30 de junho de 2010

Amor surreal




Menina dos meus sonhos
Saia dessa ilusão
Fuja dessa utopia mentirosa
Das maravilhas que sonhei.
Vem me buscar
Leve-me pro seu mundo
Ensina-me como é um amor sem mentiras
Aconselha-me por caminhos certos
Corra comigo em direção a algum princípio
Escreva a história que idealizei
Mesmo que sem fim.
Menina dos meus sonhos
Aceite esse amor incondicional
Posso até morder seu pescoço e tirar-lhe a vida
Mas meus sonhos nunca se vão
E você permanecerá aqui,
Pois só você sabe o que sinto
Só você entende meus defeitos
Só você é a cura pros meus medos.
Venha me buscar
Liberta-me dessa solidão
Traz contigo seu coração pra eu cuidar
Saia dos meus sonhos e venha me buscar
Para que juntos possamos sonhar
Com um amor em uma vida que seja possível amar, só amar.

E quando não conseguir mais fechar os olhos para entrar em delírios
Quando não mais sentirmos os arrepios dessa vontade perpétua,
Quando quisermos ter um amor para a vida toda,
Então deixaremos de sonhar com algo que não existe
E tomaremos algum caminho diferente,
Eu quero o paraíso.
E você, algum palpite?

27 de junho de 2010

Se eu fosse você!

O que uma breve conversa não faz com as pessoas não é mesmo?
Uma Escritora me disse através de seus textos que hoje em dia não há mais amor como antigamente.
Dizer eu te amo realmente virou um singelo “Bom dia!”. Lembrando que, também nos dias de hoje, nem todo mundo deseja um bom dia ao seu próximo.
A essência e subjetividade da Escritora é algo que raríssimas pessoas têm. Ela disse tudo o que eu sempre pensei.
A tonicidade das minhas emoções atingiu o auge da minha tortura. E aquela mesma questão que me cerca vem à tona: Será que é possível eu encontrar um amor de verdade?
Aquele amor que pode até não ter os bom dias clichês, mas tem a vivacidade das manhãs e tardes, e um boa noite que faz calar os corações doentes, silenciar a saudade presente, e por fim fazer sonhar as mentes de duas pessoas que realmente se amam.
Não há distância que não se possa superar(Fato!). Não há raridades que não se possa encontrar.
Então digamos que eu venha a achar esse amor... Será que vamos dar certo?
O destino é uma incógnita; meu coração nunca foi pedra; que eu amarei, nada se nega.
Se o futuro é incerto, então que possa ser possível tentar.

26 de junho de 2010

Vendo a lua da janela

Sinto que não terei mais aquele abraço confortante,
Aquele olhar que muito dizia,
Um abraço que me esquentava,
E minha mente que só naquele amor pensava.

Era um platonismo provável,
Um sentimentalismo imensurável,
Que deita sobre o peito infame
E dorme na ilusão de tê-lo por todo.

Coloco meu sobretudo e saio sob a chuva,
Em lágrimas olho a lua; sinto a brisa no rosto
Alcançando com os sonhos, de olhos abertos, um rumo
E ainda chorando, naquele amor pensando,
Deito e durmo.
Agora pela eternidade lembrando.

Quis dizer que...

Disse palavras de insulto,
Disse que faria culto,
Disse ser oculto,
Disse um absurdo.
Disse insultando,
Disse em culto a um santo,
Disse que era oculto por enquanto,
Disse que era absurdo, no entanto,
Nunca disse que era verdade,
Que esse amor deixou saudade,
Que estava em sobriedade,
Dizendo coisas com sanidade.

Mudança muda

Talvez o mudo mudaria o mundo.
Só não muda porque não fala,
Pois se mudasse tudo,
Não teríamos um mundo,
Que ouve o que não quer,
E mudamente se cala.

Guarda-chuva sob a lua

Acalme-se,
Estou guardando no fundo do baú
Aquele sentimento repugnante
Que me causa ânsia
De tanta mentira.

Console-se,
Enquanto o céu ainda está azul
Olhe a estrelas por um instante
Por que tanta alternância
Entre dor e alegria?

