que possa ferir a carne corrupta
E dizer não à corrupção carnal.

Somos animais sentimentais como qualquer outro
Tudo o que nos relembra derrota, arrepia
Já o que foi vitória, sucumbe-nos ao medo.

O sábio sabe que saber demais é exagero
O corajoso tem coragem por ter medo
O pássaro voa por livre ser
O homem quer ser livre para voar.

Contanto que ele não ache que para voar precisa já estar em cima
Pode ser que ele saiba que o pássaro
Não voa tão alto porque tem coragem,
Mas sim porque sabe que aqui no chão
A liberdade de andar por onde quiser
Termina quando a bala fere seu coração.

11 de outubro de 2010

ECO

Algumas palavras são tão fortes em nós
Que mesmo sem ouvi-las elas ecoam.
 Eu sempre desejei para o mundo,
Talvez eu tenha tido ou ainda tenho, não sei...
Só sei que é amor,
Amor,
Amor,
Amor,
Amor,
Amor...

Bom entendedor

Menina incompreensiva me escute!
E entenda pelo menos duas palavras
Das milhões de frases que eu disser aqui,
Dos infinitos sentimentos que eu chorar.

Eu suplico serenidade e você discute;
Sonho em mergulhar nas nuvens e você quer água;
Digo o que penso e você não entende que eu sofri,
Não por você me fazer, mas por eu te amar.

Hoje é inevitável abarcarmos separação;
Ontem tentamos evitar aborrecer;
Amanha inevitavelmente evitaremos solidão.

Só pedi para entender duas de todas as palavras minhas
“TE AMO” são elas para o bom entendedor
Que entende num olhar a poesia.

Tudo em um beijo

Olhe só as flores das árvores caindo
Lentamente. Lentamente. Lentamente.
Á medida em que o beijo parece o céu se abrindo,
A chuva se esquece de vir e vê o sol sorrindo.
Sorrindo flertando com a lua em seu oposto
E a natureza ainda dormindo debruçada no pé da flor
Que sente o medo, que tem sua cura através do beija-flor.

Olhe só os frutos surgindo
Rapidamente,
Á medida em que o beijo cessa e o céu já se abriu;
A chuva chega e o sol se deita.
Dormindo sonhando com a lua que trocou de lado;
E a natureza acordada observa a flor
Que se enche de coragem enquanto o pássaro a beija,
Ela sem medo e ele sem dor.

Com um caderno sobre as cabeças molhadas,
E segurando consigo uma gramática encharcada
Dentro, palavras explicadas. Fora, palavras sentidas.
Ele a leva em sonhos e salva para casa.

3 de outubro de 2010

Atípico

Houve um dia em que eu levantei feliz
Sonhei com uma sereia
Serena cantando na areia
Que é o porto seguro da onda nervosa.

Quero ver quem consegue subir na pedra de papel
Desenhar ali uma árvore de flores brancas,
Pintar com tinta verde e deixá-la rosa.
É nessa hora que descobrimos os segredos das coisas inexplicáveis,
Sensações arrepiantes e milagres benditos
De um céu cinza que traz chuva transparente.

Duvido que algum dia o homem desceu de um pé de laranja
Carregando jabuticaba com formato de banana.
Fé é a felicidade que emana de uma música que a natureza canta.

O impossível trouxe ao gato o poder de subir paredes,
Ao morcego que não enxerga, voar à noite,
E à coruja enxergar a olho nu
O que homem pela sua ciência não explica.
Tudo isso é verdade viva dentro de algum coração
Que se permite levar pelo vento da tempestade.

Descrença

Concordam com a reminiscência do tempo
Que nos remete a um futuro incoerente
Fruto do sonho de um adolescente
Que tanto pensa em crescer
Passa o tempo sem ver
E acorda todo desesperado.

Ancião com inexperiência
Guarda mor do pessimismo da década
Sem rosa e muito menos pétala
Nunca chegou ao apogeu e já é decadência.

Cadência transcendente da glória anarquista
Cético e maltratado coração revolucionário
Veste-se de palhaço e todos acham graça
Ignorância infame do cidadão cego
Enquanto eu luto contra tua visonha.
Olha o fardo que eu carrego
Por você não saber pra que serve dicionário.
Vou pesquisar o que é vergonha.

2 de outubro de 2010

Urna do apocalipse

Sobe à calçada e sai da rua
A ordem direta da situação é dependente
De você estar ou não presente.

Sobre a causa do desastre
É culpa sua
É tudo culpa sua.

Sobre querer ou não saber a verdade
A cegueira é sua que não vê
Que depende de você
Tudo é conseqüência da sua imoralidade.

É seu dever não cuidar do que é seu
Mas a decisão de todos inclui a sua
A importância agora é suma
Ou a decadência, ou o apogeu.

Senhor da sabedoria dogmática
O lucro é seu e divida com quem você quiser
A felicidade é sua, mas o governo pode obrigá-lo a compartilhar.

