Sempre há na alma o que nos transcende. Façamo-nos então a luz da história em meio ao nada.
31 de maio de 2010
Algum alguém
Foi tão triste ter me visto mimado
Perdido minhas preciosas pedras
Por ter amado
E estar perdido por entre as frestas
Da vida no passado. No presente
Cheguei a ver-me como aresta
Talvez eu ainda tente
Doar tudo o que me resta
Para ver feliz algum alguém
Que queira ao menos meu bem
Que me acompanhe por aonde eu vá
Me leve pra sonhar sob um travesseiro macio
E uma canção de ninar.
Posso ter tido vários pesadelos
Não me contive e desafiei meus medos
Se arrependimento matasse
Quem sabe eu não o fizesse
Só o farei de novo se algum alguém ao menos me amasse.
Mas sou o sofrimento de uma mente inquieta e serena
Se amar é sofrer entao sofrer é amar,
Se amar é bom, entao continuo a sonhar
Quem sabe não encontro nestes devaneios
Sem medo da paixão e seus anseios
Um algum alguém que me faça valer à pena!
30 de maio de 2010
Cotidiano
Não há perdão que possa compensar
Não há solidão que me faça amar
Não há esperança que me faça sonhar
E ir mais alto pra nenhum lugar.
É possível sorrir
É possível chegar
É preciso sentir
E ter alguém para amar.
Repetições do cotidiano
Sensações que antecedem o verão
Talvez me peguem cantando
Sem harmonia com a canção
E se eu estiver chorando
Venha acolher meu coração.
Só que me perco por ai
Só que não me vejo tão confiante
Só às vezes não me vejo distante
E lhe digo que estou aqui.
Repetições do cotidiano
Sensações que antecedem o verão
Talvez me peguem cantando
Sem harmonia com a canção
E se eu estiver chorando
Venha acolher meu coração.
Se estiver aqui quando eu voltar
Se quiser saber por que quero te amar
Se souber entender por que existo, o que sou
Entenderá que assim sobrevivo, do seu amor.
27 de maio de 2010
Pôr do sol
Eu quis te levar para ver o pôr do sol
As árvores cambalearem com o vento
As águas correrem rumo ao mar.
Queria te ensinar como faço pra sonhar
Admirando seu semblante à luz do luar
Sua silhueta perfeita
Seus dizeres dizem como pensa
Seus olhares marcam sua presença
Seus lábios contam segredos
Suas mãos revelam seus medos.
Mas tudo é impossível
Quando o possível se ausenta
Eu sinto sua presença
Guardada em meu peito.
Enquanto você me fazia sofrer
Sofrer por amar e querer
E tudo isso porque
Eu quis te levar para ver o pôr do sol.
26 de maio de 2010
Novo
Adaptar-me a um novo jeito
Diversas virtudes, inúmeros defeitos
Uma mudança precisa
Um crime suspeito:
Matei minha antiga vida
Novo sou num coração com receios
Cheio de coragem, de medos
Talvez não tenha sido tão cedo
E nesta tarde ensolarada
Vejo estrelas de noite em nevoada
E saio em disparada perguntando onde estou
Nem sei ao menos pra onde vou
Vou procurar um novo amor
E seja onde for, em qualquer lugar
Posso até fraquejar, obrigado assim a chorar
Mas não vejo o que fazer
Sem alguém pra dizer
Eu amo você!
Mundo injusto, homem também
Escrevo o que sinto
Ouço de tudo
Vejo e me desespero
Com esse infame mundo
De mente fechada
Felicidade nas calçadas
E amores moribundos.
Já que não é possível a multiplicação
Enquanto que possamos dividir coisas boas
Adicionar vida e alegria
Para subtrair os tumores deixados em cada um, no coração.
Os oceanos se revoltam e o mar em fúria
Faz desastres acontecerem com os ventos que ajudam
Tsunamis, terremotos, e tempos mais temerosos
Do hoje que pode não existir amanhã,
Por culpa desse homem ignorante
Que não obstante, se faz de ações incoerentes
Verdades inconsistentes, e lutas tolas
Que trarão males doravante.
Dos males o menor
De saber que não estarei aqui
Dos piores o maior
Por saber o que sofro ou já sofri.
Mas não tenha dó
Pois nem eu a tenho assim
A vida é um nó
Mas há laços de amor em mim.
21 de maio de 2010
Artificial experience
Notadamente sou um alguém cuja vida se define em amor, tanto que já amei, fui amado e assim sou.