Anime-se,
Quando um sentimento nu
Causa arrepios doravante
Alivio-me em última instância
Por ver que sorria.

Só não chore
Por não estar em lugar algum
Do meu coração errante
Que confiou-lhe uma esperança
E acabou em melancolia.

Fim do homem “ditador-democrático”

Perguntas inocentes pela curiosidade inconsistente
Fogem da ilusão e caem na própria culpa
De seus medos, das verdades ditas
Contraditoriamente com seu ponto de vista
Que humilha e insulta
O homem movido pela luxúria
E que zomba dos seus defeitos,
Um algoz de seus conceitos.

Não sou incoerente a ponto de não perceber
Que sob influência d’outro alguém
Satisfaço a minha dependência
Enlouqueço minha insana consciência
Que vê vãs liberdades aquém
Mas do outro lado uma prisão da modéstia que perece.

Nas veredas da democracia
Que cuidam dos seus valores por oligarquia,
Se envaidece e o homem decresce
Regride ao seu estado primitivo
Ausente de sanidade encontra-se perdido
E através da auto-suficiência de egocentrismo
Depreende-se de seus defeitos mentais
Busca o poderio atômico
E mata-se por achar que todos são iguais.

Confissões de repreensão

Volto ao princípio por descontrole,
Sou mártir dos meus impulsos, confesso.
Dos sorrisos sobraram-se os restos,
De uma situação sem controle.

Não escolhi sofrer, mas escolhi amar.
Não escolhi você, mas aprendi a aceitar.
Quem ama sente falta dum sentimento honesto,
E o coração debate-se em manifesto.

Gastei milhares de palavras para me declarar,
E apenas duas sílabas pedindo para você voltar.
Tive mil olhares para uma paixão desordenada,
E um segundo para secar suas lágrimas.

De repente tudo anda em contrapartida.
Deixa-me em alto mar solitário,
Com saudade e um coração otário,
E de saudade deixo de viver
Para que na passagem apenas de ida
Esteja escrito: Rumo à felicidade sem você.

22 de junho de 2010

Redescobri-me

Salteei como se não houvesse outra saída
Cometi enganos decorrentes da vida
Fiz planos, joguei os panos, decidi mudar
Roubei o coração de outrem para me reencontrar.

Deformo meus quadros de tempos passados
Que afeiam meus traços, que me entornam
E jogam pra fora tudo o que eu era.

No auge da minha ostentação mental
Revelou um alguém que não se assemelhava
Àquele em que se falava
Com admiração pelo racional.

Flui como água às margens do rio
Em uma ironia natural que adorna
Um rosto rude que trás à tona
A semelhança do quente e o frio.

Alimenta-se do fogo que move seu coração
Faz-se o gelo de um instante inoportuno
Um floco de neve que se desmancha em seu rosto
Um pedaço do sol que surge de um sorriso.

Nem as gotas de chuva caídas no pedaço de papel
Ou então chamas que surgem do chão
São capazes de anuviar o céu
Que amanhece após uma noite de escura solidão.

Álcool e Fogo


Quando a ferida é profunda
A dor tenta subir à superfície do mar
Quando chega, queima a pele
Daquele que escolheu viver por amar.

Então taca-se álcool para curar
E vai queimando por dentro
Queima tanto que arrepia o sentimento
E vicia com o cheiro, ainda com receio
Daquilo que cura, mas pode matar.

Somente o sol traz a luz
Um sincero e inocente clarear
E se o ferimento não cicatriza
A dor não há de cessar.

Então taca-se fogo para cicatrizar
E vai queimando por fora
Arranca o tumor da solidão e joga fora
Queima e se faz eternizar
Em uma cicatriz que tende a perdurar
Para nunca me esquecer
Como é saber amar, você.

Poeta x Mundo

É tão ruim quando o peito que antes era afagado,
Hoje sente dores e um buraco grande e vazio.
Era afagado por minhas mãos ainda dóceis
Que agora sente o peso de ter de segurar o mundo em suas palmas.

Um mundo pesado e maleficente
Que nunca é condizente com o que pensa
Nem mesmo é capaz de fazer reverência aos poetas
Com suas mentes abertas, frases com palavras inquietas
Que se movem a todo instante. E nunca se acham o bastante
Para solidificar seus pensamentos que fluem como água.