Não é mais questão de se orgulhar
Não é carência de gramática
Ou então falta de quociente ou resto da matemática.

A questão agora é quem deve ser?
Eu ou você responde?
A ignorância surge e a sabedoria se esconde
E o larápio mentiroso aparece
“Vou fazer diferente. Sou igual(nas entrelinhas). Prazer!”

1 de outubro de 2010

Sou humano

O homem
Que castiga a si próprio com preconceito
Faz preceito do seu jeito
Põe defeito em todo feito
Vai contra o que lhe é direito
Para todos os males, o acerto
Não convém com o que parece certo.

Ó homem
Que tende ao pessimismo
Diz que é a realidade
Enquanto morre de saudade.
Nobre valor do cidadão
Que se vende na escravidão
Por não ter tido batismo.

São tantas as suas palavras profanas.
São tantos os seus desastres naturais.
Tem nojo dos seus próprios ideais.
Nojo tenho eu das coisas mundanas.

26 de setembro de 2010

“Ré(u)”voltado

Ei menina!
Guarda seu ego e tira da bolsa
Sua futilidade de menina patrícia.
Esquece esta tua mania de escuridão
Venha ver como a luz é bem mais bela
Você enxerga mais, vive melhor e seus sonhos
Ah, seus sonhos! Estes serão bem mais entusiasmados.

Ei garoto insolente!
Deixa de ser prepotente
Abaixa esse nariz todo cheio de si
Aprenda que aqui onde nós vivemos
Só se dá bem quem precisa dos outros e mesmo assim
Passa por cima porque no fim
Quem tem que vencer é você.

Ei mundo desgraçado!
Saia dessa cama de espinhos.
Até parece que não sabe fazer carinhos nos cabelos
Ao invés de abarcar ponta de faca.
O pó que te entram para livrar-te
O lícito e ilícito, alcoolizado ou não que te leva pra um lugar risonho
Mas que o troco é vergonha e aborrecimento.
Este que você diz que é o certo quando sabe que é errado
Só pra acharem que você é o bom, porque acham
Porém só acham porque também são uns idiotas adolescentes
Que se acham adultos, mas sinto muito
Estas são atitudes de criança, mimada por sinal
Que acha que não tem o que merece enquanto tem tudo o que queria ter.
Seus pais podem dizer, mas você sempre vai querer contrariá-los
Isso se não fizer pior e dizer que se pudesse iria matá-los.
Insolentes! Animais irracionais! Dizem caralho, porra, e outros adjetivos que acha bonito
Enquanto muitas pessoas estão tristes e sozinhas esperando sua visita
Para dizer bom dia, boa tarde, boa noite mesmo que não seja tão boa assim
Porque o que faz da vida uma vida é termos compaixão e bondade o suficiente
Para desejarmos ver os outros e ver a nós próprios contentes.

Lutar não é ferir, lutar é saber a hora certa de dar-se por vencido
É ser ao invés de sedento por vingança, ser amigo
É ser quem sempre imaginamos que poderia vir nos salvar.
Não tente pensar porque você NÃO CONSEGUE!
Tente fazer o bem, e veja quanta coisa boa você consegue.

24 de setembro de 2010

Pomar

Começo por arrebatar-me
Descanso em sombra fria
Dou mordidas carinhosas num pedaço de maçã
Um sorriso doce caramelo.

Discorro por entender-me
Em pequenos pedaços de folhas rasgadas com esmero
Crises tenho de loucuras em minha mente sã
Que aquece o coração no dia em que a noite esfria.

Deito e durmo fugindo de sol e chuva
De repente me clareiam os olhos
Abro-os e vem a verdade nua e crua.

Você sai dos meus sonhos
Entra em meu pensamento mais fiel
Leva-me ao abismo, lá em baixo é o céu.

23 de setembro de 2010

Desespero

O sol já gritava desesperado
Para nascer depois de um luar estrelado
Rebeldia por ainda ser noite
Um açoite da escravidão por viver apenas dia.
Discorre de palavras voluptuosas
Suntuosa, arrebata no coração que sem ti não bate. Morre.



É desespero descontente
É saudade de quando nos abarcamos
Um mundo aquém do mundo; trocamos
O resto por um eu e você, o surpreso presente
Detesto ter de concordar que devaneio seus beijos quentes
Confesso ter de acordar e o coração bater desconcertante.



Passo as mãos sobre o rosto tenso
O suor que percorre meus semblantes
É fruto das lágrimas que não caem de tristeza
É amor, é intenso; é indecifrável e é brusca sutileza.
Enfim...
É você em minha história: começo, meio e fim.

20 de setembro de 2010

Soneto Lunático

As coisas mudam tão rapidamente,
O que está perdido se faz presente;
Achado sem ao menos esconder,
Saber a resposta sem responder.