Contudo as experiências que a vida me proporcionou têm um propósito, só não sei qual.
Por que tive de entregar tudo de mim e me arrepender? Tudo isso valeu à pena? Algum amor que tive realmente me amou?...
Inúmeras perguntas surgem como uma máquina que trabalha a todo vapor, mas as respostas são tão prováveis quanto 2+2=4.
Eu entreguei tudo de mim porque fui inexperiente, imaturo com as minhas ações e sentimentos, consequentemente comigo mesmo. Talvez se eu tivesse dosado o meu amor, apreciado-o, ele poderia ter durado muito mais, mas a minha vontade insaciável de beber da mais pura e infame fonte de felicidade me deixou bêbado e como todo pau d’água acabei cometendo erros e dando vexames. Deve ser por isso que eu deva ter me arrependido.
Tudo isso valeu à pena, porque consegui chegar ao nível de um autodidata e aprender sem que algum professor pós-graduado no conceito amor tenha me ensinado, aprendi com os meus erros e acertos, meus defeitos e minhas qualidades, enfim, consegui amar tanto, aprender tanto, sofrer tanto que hoje levo comigo um longa bagagem por essa vida que segue ininterruptamente.
Agora, se alguma pessoa que eu tenha dado o meu amor me amou realmente pouco importa, pois tenho certeza que elas não pensam em como eu estou, como a minha vida se segue, qual rumo estou tomando, se estou feliz ou não; e talvez ela se contente mesmo com um sorriso meu dado de longe e um aceno de mãos dizendo oi/tchau.
A vida é efêmera, por isso tenho me dedicado a fazer dessa experiência alguma coisa útil, para que no meu túmulo, quando tudo o que passei aqui, tudo o que eu entreguei aos outros subjetivamente, tenha sido para o meu corpo algo não meramente menos do que artificial, mas que também tenha sido tão bom a ponto de ficar guardado no coração e na cabeça de cada pessoa em que todas as minhas ações influenciaram positivamente e que no meu túmulo fique escrito em letras douradas:
“Aquele que viveu de amor; foi amado, amou e morreu por amar!”
19 de maio de 2010
Solitário e sem você
Lá fora o sol se esconde
Como uma brisa da manhã.
Vento bate, neve cai
Sinto os mesmo calafrios de ontem.
Sento na janela e vejo o que me espera lá fora
Tempos de hoje são os mesmos de outrora
Cada suspiro que dou
São suspiros de saudade e saudade de amor.
É triste como me aqueço na lareira
Solitário e sem você
Solitário sempre fui
Mas sem você agora estou.
Mando uma carta e espero que ela não congele
Doce Esmeralda, não vê que o meu coração geme?
Ele te chama, por seu nome clama
Crie coragem e venha para a verdade que te ama.
18 de maio de 2010
Declaração para amar
Venho por meio desta te dizer que não dá mais...
As suas mãos me tocam quando fecho os olhos
Os seus beijos me aquecem nos sonhos
Seus abraços me confortam quando penso em você.
É insuportável ter você tão distante
E de pensar em um futuro nosso, sinto um arrepio
Que relembra quando meu coração se partiu
Colhi os pedaços, mas ninguém sorriu.
É uma sensação tão agonizante
Preferir dar amor à diamantes
Carinhos à casas
Caminhos à asas
E viver de amor e carinhos num caminho traçado contigo.
Eu rezo por que me desespero?!
Sempre fiz o que era o certo
Coloquei sua foto num quadro na parede de casa
Estou de coração aberto
Agora só falta você vir me amar.
As suas mãos me tocam quando fecho os olhos
Os seus beijos me aquecem nos sonhos
Seus abraços me confortam quando penso em você.
É insuportável ter você tão distante
E de pensar em um futuro nosso, sinto um arrepio
Que relembra quando meu coração se partiu
Colhi os pedaços, mas ninguém sorriu.
É uma sensação tão agonizante
Preferir dar amor à diamantes
Carinhos à casas
Caminhos à asas
E viver de amor e carinhos num caminho traçado contigo.
Eu rezo por que me desespero?!
Sempre fiz o que era o certo
Coloquei sua foto num quadro na parede de casa
Estou de coração aberto
Agora só falta você vir me amar.
17 de maio de 2010
É amor de novo
Não vou negar que você me tortura
Dizendo que estará comigo
Me dá castigo e diz que é meu amor
E que minha vida é sua.