Transtornado e obcecado por um querer mais intenso
Dolorido e ensangüentado por apanhar ao dizer o que penso
Romântico e sem amar. Até quando posso aguentar?

Jamais pedi um amor imensurável
Ou que seja perdurável.
Quis um amor merecedor
E hoje curo minha dor com álcool e fogo.

E se for minha vida que está em jogo
Lutarei até o fim
Para conquistar alguém que queira amar.
Que não seja amar só, mas que seja só me amar.

A única garantia dessa conseqüência
É uma vida feliz. Aventurar-se com ou sem negligência.
Com uma jura transcendente
De amá-la eternamente.

20 de junho de 2010

É questão de sobrevivência!

Se eu esguardar o fato de que não me encontro mais, poderiam pensar que estou à procura de algo. Sempre tive tal aspiração, porém nunca soube ao certo qual o rumo tomar para chegar ao tão almejado pote de ouro.
Sempre procurei fazer o certo mesmo que possa dar errado. Sentia a euforia de um elogio mesmo quando não dito, mas falado. Fiz promessas injuriosas para meus conceitos, e caí nas armadilhas da iminente destruição emocional que possuía meu pensar.
Pensei ser bom, mas nunca era o bastante. Pensei ser amigo mesmo que estivesse distante. Pensei estar amando enquanto meu coração palpitava por um último suspiro de esperança.
Acolhi-me no mais humilde sentimento, mas perdi-me por não haver sentido.
E no mais saudoso olhar, acabei encantado. Confesso ter chorado por achar não ser digno de tal beneficência, mas aí entrou a tal da benevolência que me envolvia e fazia com que eu aceitasse as condições da vivenda do meu coração e das portas trancadas de outro querer.
Acabei por sofrer, contudo me senti engrandecido e abençoado por ter com ela estado nos meus últimos dias de paz.
Hoje, receio não ter o bastante pra sobreviver. Não obstante a doença “emocional/racional”, respiro a incerteza do que quero; por vezes me desespero, por querer viver. Vale ressaltar que sempre vivi por amor, seja qual ele for.
Eu sei que nunca terei um amor de verdade, mas eu quero outro amor mesmo que seja só pela metade.

19 de junho de 2010

Crítica e risadas ao cidadão mundial

Uso das sabedorias alheias
Para mostrar entendimento próprio.
Posso não estar sóbrio
Por ser fugitivo das sombras do passado

Por meras estou salvo
Do que ontem era só brincadeira
Homem com faca na mão
Hoje com bala no coração.

Brinco com a seriedade que me falta
Gosto de dar gargalhadas do homem que vive
Em vão ele dá seus passos
Com poderio atômico, todo atônito
Escondendo-se em seus medos.

Gosto da vida que tive
Vivendo na classe média alta
Sapatos caros e colares
Atraindo olhares sem me gabar
Deixando pegadas sem mesmo andar.

E vive hoje o homem na beira da estrada
Aquele que um dia ousou querer mudar o mundo
É taxado de vagabundo e insolente,
Não está mais entre a gente
Se isolou por ter se decepcionado
Acreditou em amor
Ousou em amar
E o mundo que foi amado, mas não mudado
Deixou o pobre homem rico no altar.

E hoje a riqueza do homem pobre está apenas em amar
Pode não ter dinheiro, mas sabe pensar
E tem a absoluta certeza de que o dinheiro e a ganância
Não pode entra onde ele pode chegar.

Quem ama entende


Houve um instante meu coração
Que não soube ao certo a minha decisão
De dizer a você tudo o que eu sentia.
Queria mandar flores com perfume doce
Olhar no espelho minha vergonha inocente
E sonhar com uma história de amor entre a gente.

Mas quando eu me aproximei você se escondeu
Disse que o seu coração não amava o meu
E me mandou ir embora.

“Eu vou embora pra bem longe; eu vou te esquecer
E se além do horizonte eu não encontrar você eu prometo que volto
Só pra te buscar.”

Eu vou voar mais alto
E vou te levar.
Eu vou colher as flores
Para me declarar.
Eu vou provar que te amo
E você nunca vai ousar dizer não a esse amor.