Noite tardia sob sol escaldante
Numa só rima vejo doravante,
Um amor de duas pessoas: nós.
Dois versos e um momento: a sós.

Meu olhar condiz com meus desejos,
Sua voz se cala com meus beijos;
Minha vida sem você é saudade.

Tal que meu sentimento é plural,
Jamais pude sentir coisa igual:
Um amor traduz o que é verdade.

19 de setembro de 2010

18 de Setembro – Peripécia

Era um dia comum, ou ao menos igual a todos os dias com este.
Começou à meia noite com minha linda e doce amada e o meu maior dos presentes. Acordei de manhã, me arrumei, fui para o futebol, voltei pra casa, tomei um bom banho, lavei a louça, atendi ao telefonema de um amigo (irmão) que fez aniversário um dia antes cuja festa seria feita em surpresa para ele naquele mesmo dia, e este que me ligava para desejar-me os parabéns. Após esta ligação, fui me trocar para ir à tal festa surpresa quando recebi outra ligação, esta agora de minha amada para combinarmos como iríamos.
Outro amigo irmão veio até minha casa e juntos, os três, fomos apara a festa.
Lá na festa na hora que o aniversariante chegou foi cumprimentar seus parentes, quando então aparecemos. Lágrimas, sorrisos e muita alegria. Um momento único e que nos remete às mais indescritíveis épocas que tão felizes fomos tão mais quanto a que hoje somos.
Passamos a tarde toda entre conversas, abraços, risadas e todos os tópicos precisos para uma história feliz, com trenzinho e bolo pra fechar.
Chegada a hora de ir embora, viemos sem preocupação e felizes. Minha namorada pede para eu levá-la em sua casa, paramos na praça e ficamos ali, namorando e deixando o tempo passar. Passamos na casa dela, quando minha mãe liga e diz que meus avós estão em casa esperando e quase indo embora. Começa o desespero.
Ela demora, e demora, e demora, enquanto eu louco pra ir embora começo a apressá-la para irmos.
Chegando em casa, meu avô lá fora, me cumprimenta e eu entro com a moto.
Entro em casa, sou recebi aos beijos e abraços pelos familiares quando tiro o pedaço de bolo trazido da outra festa quando de repente, vem como uma avalanche todos os meus melhores amigos trazendo consigo a maior das minhas alegrias. Com uma cara de “O que é isso? Não estou acreditando? Como pode?” junto com “Muito obrigado meus Deus por tudo isso”.
Alegria, sorrisos, abraços, beijos, zoeiras, comida, bolo, refrigerante e mais todos os apetrechos de um dia comum, porém com todas as novidades e explosão de sentimentos aquém de qualquer um que não saiba o que é amar.
Agradeço a TODOS por tudo, pois apesar de eu não gostar de surpresas, eu amei! Assim como eu amo a todos.

13 de setembro de 2010

O que te faz em mim

Nunca houve tal estado
Que me encontre desorientado
Suas sensações têm atormentado
Suor das emoções enquanto me sinto amado.

Surge de algum lugar
Vem arrebatando sem mesmo esperar
Acorda de repente, antes hibernou
Canta ao pé do ouvido poemas de amor.

Ri do antigo pudor
Espera o que já chegou
Suspira enfim aliviado
Inspira, cego de saudade.

Duvido de tal verdade
Arrepende do mal passado
Na era do gelo esquentado
Na água que solidifica em brusca suavidade.

12 de setembro de 2010

E eu?

Dedicatórias em todos os bancos de praça,
Frases escritas e decoradas;
As pessoas fazem fama e marcam-se nas calçadas,
E eu, sem disso precisar, ando pela rua de pirraça.

Não importa o que os outros dizem,
Mas os erros nos fazem aprender.
Você deve ter aprendido a não fazer sofrer,
E eu aprendi o quanto foi ruim você não perceber.

As mãos sujas das minhas sujeiras,
As costas marcadas pelas chibatadas;
Você me castigou fazendo a coisa errada,
E eu deixei de acreditar, e surgiram as olheiras.

Todos dizem não quando eu penso, e eu penso.
Eu quero acreditar mais uma vez, e eu penso.
Você faz promessas de um novo começo, e eu penso.

E eu que de tanto pensar, repenso;
E eu que só de imaginar, repenso;
E eu ao lembrar o seu olhar em meu olhar
Repenso.

E eu de tanto pensar e repensar, me canso.
Vou deitar e me pego sonhando.
Preciso esquecer de tudo e pensar em mim.
E eu aqui perdendo tempo;
E eu que ao invés de pensar e sonhar, poderia estar amando.

6 de setembro de 2010

Livros indiscretos

Não consigo mais expressar minhas vontades.
Delírios me consomem como algoz,
É maremoto de dúvidas,
Sagaz vontade de estar liberto.

Não concordo com o adjetivo que me completa.
Sou substantivo da minha própria oração.
Ela, aquele pronome indiscreto;
Eu, aquele que nunca está correto.