Jamais me esquecerei daquele papo a sós
Você me mostrou que tenho você em mim
Nossas vidas deram nós
E se entrelaçaram numa união sem fim.
Mas não sei dizer se consigo desabafar
Quero ter você aqui do meu lado
Mas penso por outro lado: você querer me deixar.
Se não quiser por amizade já estou acostumado
Aprenda que são seus sorrisos que me fazem feliz
Numa história de amor em que no fim, o leitor pede bis.
16 de maio de 2010
Eu vejo você
É duro ter que acordar
E ver que tudo não passou de um sonho.
Aquelas flores que estavam à nossa volta
As borboletas que davam cores àquele instante
O som da harpa tocando legião
E a sensação de que tudo é pra sempre.
Eu vejo você
Em tudo o que há em mim
Eu vejo você
Como o começo, o meio e o fim.
Eu poderia não ter aberto os olhos
E continuado naquele mundo que era nosso.
Foi tão mágico,
Foi tão real,
Foi aquele beijo que tornou tudo normal;
E no arrepio sentido por meu corpo acordado
No espanto de acordar e não vê-la ao meu lado
E tão distante,
Tão sozinha,
Tão solitária de amor,
Precisando de carinho,
De um ombro amigo;
E o meu querer é estar contigo
Te fazer feliz,
Te fazer amada,
Te levar pro céu,
Te deitar na grama,
E entender que é verdade que a gente se ama.
Mas será que é possível um amor assim?
Deve ser tão difícil pra você quanto pra mim.
Não há como negar que eu te quero
Um sonho pode virar realidade
Porque eu sinto saudade
De você, quando não ouço sua voz
Quando não falo contigo seja onde for.
Eu vejo você
Em tudo o que há em mim
Eu vejo você
Como o começo, o meio e o fim.
Estou perdido sem saber o que fazer
Se eu arriscar pode ser em vão,
Mas saiba que sinto no coração...
... que eu vejo você!
Ainda há esperança
Eu nunca fui de me gabar
Sempre deixei explícito
As conquistas e derrotas da minha vida,
Mas ninguém tem nada a ver com isso.
Quando chego em casa vou me deitar
Vejo meus sonhos como único abrigo.
É sempre a mesma história repetida,
E não consigo conviver com isso.
Se choro, me molho sem ninguém pra me secar
Sempre me quis ver dando um sorriso,
Mas é como uma missão não cumprida
Pra quem não tem espelho nem amigo.
Contudo ainda posso sorrir e chorar
Se você estiver comigo;
E como no fim de uma novela assistida
O beijo de dois amores unidos.
Sempre deixei explícito
As conquistas e derrotas da minha vida,
Mas ninguém tem nada a ver com isso.
Quando chego em casa vou me deitar
Vejo meus sonhos como único abrigo.
É sempre a mesma história repetida,
E não consigo conviver com isso.
Se choro, me molho sem ninguém pra me secar
Sempre me quis ver dando um sorriso,
Mas é como uma missão não cumprida
Pra quem não tem espelho nem amigo.
Contudo ainda posso sorrir e chorar
Se você estiver comigo;
E como no fim de uma novela assistida
O beijo de dois amores unidos.
14 de maio de 2010
Ontem e hoje, talvez amanhã
Foi possível chorar
E enquanto chorávamos por errar
Acertamos em suprir com sorrisos
Caminhamos rumo algum lugar
Só não conseguimos abarcar com força
Talvez fora alguma coisa forçosa
Mas não deixou de ser gostosa
A sensação de te amar.
O que era vidro hoje é espelho
Aqueles sorrisos destroem os medos
Os nossos caminhos não são mais os mesmos
Mas que possa ser possível o nosso encontro
Lá no fim,
Quando conseguirmos a felicidade enfim.
E enquanto chorávamos por errar
Acertamos em suprir com sorrisos
Caminhamos rumo algum lugar
Só não conseguimos abarcar com força
Talvez fora alguma coisa forçosa
Mas não deixou de ser gostosa
A sensação de te amar.
O que era vidro hoje é espelho
Aqueles sorrisos destroem os medos
Os nossos caminhos não são mais os mesmos
Mas que possa ser possível o nosso encontro
Lá no fim,
Quando conseguirmos a felicidade enfim.
À espera de um milagre
O hoje é uma representatividade anárquica de como política e sociedade não devem se comportar.
Os jovens que comumente se dizem “maduros” para enfrentar qualquer obstáculo que possa vir a atrapalhá-los, deixa esse “peitoral de aço” de fora e, quase sem perceber, são capazes das maiores imprudências possíveis.