16 de junho de 2010

Estou aqui

Cansei de ser alguém vestindo bem
Terno e gravata
Enquanto o mundo é essa zaragata.
Nas ruas deitados sob a chuva
Pessoas nuas e cruas de amor
Não que me cause pudor,
Mas estou enjoado dessa assíncrona evolução.
Eu preciso sumir
E ver no que vai dar.

Mas pra que sumir
Se sei que poderão me achar?
Pra que fugir
Se ainda há alguém que saiba amar?

Estou sozinho talvez porque não dão valor em gente assim.
Felizmente eu não ligo.
Eu dependo do mundo
Tanto quanto o mundo verá que depende de mim.
Eu preciso sumir
Mesmo que seja preciso eu ficar pra mudar
O mundo que me virou às costas,
Mas que grito para o ajudar.

Mas pra que sumir
Se sei que poderão me achar?
Pra que fugir
Se ainda há alguém que saiba amar?

14 de junho de 2010

Terras estrangeiras

Aportei em terras estrangeiras
Sem destino nem desatino
Não medindo meus passos
Todos incorretos e sensatos
Procurando uma resposta para uma existência.

Em terra de rainha triste
Fui seu porto feliz.
No senhorio atroz
Um escravo de seus sonhos.
Entre inúmeras guerras
A batalha por lhe conquistar.

Um guerreiro armado com a espada do destino
Usa de escudo o coração
Luta incessantemente pelo inalcançável,
Um amor imensurável.

E depois de conquistar o que mais me preza
Ouso abarcar minha solidão
E abandonar um amor
Que nem ao menos terminou,
Mas entre as pedras está aquela
Que o nobre cavalheiro mais amou.

Peço para que...

Sonharemos...
Com glória e poder sentimental.
Com florestas encantadas e lobo mal.
Com um presente agraciando nossos corações.
Com um futuro de família e realizações.

Faremos...
Todas as loucuras de um amor incondicional.
Todas as piadas de uma vida experimental.
Todas as cartas eternizadas em singelas palavras.
Todas as melodias de uma canção declarada.

Só não sabemos...
Onde estamos.
Como fazer para nos acharmos,
Entre terras e oceanos,
Milhas e milhas ao longe,
Escondidos atrás do arco-íris.

Sonhe...
Faça...
E saiba...
Que no fim, mesmo que não seja possível um encontro
Tudo o que passou não foi em vão,
E que sempre nos tivemos dentro do coração.

13 de junho de 2010

Criticar não é salientar

Estou frustrado com as ideias.
Hoje o homem diz que é consciente
Sempre tem planos em mente
Quando não os tem
Dizem que é pura sobriedade.

Quer dizer que agora é banalidade
Xingar e falar o que quer
Dizer que é tudo culpa do mundo
E tirar o peso das costas porque critica.

Tenho pena da sociedade
De mentes ingratas dizendo verdades
Ou pensando que diz.

Bato palmas pelas inconveniências
Sem sanidade. Nem mesmo eu sou verdade.
Fico me vangloriando por criticar quem critica
Por me perder numa mente separadamente altruísta,
Que se preocupa comigo,
Julgado a esmo
Por julgar a todos e a mim mesmo.

Confronto de um eu

Houve um tempo em que eu existia
Para alguém que me queria.
Bem que era verdade
Se não fosse, esse aperto forte,
Não seria saudade.

E se a mente explode
Por que tanta aspereza?
De confronto com um sorriso
O amarelo de tristeza
Me acorrentando sem perceber.

Fiz promessas injuriosas
Senti-me como o pico da montanha
Frio e com cores desgostosas
Bonita pra quem vê de longe
Quem conhece e descrê
Quando vê de perto, julga estranha.

Não há monstros
Nem vilões destrutivos.
Houve um tempo em que eu existia,
Mas hoje ninguém me quer.
Só porque não sou o que você acha que o certo é.

Solidão medonha




É no escuro que vemos o que é solidão.
Quando as horas não passam
As pessoas não chegam
As angústias não cessam
Por que eu tenho medo?

Talvez não haja consenso entre minhas múltiplas mentes
Constantes, irrelevantes;
Autoritária e escrava. De minhas verdades.