A vontade de fazer da exatidão do tempo cronometrado
Um sucinto nocaute para meus anseios.
Pode ser que eu pare a contagem de meus medos,
E prossiga com o tempo nublado.

Se a vaga imensidão de meu peito afaga,
Se continuar contrariado com meus ideais,
Se provenho d’algum sonho;
Jamais poderia cogitar a idéia
De ser uma ficção romântica e nada mais.

5 de setembro de 2010

Comumente raro

Comum foi o dia em que nos conhecemos
Comum foi a amizade que construímos
Comum foram os momentos
Raro foi quando nos incluímos.

Comum foi o primeiro beijo
Comum foram as primeiras palavras
Comum foram nossos anseios
Raro é sentir como estávamos.

Comum foi saber que acabou
Comum foi discutir o “por quê?”
Raro foi não entender.

Comum é saber que ainda sonhamos
Comum mesmo é pensar e fazer
Raro é que é fazer-me pensar sem você.

4 de setembro de 2010

Portal

A minha ironia se desfez
O meu medo é entregar-me outra vez.
Nunca ouve tal beberagem que mais me incomodou
Como aquela de quando bebi do seu amor.

Um urso quando hiberna sempre acorda
Percebe sua mudança e abala
Vai à caçada com faca e corda
Mata o leão que urra e nunca se cala.

Um sonho acordado vale mais que uma noite mal dormida
Amor às escuras pode enlouquecer
Posso ter aprendido a fazer tanta coisa nesse tempo
Mas aquele que usa a memória não pode aprender a esquecer.

O receio de uma nova vida velha e moralizante
Faz com que não me faça mais de constante
Uso o melhor do tempo que me resta
Veja o buraco na porta. É uma fresta.

31 de agosto de 2010

Sonoridade dos sonhos

Sábia mente incontestável,
Sabiamente em coerência com o sentimento.
Saboroso suco de teu desejo
Saboreei a viagem de teus beijos.

Seria indiscreto mostrar-me admirado,
Sentença da tua beleza incomparável.
Seriamente risonha em meu sonhar,
Sensato amor meu, ao te olhar.

Singela insegurança enamorada.
“Cinderela, deixaste teus sapatinhos comigo.”
Sinos tocam a tua chegada
Sinto muito, alma minha desgraçada.

Só, sob águas escuras,
Sóbrio sob embriaguez utópica.
Solene augusta sensatez mórbida,
Somente desejaria nada acontecer.

Súbito disparate contra meu devedor.
Sujo e ingrato coração amargo.
Subi montanhas e o imaginei,
Sucateado entre os demais.

29 de agosto de 2010

Fantasia

Ela estava feliz como eu queria:
Sorria, e com o seu sorriso eu percebia,
Um anjo sem asas que me protegia,
À medida que a lua surgia,
Transformava a nossa noite em dia,
O nosso chão em nuvens,
O nosso céu em mar.

Guardei mil milhões de beijos
Sonhei com o mais temível dragão
Planejei outras mil maneiras para te salvar
Pensei em dar o meu coração para você cuidar.

Sou o cavaleiro príncipe dos seus sonhos
Aquele da espada de fogo que vimos nas estrelas
Meu castelo é um jardim encantado
Nada será sonho, se você estiver do meu lado.

Amor dissílabo

Pedaços espalhados,
Corações partidos,
Todos juntados,
Amores amigos.

Venci dragões,
Guardião encantado.
Destino selado,
Dois corações.

Falta-me tino
Quando lembro
Daquele caminho.

Mau agouro
Mesmo quando
Sorrio lembrando.

Louco sonho

Estou assim triste
Mesmo quando feliz.
Tudo está louco
Louco também estou.
Nunca disse jamais,
Tanto quanto jamais disse nunca.

Alguns versos,
Rimas brancas,
Mostram vidas vivas
Mais cores, mais amor,
Menos dores, menos pudor.

Tudo será sonho
Quando abrir estes olhos brandos.
Vejo luzes claras
Vejo-nos juntos.

24 de agosto de 2010

Tesouro

Surge com o ser que me surpreende,
Pretensioso e prepotente,
Agraciado por ser valente,
Ecoa sobre os montes.

Tive mil pesares aos montes,
Difamei dizeres toantes,
Distanciei-me de horizontes,
Por meras me pareço descontente.

Nunca houve tal sentimento
Que me transformou em loucura
Louco desejo indiscreto.

Não pude fraquejar em algum momento
Fraquejei por andar pela rua escura
Encontrei-o então, amor discreto.

21 de agosto de 2010

Copo d’água

Tinha gosto de gosto nenhum,
tinha o sabor de dúvida,
não tinha forma de forma alguma,
parecia champanhe, mas não tinha espuma.

Bebi só para experimentar,
me arrependi na primeira gota.
Não deveria ter provado o gosto amargo
entrou pela boca e saiu pelos olhos ao lacrimejar.