Muito diferente do que possam pensar, eu não estou isento de compatibilidade com esse sistema anarquista, contudo tive formas e oportunidades diferentes de abrir os olhos para tal catástrofe e, coloco a ideia de um mundo em que nós somos a própria massa fecal de um conjunto de diarréias que tais atitudes imbecis nos causam.
A matéria-prima dessa desordem são os ideais incoerentes de uma ignorância não descoberta e que, por ventura, acabou por virar uma doença crônica de grau maior quando seres de mentalidade inferior resolveram colocar tudo isso em prática, mesmo que o projeto inicial dessa maquete enfeitada à rigor de adubo orgânico (vindos dos pastos das fazendas de minifúndios tomados por usucapião, onde a reforma agrária – essa sim de um projeto de nível mais acentuado – não fora posta em prática) não tenha sido aprovado por unanimidade por essa população vivente de um sistema democrático, onde praticamente nada funciona através dessa mesma democracia tão aclamada por muitos.
Me causa grande pudor ter de dizer que sou um agente ativo desse esterco negativamente moralista, mas ainda há uma chance... Vamos reunir todo o país, inclusive as “pessoas de má fé”, e mudar? Se estiverem dispostos estou aqui: Cemitério da Saudade, quadra seis, túmulo sete.
13 de maio de 2010
Canção de outono
No embalo do dó maior
Tenho dó de quem tem dó de mim.
Nunca fui imprudente quando sóbrio,
Mas joguei cartazes nas ruas em objeção
À ré que dá o ritmo da vida alheia
Engato a segunda marcha e sigo avante
Numa retórica passagem por momentos doravante d’outras.
E caminho pelo tom do outono
As folhas jogadas no chão
As flores que eram para estar em seu buquê
Estão no propósito do banco da praça
Só não me pergunte o porquê.
Posso ter tido momentos efêmeros
Nada incomum aos meus gêneros.
Se quiser vir comigo e ver como é eterno
Vista o seu vestido branco
E eu, enfurecido, aceitando as normas clichês, visto o terno.
Outrora não garanto que fique mais de alguns dias
Afinal, essa é minha vida.
Enquanto desprezo esse sonho
Declamo ao meu sacrilégio, incoerentemente
A canção de outono.
12 de maio de 2010
Rosas mortas
Será recíproco as galhardias do mundo para nós, enquanto apenas pensamos em fazer do “carpe diem” uma filosofia de vida na qual temos um espelho negro à nossa frente?
Nunca é o bastante os conselhos experientes, as saudades dos ausentes, os amores distantes.
Sofrer é muito mais do que ser apedrejado pela sociedade em dia de eleição.
As mensagens subliminares estão no psíquico da mente humana como se fosse um tumor funcional, identificado, por meras, às vezes retirado, mesmo que por outras, passe despercebido.
O ser delinqüente, inato e inexperiente, faz da concórdia um semblante da natureza perfeita; ousa se aventurar no escuro beco; sai sem casaco em meio à geada e sente frio; e além mar decifra os códigos da vivência insensata... E bêbada!
Então se algum dia perder a consciência que ainda sobra, não culpe ao mundo em que vivemos. Culpe a sua inabilidade de manuseio das cordas que o sustentou durante a sua estadia nesse hotel cinco estrelas que desfrutas.
PS: não se esqueça que as rosas que foram colhidas nos jardins do éden estão mortas. Foi você quem matou! Por não entender que rosa é vermelha, e mesmo que não fosse, teria de ser cuidada assim como a sua vida, que hoje morta, você jogou fora.
11 de maio de 2010
Bomba Atômica
Sonho?
Pesadelo?
Um ID sem utilidades
Não há incertezas quando nada é certo
Não há ninguém por perto
Enquanto somos quem queremos
Assim só os temos quando deixarmos de sermos.
Iludi-me de utopias amorosas
Cai em tentação forçosa
Puramente mente inquieta
Trabalhava em ritmo atleta
O coração bombeou, bombeou e de repente...
BOMBA! KABUMMM!
E enquanto eu pensava que os conhecia
Era só coincidência
Eles também pensavam.
E com sangue de barata
Não houve influência
Era clareza de pensamento, vulgo sensatez
E como nenhuma vez
Essa sociedade ainda inata
Vaga pela imensidão do nada
Atrás do que lhe convém
Capitalismo, comunismo, lucros, dividendos e afins
E a reforma agrária onde está?