Em um quarto escuro e sem ninguém
Sinto a solidão por ter amigos
Guardo a saudade e meus receios
Acoberto-me e choro pela verdade.
Por que eu tenho medo.

7 de junho de 2010

Um apelo




Acordei sem ao menos ter dormido. Já é uma e quinze da manhã e o meu pensar está ágil e afoito, tentando encontrar uma cura para o seu pesar.
Enquanto as músicas, que teriam a função de me acalmar e fazer dormir, me faz pensar ininterruptamente em causas aleatórias. Tento achar nos seus versos um por que dessa inquietude, no entanto descubro a cada sentido um novo motivo para me inquietar.
Tenho o ingrato hábito de dizer demais, e faço o mesmo escrevendo.
Descobri que sinto falta de um amor. Aquele que me fez sofrer “platonicamente”; aquele que não me alcançou até o coração, mas arranhou meu peito e deixou marcas; aquele que foi ilusão; e aquele que existiu, foi ruim, foi bom, que acabou, mas que é eterno.
Eu quero senti-lo de novo mesmo que seja dor, mesmo que me mate, contanto que seja amor.
Pode ser que eu pareça ser um “masoquista inconsciente”, porém não quero nenhum mal, só quero alguém para amar. Confesso que está difícil de achar.
Será tão difícil alguém que queira ser amada?
Apelo pelo meu coração, que bate são e desordenado, por um amor não encontrado.
Ele chama por alguém, diz que ama e quer bem, só não consegue achar ninguém.
Se você ouve o bombear desse coração fazendo poesia por paixão: acene, grite, mande uma mensagem, dê alguma pista; se eu não ver não se entristeça, pois o que os olhos não veem o coração sente. Então venha até mim, se declare, e tenha a certeza de que sinônimo do meu coração é ser feliz.

4 de junho de 2010

Praça e lembrança


Entardecia enquanto eu andava

Suspiros poéticos vindos do cansaço

Você sorria enquanto eu te amava

Foi embora pra cair na solidão.



Deixei cravado no banco da praça

Ao invés de chorar pela sua partida

Uma frase de amor. E quando via lembrava

Do beijo e da saudade perdidos no tempo.



Meu peito explode e o coração para

Você se foi. E voltou enquanto eu dormia

Naquele banco de praça em que um dia

Deixei cravado o nosso eterno amor.

Senhor e escravo


Amarraram-me num tronco

Tiraram tudo aquilo que eu não tinha

Roubaram meus sonhos

Enquanto eu dormia.



Cheguei ao céu e toquei as estrelas

Perdi meu chão enquanto sentia

Chorei de dor na sua partida

Sorri contigo sem saber bem pelo o que.



Se o frio esquenta meu coração

São marcas de amor e escravidão

Sou escravo das suas vontades

E senhor da sua solidão.

3 de junho de 2010

Tempo


É tão constante ouvir falar do tempo

Todos falam o tempo todo

Tão constante como o próprio tempo.



Temos muito tempo

Que é o nosso próprio tempo

Só não temos tempo de ter tempo

Por falta de tempo.



O tempo não para

O tempo é constante

O tempo dura eternamente

Só o seu tempo é que é diferente.

Hoje


Hoje ouvi falar de dor e ilusão.


Ela estava apaixonada sem saber o por quê?

Dizia para si mesma “Não te quero mais,

Mas amo você e só contigo sou capaz”.


Ela estava desolada, mal amada.

Até que num dia comum

Sentiu um aperto no coração, e calafrios

O corpo queimava e sentia frio e o que era dor...



Hoje ouvi falar de amor e desilusão.


Ele estava numa vida mansa

Dizia para si mesmo “Eu estou curtindo

A vida continua a pregar-me peças e eu sorrindo”.


Ele era gentil e bem amado.

Até que num dia comum

Sentiu um suspiro no coração, e arrepios

O chão de terra dura virou rio e o que era amor...


Hoje ouvi falar que há dois caminhos distintos.

Só esqueceram de dizer que também há dois destinos

E um final com direito a bis.

E o que era dor...

E o que era amor...

Hoje é um final feliz.