Foi apenas um momento de fraqueza,
foi apenas uma fugidinha d’onde estou.
Foi apenas um gole d’água,
mas não era água.
Era o seu amor.

15 de agosto de 2010

Cócegas e perfumes

Quando eu poderia pensar
que cócegas me fariam voar alto?
Que um cheiro doce do melhor perfume
me faria procurar perguntas para minhas respostas prontas?

Aquele sorriso perfeito,
aquela voz que me sopra aos ouvidos
pedindo para esperar só um instante.
Sai, e ao voltar lança aquele olhar fascinante.

Tem o cheiro que eu gosto
As mãos que se encaixam nas minhas
e as cócegas... Ah! Aquelas cócegas.
Que sonhei durante as poucas horas que dormi,
fizeram-me acordar sorrindo e dormir feliz.

Só lamento que tenha sido só por alguns instantes.
Alguns beijos e nada mais.
Apenas cócegas e perfumes.

Pensar e querer

Nunca quis ter mais do que tinha,
jamais pensei mais do que minha imaginação deixava.
Quis tanta coisa e nada acontecia,
deixei de pensar enquanto sonhava.

Eu só quero alguém pra amar,
trocar carinho e conversar.
E numa noite de céu estrelado,
fazer o sol brilhar.

Eu quero um amor nem que seja de mentira,
Contanto que eu minta
dia e noite, noite e dia.

14 de agosto de 2010

Sem saber

Enquanto fico aqui pensando em como lhe falar
ouço sua voz, sinto seu cheiro,
procuro a realidade ao sonhar,
e me pergunto o porquê de tanto medo.

Talvez você seja tanto pra mim
que eu poderia não suportar
a melancolia de não saber como te amar.

Nada demais

Amar e não ser amado
sonhar e não poder compartilhá-lo
entender futuramente como eu tenho estado
no presente aloprado.

Não me canso de amar
apenas deixo de acreditar que posso conseguir.
Afinal,
eu quase nunca me esquecerei
daquela que um dia amei.
Mas da mesma forma em que o amor se lança
o amor se cansa.

13 de agosto de 2010

Mergulhador de sonhos

Era um mar sem ondas
um beco suspirando o mar
esperando uma luz do farol lá no alto
encontrando alguém para com quem falar.

Respirei e veio então a inspiração
me inspirei segurando a respiração
e mergulhei fundo no oceano.

Bastou um olhar de relance
e fez tornar-me em instantes
um homem desesperado à procura de ar.

9 de agosto de 2010

Inocente viciado

Bebo tantos goles de um amor inocente
Que o vício vem e eu nem dou conta.
Um bêbado viajando pela ilusão,
Dependente de um copo de uísque no meio do deserto.
Beber e morrer pela ardência da dor,
Ou deixar de beber para viver mais alguns quilômetros a procura de outra água?
Um infortúnio e um dilema.
Culpa das minhas escolhas,
Culpa de um copo inocente de um amor inventado.

2 de agosto de 2010

Versus

Hoje em dia é tão normal ser normal que em meio a tanta normalidade eu me vejo de um jeito diferente.

Decidi fazer o que todos fazem do jeito que eu quero fazer. O resultado pode ser surpreendente, pois eu posso fazer algo que fuja ao meu normal.
Finalizando...
sou diferente por talvez ser normal, contudo, desde que haja semelhanças e diferenças, todos somos iguais por sermos iguais, mas só que diferentes.

[ kkk ].

Normal

Sinto como se tivesse perdido alguma coisa.
Tomara que eu esteja errado como sempre.

1 de agosto de 2010

Depois de tudo...

Aprendi que na vida, tudo o que parece estar perto, na verdade está muito longe, e o máximo que poderá fazer é tocar.

Estava fazendo nada, olhando nada e pensando em tudo.
Pena que pensar não é meu forte.

30 de julho de 2010

Amor e coração

Meu coração amansado
Fechado em seu canto por um amor desalmado
Chorando pelos cantos
Secando-o nos mantos.
Bastou olhar em volta para perceber
Que tinha sentido o seu viver
E bateu acelerado
Quando se encontrou apaixonado
Por um amor desencontrado
Que se sujeitou a esquecer o passado
E aceitou viver ao meu lado.

Acha estranho?
Meu coração nunca foi igual ao de ninguém
E sempre esteve diferente por causa de alguém,
Sempre o mesmo alguém.

Aprendizado

Uma vida com acontecimentos para todos os lados
O bom de tudo isso foi ter aprendido
Aprendi a amar
Aprendi a dar valor
Aprendi a ser quem eu sou
Aprendi a crescer
Aprendi a me arrepender
Só não me arrependo de não ter aprendido
A esquecer você.

Mundo novo

Eu tentei descobrir sentimentos inexistentes
Procurei fugir pra tentar te esquecer.
Tenho pena de mim
Um bobo que perde o chão só por te ver.