Vou ver se está no meu bolso
Por que essa palhaçada virou encosto?!
Não importa, não sou capaz
De fazer tudo mudar
Porque não existo mais
Culpa dessa geração eletrônica
Morri de vergonha
Meus fiéis companheiros lançaram
A Bomba Atômica.
9 de maio de 2010
Mamãe
É difícil falar sobre quem me fez!
Aquela pessoa que me conhece como ninguém
Que me segurou no colo e cessou meus prantos
Que no frio me acolheu em teus seios mantos
Dos meus sorrisos ainda sem dentes
Mostrou-me que carinho e amor são fundamentais
E num simples sorriso teu me acalmo nos infortúnios.
Eu fui crescendo, com você aprendendo
As primeiras letras, os primeiros passos
As primeiras palavras com um ou dois anos
Ainda simples dizendo apenas “mamãe eu te amo!”.
O tempo foi passando. Passou!
E pra quem pensava que eu não seria um alguém digno
Aqui estou!
E se cheguei até aqui devo tudo a você (e ao papai também)
Que nos enfermos me deu a cura
Nos dias tristes me contou piadas
Nos joelhos ralados jogando bola na rua, mostrou-me a calçada
Nos momentos em que eu me afogava, me ensinou a respirar de baixo d’água
“Você acha que é impossível?”, minha mãe ensinou que nada é impossível quando se crê.
Lembra mãe dos meus primeiros passos? Do que eu dizia sem saber?
Das noites mal dormidas por eu estar doente? As artes que eu fiz acontecer?
O que eu fiz de bom e de ruim? O que eu me tornei?
A minha infância, adolescência e a minha atual maturidade?
De tudo isso você faz parte, é o que há de melhor em mim
Hoje os meus caminhos dependem muito mais das minhas ações
Continue acreditando como sempre acreditou,
Pois ontem, hoje e sempre você tem uma verdade concreta:
O meu amor.
Te amo mamãe!
Pergunte pra quem sabe
Pergunte pra si mesmo
Se o acordar é viver?
Se dormir é descansar?
E você sabe quem você é?
Nunca me perguntei
Indagação nunca hesitante
Nenhuma resposta foi ou é o bastante
Por isso digo que não sei.
Todos os dias quando acordo
Vivo para um mundo que talvez não me queira
E quando durmo esqueço o que passa
Sonho com minhas pretensões e choro ao me arrepender.
E se me pergunto quem sou
Caio em demasiada solidão
Não obtenho respostas
O mundo vira de costas para minhas amnésias constantes
E como numa vida insensata e ponderada
Vejo o meu eu mendigando nas ruas
Tentar achar seu caminho, a sua estrada.
Nas respostas nuas e cruéis
Sei quem não sou por saber que não sou quem penso ser
Tudo por culpa minha
Quando eu quis você!
Do outro lado
Acorde e sinta a brisa da manhã
Lembre-se daqueles dias felizes
Sentados na calçada desenhando o arco-íris
Aconchegados num abraço sincero.
Vá até a janela e veja o sol
Que desenhei no céu pra você
Que ilumina seu sorriso
E desenha-o no horizonte.
Colha as flores no jardim
Leva-as para casa e faça um buquê
Coloque num vaso com água
E finja que estou presente.
E no cair da tarde deite na cama
Faça uma oração e agradeça a Deus
Pois mesmo que eu esteja distante
Não me esqueço do que passamos.
Eu aqui deste lado e você aí
Um ocupado com afazeres
Outro sentindo saudades
Dois corações separados pelo destino.
Mas mesmo aqui sem saber por aonde ir
Estou contigo dentro do seu peito
Nas minhas noites encontro nos sonhos o seu jeito
Um passado feliz, presente triste, enfim, um romance perfeito.
7 de maio de 2010
Pergunta para o destino
Como pode ser tão triste?
Quais os caminhos a traçar?
Se você diz que acredita de olhos fechados
Onde está a minha felicidade que seus olhos enxergavam?
É agonizante o aperto no coração
Frustrado: grito de dor
Não consigo guardar amor
Muito menos desprezo e comoção.
É vazio e nem os ventos sopram mais
Sou gentil, mas ninguém vê
Sei dar tudo de mim, mas vivo assim
Sem sentir nem sentido.
Me diz por quê?
Qual será o objetivo da minha vida amorosa?
Se eu te dei rosas, então onde está seu cheiro?