De tudo o que tentei fazer
A única coisa em que não me saia do pensamento era você
A minha vontade mais louca de viver
Enquanto ao seu lado sou destemido
Cansei de ouvir que somos só amigos
O que sinto é muito mais que isso
Você merece saborear as ilusões do amor
É pra isso que eu aqui estou.

Preste atenção em mim
Estou lhe esperando do outro lado do universo
Naquele mundo que criei só pra nós dois
No dia em que descobri que era amor.

Tentei encontrar outras receitas
Não era desfeita
Mas eu queria um jeito de provar
Pra mim mesmo que era verdade o segredo de te amar.

Você sofreu por quem nunca quis te fazer feliz
Enquanto eu estive fora tentando me descobrir
Agora eu estou aqui
Já te contei que em cada canto em que eu estive você esteve comigo?
Minha mente inquieta, alucinada pela descoberta de se suicidar
Jogar as cordas e pular
O precipício não é o princípio nem o fim
E nada é como você é pra mim
A última gota de água desse mundo.

Preste atenção em mim
Estou lhe esperando do outro lado do universo
Naquele mundo que criei só pra nós dois
No dia em que descobri que era amor.
Se você quiser é só ligar
É simples, você diz sim ao amor e eu venho te buscar.

29 de julho de 2010

Relógio

Contava no relógio
Quantas horas seriam possíveis para te esquecer
E acabei descobrindo que o tempo nada pode fazer,
Pois quanto mais o tempo passa
Mais estrelas brilham,
Mais perto o sol está,
Mais planetas posso ver,
Enquanto passo as horas pensando em você.

Não importa em qual direção ele possa apontar
Eu sei que você vai estar lá
E não importa em quantas horas eu chegue
Estou indo agora te buscar.

Mesmo que o mundo conspirasse
Os amigos detestassem
E eu quisesse,
Esquecer-te é uma impossibilidade.

Cada giro do relógio em 360 graus
Meu amor gira loucamente
Te quer incontestavelmente
E se torna incondicional.

Não importa em qual direção ele possa apontar
Eu sei que você vai estar lá
E não importa em quantas horas eu chegue
Estou indo agora te buscar.

28 de julho de 2010

Teatral

O meu sono é indiferente aos planos que eu fiz
E ele não independe de alguém para ser feliz.

Durante o dia a miséria dos meus pensamentos acontece
E como que em estado vegetativo eu paro.
Passo horas pensando em como conversar,
O que dizer? O que poderia acontecer?

A noite chega e a vida começa.
Vago sob as ruas de paralelepípedos
De luas apaixonantes e estrelas como amigos.

Pode parecer sem sentido,
Mas o sentido ainda não apareceu,
Deixei o melhor para o final
Para que a história nos causasse euforia.

Em meio a tantas belezas sob a escuridão,
Vagava com alguma intenção superior
Cantarolava canções de amor,
Obedecendo as ordens do meu coração.

Enfim, frente a uma janela desconhecida,
Aparece ouvindo meus desejos, uma face inesperada.
Seu semblante fez a escuridão iluminada
E seus ouvidos deram passagem à canção das nossas vidas.

Uma resposta antes negativa,
Deu lugar à entrega por um amor.
Agora me resta fazê-la feliz.
Que se fechem as janelas!

27 de julho de 2010

Existência, insistência cruel

Tive de suportar seus suspiros por outro alguém, me tratando como o comum.
Posso não ter atrativo algum, mas o meu amor é muito mais do que mais uma bobeira da minha cabeça.
Que eu tentei te esquecer é fato consumado, mas quem agüenta amar e não ser correspondido?
Como eu mesmo disse, apenas tentei esquecer, porém o meu interior nunca conseguiu. E toas as tentativas terminaram por eu continuar querendo te amar mesmo que isso me cause dor, olheiras e noites mal dormidas.
Tudo é consequência do que o meu íntimo chama de persistência, ou então verdade da minha existência; e agora a luta será intensa, pois não quero mais te ver dizendo que tudo dá errado, enquanto pode ser que eu seja o certo.
Será que hoje em dia a beleza fala mais alto que um sentimento de verdade?
Se não for, então me desculpe, mas não há mais desculpas para inventar.
Deixe esse medo de lado e vem me amar.

26 de julho de 2010

Sorrisos por você

O tempo se cansou de esperar e decidiu agir
Deixou-me sozinho novamente, pois só assim
Enxergaria novamente quem deveria amar.
Eu me propus a esperar (de novo!).

Pode ser que demore para enxergar.
Se não eu, quem faria por ti o que eu fiz?
Se tem olhos, então veja quem realmente pode te fazer feliz.
Pode dizer que a vida não presta,
Concordo, nem tudo é festa,
Mas se você enxergasse quem te vê
Saberia que não é só a vida que sorri pra você.

Posso não ter um sorriso tão bonito,
Mas tenho vários sorrisos mais;
Cada um do jeito que precisar:
Feliz, quando busca seus olhos;
Irônico, quando não concorda contigo;
Desesperado, para tê-la aqui comigo;
Triste, por não ter conseguido;
Brilhante, enquanto estou ao seu lado;
Aquele normal, todo desajeitado;
E os sorrisos que tenho procurado,
Quem vai achá-los é você,
Quando aceitar que em todos eu tenho te achado.

Apenas um erro

Todas aquelas promessas,
Palavras insensatas que nunca deveria ter dito,
Fingindo ter esquecido
Um amor que sinto como a respiração com pressa
Afoito por um lugar no coração
Daquela que jamais tive a honra de tocar.

Não estive lúcido enquanto dizia todas aquelas mentiras,
Não era amor, era medo da solidão,
Por não ter correspondência,
E caí na indecência de fingir ouro sentimento,
Sendo medo a todo instante.

Você foi apenas o erro de um homem tentando esquecer um amor.

25 de julho de 2010

Caixa de fósforos

Você já se sentiu preso em um lugar minúsculo?

Consegui tudo o que uma pessoa sempre sonhou
Alguém para poder dividir todos os espaços,
Uma mão para enxugar minhas lágrimas,
Um rosto para fazer carinho,
Uma face para colar na parede do meu coração.

É duro ter que acordar depois de não ter dormido
Diferente é ter um sonho real e ver que a realidade não é um sonho
Uma caixa de fósforos é a minha casa de aluguel
É apertado para um coração que almeja grandiosidades,
Mas é único lugar em que o medo faz parte e a frieza não chega.

Me pego pensando naqueles lindos olhos fogueando os meus
Não sai da cabeça seu semblante perfeito
E aquele seu jeito que encaixa perfeitamente à beleza dos céus.

Sei que às vezes dói,
Outrora sinto saudade,
Contudo é uma forma de perceber que ainda é possível alcançar felicidade.
Que pode dar errado eu sei,
Mas também sei que tenho que ir até o fim,
Não há outra saída.
Só vou desistir quando você definitivamente sair da minha vida.

Você já se sentiu preso em um lugar minúsculo?

Se fosse realidade...

Nós estávamos na sala de casa
E a guerra começou
Era travesseiro pra cá e pra lá
E o meu coração travava uma batalha a parte.

Quando de repente o meu travesseiro voou para longe
E ela me derrubou.
Olhos nos olhos, os pensamentos em sintonia
Não poderia dizer que foi apenas um beijo
Havia desejo e uma outra sensação.

Foi tão bom um abraço sincero,
Meu coração em disparada corria a todo vapor
Pode ser que eu ganhe a corrida e não o seu amor
Mas ter-te para mim em meu sonho
Foi o suficiente para curar a solidão.

24 de julho de 2010

Fácil falar

Eu não tenho paciência para desculpas idiotas,
O mundo agora pede coisas novas,
Enquanto você faz errado.
Tenho certeza de que não estou certo,
Mas compreender o incerto,
Ajudar e continuar ajudando,
Faz com que eu continue pensando
Que pelo menos eu tenho tentado
A ser o melhor de mim.

Caiu o copo de vidro e os cacos machucam meus pés.
O que eu faria?
Ou chorava de dor enquanto o sangue escorria.
Ou disfarçaria a cena do crime mostrando minha honestidade.
Cara ou coroa? Sorte ou revés?
A dúvida é freqüente; Não me sinto à vontade,
O mundo em sinal de alerta e eu cogitando moralidade.
É a crítica que faltava para desmascarar,
O animal político rouba e tenta disfarçar.
Continue dizendo que é livre arbítrio e será expulso,
Fala mal, mas é o mesmo saco avulso.
Então se não tem moral
Aprenda a ficar quieto e pare de falar mal.

Ao último que sobrar
Apague a luz, feche a porta
E pelo menos uma vez na vida
Seja o primeiro a pensar.

Quando terminar, pegue a pizza na geladeira.

Enquanto o sono não tem sonho

Uma diz que me ama sem conhecer.
A outra que não vive sem mim.
E aquela da qual sou afim,
Está cega de amor e não vê.

Encontro-me como agora todos os dias.
A manhã em sono profundo,
Tardes e noites deito o coração quente em águas frias,
E as madrugadas me transformam em sentimento oculto.

Uma mordida no bolo
E um gole na “garrafa da ilusão”.
Na dúvida se me mato ou se morro,
Embebedo de desprezo meu coração.

Quatro versos e quatro estrofes
Dizendo a mesma coisa diferente.
Alguém me ama e quem eu amo está ausente.
É melhor eu ir dormir antes que alguém acorde.

23 de julho de 2010

Conversa com meu eu lírico

Nas trocas de ideias e sentidos
Procurava eu um álibi para minha insensatez
Culpa da minha insanidade ou das loucuras incoerentemente incontroláveis?