Aproveito enquanto não me apaixono por alguém
Pra dizer que sou ninguém
Ninguém amará quem amo mais do que eu
Só que eu não amo nenhum
Nenhum sentimento se apossou de mim
E enquanto isso amo o fim
O fim de uma história sem final feliz
Feliz por não sofrer de amor
Triste por sentir a dor
A dor de quem um dia amou e não ama mais
Mais do que eu não tem como
Como eu amei, hoje em dia não amo
Mas amarei se alguém aparecer.
E se não aparecer o que farei?
Será que vou ficar sozinho?
E se eu sonhar e acontecer?
Se um amor eu encontrar
Que me mostre então a verdade
Que os sonhos são nossas ocultas realidades
E que sou digno de carinho.
Peripécia do coração
Eu tive um sonho triste
Sonhei que você veio me dizer
Que não me ama mais
Que não me quer
E toda aquela magia ficou pra trás.
Digo que tudo o que passou ficou
Tudo o que virá é mudado
São palavras sinceras de um coração machucado.
E se eu dissesse que não te esqueci? Você acreditaria em mim?
E se pudesse acontecer enfim? Sorria pra mim.
Não suporto suas caras
Nossas peripécias de amor
O destino se cansou de jogar a favor.
É jogo sujo
É a lama do jardim já sem grama
É como me sinto hoje
Sem você aqui, perambulando por aí
Sucumbida nos sentimentos amorosos
Bons tempos meus que eram nossos
Quando eu era apaixonado
Encantado e desenfreado.
Sou hoje pedaços desfalecidos de carnes mortais
Hoje já não sou mais aquela criança inconsequente
Desguarnecida dos seus pudores
Vivo por amores que não existem mais
Ninguém sabe mais amar.
Mas há alguém que me queira bem
Estou indo buscar
Em algum universo, em outro lugar.
6 de maio de 2010
Ironia do destino
Fruto de um erro irreparável
Infortúnio do passado incrédulo
Minha sensatez é dependente
Consciência do que se passa incoerentemente
Dentro de uma caixa de segredos
Buscando a coerência incontestável
D’um ser pensante imponderável
Detestável e solitário.
Banalizado sentido do viver
Desse coração amado
Julgado e condenado
A sofrer de paixão
De um amor vulgar pensante
Ilusoriamente sonhador
De um futuro ainda distante.
Ouvistes então uma história real
Um pobre mortal numa noite estrelada
Sorrindo de ironia,
Feliz sem saber que tinha
Nada do que pudesse sorrir.
4 de maio de 2010
Diferente de ontem
Nas conversas distantes
Risadas entendidas e recíprocas
Sensatez nos desabafos entendidos
Por amores errantes.
As fotos coladas a um canto
Mostram a beleza que se reflete no espelho interior
Um se encheu de amor e acabou chorando de dor
Outra revelou e por meras encantou.
E num toque de celular
Conversas e elogios ao encontrar.
Nem tão cedo achavam
Nem tão tarde pensavam
Sem destinos combinados
Se encantaram em agrados.
O hoje mostra que o amanhã terá sol e lua
Ilumina em claridade, ilumina em esperança
Talvez alguma coisa árdua
Intensa, mas que se alcança.
E por conversar agora
Há diferença no tempo
Haverá momentos de outrora
Contudo hoje se sente o júbilo
É outra história.
3 de maio de 2010
Só por te amar
Enquanto o sol não vem
A lua fixa um olhar em mim
Ilumina seu semblante pra lhe fazer sorrir.
De longe todos apreciam
Sua dança no andar
O seu jeito de me olhar
Uma coisa rara
Minha cara não disfarça
E me desmonto de paixão.
Em meio a tanta gente
Um sorriso encantador
Um andar diferente
Uma paixão ardente
Mesmo que cause dor
É paixão do mesmo jeito
Ter virtudes e defeitos
Num romance perfeito.
E nessa sintonia
No gingado da viola
O coração chora e faz poesia
Só por te amar.
A lua fixa um olhar em mim
Ilumina seu semblante pra lhe fazer sorrir.
De longe todos apreciam
Sua dança no andar
O seu jeito de me olhar
Uma coisa rara
Minha cara não disfarça
E me desmonto de paixão.
Em meio a tanta gente
Um sorriso encantador
Um andar diferente
Uma paixão ardente
Mesmo que cause dor
É paixão do mesmo jeito
Ter virtudes e defeitos
Num romance perfeito.
E nessa sintonia
No gingado da viola
O coração chora e faz poesia
Só por te amar.
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