Culpo-me por atos de intenso descontrole
Não acuse a psicanálise. Investigue meu desastre mental
Não serei condecorado por me “autoculpar” de um crime inexistente
Enquanto incontrolável estive em mente
Cometi um ato banal:
Desisti do meu eu por divergentes opiniões.

Estou apto a isso, pois sou o único que falaria a mim mesmo o que ninguém tem coragem.
Mas será certo deixar-me de lado por não concordar comigo?

Meu inconsciente causa um delírio insistente
Não me responsabilizo por pequenos descuidos
Nem pelo suicídio do meu eu ainda inquieto
Conseqüente da minha ausência da realidade.

Já me esqueci de mim alguma outra vez e não foi legal
É como se vivesse apenas metade do seu todo especial
Único em tudo, igual em nada
Converso comigo mesmo por seguirmos a mesma estrada.
Continuo assim desde que o fim não seja a esmo
Afinal, não é loucura conversar comigo mesmo
É questão de sanidade.
E a minha eu sei guardar,
Mas hoje sinto saudade dela, não sei por quê?

22 de julho de 2010

Menina melodia

Sempre que você me olha eu perco os sentidos.
Quando você sorri perco os tinos.
O seu andar tem a melodia que os meus sonhos cantam.
É só dizer que está sozinha que eu vou te salvar,
Só houve um dia em que nada mais importava:
O dia em que você se tornou a realidade que eu sonhava.

Minhas palavras cantadas só cantam quando o sol brilha
Minhas letras só têm sentido quando a lua aparece
Minha vida hoje é fazer poesia,
Agora eu sei que Deus atende as nossas preces.


 Meu coração se olhou no espelho
Para me mostrar porque eu mais nada vejo
Eu vi você me abraçando dizendo que daqui não vai sair
O mundo tornou-se seu a partir daí.

Minhas palavras cantadas só cantam quando o sol brilha
Minhas letras só têm sentido quando a lua aparece
Minha vida hoje é fazer poesia,
Agora eu sei que Deus atende as nossas preces.

Não adianta!

Já tentei mostrar para você que posso te entender.
Nunca houve outro coração que pulsa tão forte quanto o meu,
Quando se depara com o seu na solidão.
Enquanto seus olhos estão em outra direção.
Minha alma vai ao além para te buscar
Na perdição de um amor iludido.
Não adianta não ver se só você me faz enxergar.

Guardei meus maiores desejos
Revelei que o meu peito chora
Pode ser que não seja a hora
Mas eu tenho que te contar:
Não adianta esquecer se nasci para te amar.

Você chorou por quem não te quis
Enquanto quem te quer chora por você.
Nunca usei magia para ter o seu amor
Esperando que a magia fosse ter você.
Não adianta chorar se a magia pode acontecer.

Fugi de tudo, fugi do mundo
Busquei o final do arco-íris
Tentei plantar meu amor
Onde os frutos iriam brotar.
Não adianta fugir se nasci para te levar.
Não adianta!

19 de julho de 2010

Falar de amor

É engraçado falarmos em amar
Pois sempre tem alguém que prefere estar sobre
Por isso procuro um meio termo entre dois contraditórios:
Eu amo,
Mas não quero medir tamanhos de amores
Afinal,
São tantos que se eu for contar
Acabarei não amando.

NAVEGANDO

Tive um sonho:
Via-me dentro de um barco
Que insistia em afundar, cada vez mais e mais.
A solução para minha agonia não podia ser outra:
Abandonar tal barco.
Assim sendo, porém, atirar-me-ia em alto mar;
(isto era terrivelmente tolo á meus olhos).
Todas as noites, a mesma dúvida torturante percorria
meus sonhos:
Insistiria eu em permanecer no barco condenado
Ou me abandonaria ao acaso, tomada por uma coragem sem razão?
Poderia ser talvez um ato condecorado analisando a situação.
Contudo, estou só dentro do tal barco velejador
Que me leva por onde o vento for,
Sem direção, por um destino distinto.
Vejo terra a milhas e milhas além
Resta saber se a areia praiana é real
Ou é mais uma sensação artificial de estabilidade.
Não tem a ver com utopia ou realidade
Tem a ver com meus instintos, sensatos ou assassinos.
Num piscar de olhos e um desatino
Procuro uma borda para me apoiar;
Por fim me apóio em dois lados: viver ou me afogar.
Como sempre caio em vacilo nas escolhas
O suor escorre, o medo se encolhe e o corpo espera um último sentido
Enfim sinto que não devo abandonar a rota.
Continuo navegando até saber onde vou chegar,
Não é de minha índole desistir
Se for para morrer, morrerei por tentar.

Texto de: DE ANDRADE,Natália Aline; CUAGLIO,Luiz Aguinaldo Ponton
Ver também em: http://lunathicaandrade.blogspot.com/