30 de julho de 2010

Amor e coração

Meu coração amansado
Fechado em seu canto por um amor desalmado
Chorando pelos cantos
Secando-o nos mantos.
Bastou olhar em volta para perceber
Que tinha sentido o seu viver
E bateu acelerado
Quando se encontrou apaixonado
Por um amor desencontrado
Que se sujeitou a esquecer o passado
E aceitou viver ao meu lado.

Acha estranho?
Meu coração nunca foi igual ao de ninguém
E sempre esteve diferente por causa de alguém,
Sempre o mesmo alguém.

Aprendizado

Uma vida com acontecimentos para todos os lados
O bom de tudo isso foi ter aprendido
Aprendi a amar
Aprendi a dar valor
Aprendi a ser quem eu sou
Aprendi a crescer
Aprendi a me arrepender
Só não me arrependo de não ter aprendido
A esquecer você.

Mundo novo

Eu tentei descobrir sentimentos inexistentes
Procurei fugir pra tentar te esquecer.
Tenho pena de mim
Um bobo que perde o chão só por te ver.

De tudo o que tentei fazer
A única coisa em que não me saia do pensamento era você
A minha vontade mais louca de viver
Enquanto ao seu lado sou destemido
Cansei de ouvir que somos só amigos
O que sinto é muito mais que isso
Você merece saborear as ilusões do amor
É pra isso que eu aqui estou.

Preste atenção em mim
Estou lhe esperando do outro lado do universo
Naquele mundo que criei só pra nós dois
No dia em que descobri que era amor.

Tentei encontrar outras receitas
Não era desfeita
Mas eu queria um jeito de provar
Pra mim mesmo que era verdade o segredo de te amar.

Você sofreu por quem nunca quis te fazer feliz
Enquanto eu estive fora tentando me descobrir
Agora eu estou aqui
Já te contei que em cada canto em que eu estive você esteve comigo?
Minha mente inquieta, alucinada pela descoberta de se suicidar
Jogar as cordas e pular
O precipício não é o princípio nem o fim
E nada é como você é pra mim
A última gota de água desse mundo.

Preste atenção em mim
Estou lhe esperando do outro lado do universo
Naquele mundo que criei só pra nós dois
No dia em que descobri que era amor.
Se você quiser é só ligar
É simples, você diz sim ao amor e eu venho te buscar.

29 de julho de 2010

Relógio

Contava no relógio
Quantas horas seriam possíveis para te esquecer
E acabei descobrindo que o tempo nada pode fazer,
Pois quanto mais o tempo passa
Mais estrelas brilham,
Mais perto o sol está,
Mais planetas posso ver,
Enquanto passo as horas pensando em você.

Não importa em qual direção ele possa apontar
Eu sei que você vai estar lá
E não importa em quantas horas eu chegue
Estou indo agora te buscar.

Mesmo que o mundo conspirasse
Os amigos detestassem
E eu quisesse,
Esquecer-te é uma impossibilidade.

Cada giro do relógio em 360 graus
Meu amor gira loucamente
Te quer incontestavelmente
E se torna incondicional.

Não importa em qual direção ele possa apontar
Eu sei que você vai estar lá
E não importa em quantas horas eu chegue
Estou indo agora te buscar.

28 de julho de 2010

Teatral

O meu sono é indiferente aos planos que eu fiz
E ele não independe de alguém para ser feliz.

Durante o dia a miséria dos meus pensamentos acontece
E como que em estado vegetativo eu paro.
Passo horas pensando em como conversar,
O que dizer? O que poderia acontecer?

A noite chega e a vida começa.
Vago sob as ruas de paralelepípedos
De luas apaixonantes e estrelas como amigos.

Pode parecer sem sentido,
Mas o sentido ainda não apareceu,
Deixei o melhor para o final
Para que a história nos causasse euforia.

Em meio a tantas belezas sob a escuridão,
Vagava com alguma intenção superior
Cantarolava canções de amor,
Obedecendo as ordens do meu coração.

Enfim, frente a uma janela desconhecida,
Aparece ouvindo meus desejos, uma face inesperada.
Seu semblante fez a escuridão iluminada
E seus ouvidos deram passagem à canção das nossas vidas.

Uma resposta antes negativa,
Deu lugar à entrega por um amor.
Agora me resta fazê-la feliz.
Que se fechem as janelas!

27 de julho de 2010

Existência, insistência cruel

Tive de suportar seus suspiros por outro alguém, me tratando como o comum.
Posso não ter atrativo algum, mas o meu amor é muito mais do que mais uma bobeira da minha cabeça.
Que eu tentei te esquecer é fato consumado, mas quem agüenta amar e não ser correspondido?
Como eu mesmo disse, apenas tentei esquecer, porém o meu interior nunca conseguiu. E toas as tentativas terminaram por eu continuar querendo te amar mesmo que isso me cause dor, olheiras e noites mal dormidas.
Tudo é consequência do que o meu íntimo chama de persistência, ou então verdade da minha existência; e agora a luta será intensa, pois não quero mais te ver dizendo que tudo dá errado, enquanto pode ser que eu seja o certo.
Será que hoje em dia a beleza fala mais alto que um sentimento de verdade?
Se não for, então me desculpe, mas não há mais desculpas para inventar.
Deixe esse medo de lado e vem me amar.

26 de julho de 2010

Sorrisos por você

O tempo se cansou de esperar e decidiu agir
Deixou-me sozinho novamente, pois só assim
Enxergaria novamente quem deveria amar.
Eu me propus a esperar (de novo!).

Pode ser que demore para enxergar.
Se não eu, quem faria por ti o que eu fiz?
Se tem olhos, então veja quem realmente pode te fazer feliz.
Pode dizer que a vida não presta,
Concordo, nem tudo é festa,
Mas se você enxergasse quem te vê
Saberia que não é só a vida que sorri pra você.

Posso não ter um sorriso tão bonito,
Mas tenho vários sorrisos mais;
Cada um do jeito que precisar:
Feliz, quando busca seus olhos;
Irônico, quando não concorda contigo;
Desesperado, para tê-la aqui comigo;
Triste, por não ter conseguido;
Brilhante, enquanto estou ao seu lado;
Aquele normal, todo desajeitado;
E os sorrisos que tenho procurado,
Quem vai achá-los é você,
Quando aceitar que em todos eu tenho te achado.

Apenas um erro

Todas aquelas promessas,
Palavras insensatas que nunca deveria ter dito,
Fingindo ter esquecido
Um amor que sinto como a respiração com pressa
Afoito por um lugar no coração
Daquela que jamais tive a honra de tocar.

Não estive lúcido enquanto dizia todas aquelas mentiras,
Não era amor, era medo da solidão,
Por não ter correspondência,
E caí na indecência de fingir ouro sentimento,
Sendo medo a todo instante.

Você foi apenas o erro de um homem tentando esquecer um amor.

25 de julho de 2010

Caixa de fósforos

Você já se sentiu preso em um lugar minúsculo?

Consegui tudo o que uma pessoa sempre sonhou
Alguém para poder dividir todos os espaços,
Uma mão para enxugar minhas lágrimas,
Um rosto para fazer carinho,
Uma face para colar na parede do meu coração.

É duro ter que acordar depois de não ter dormido
Diferente é ter um sonho real e ver que a realidade não é um sonho
Uma caixa de fósforos é a minha casa de aluguel
É apertado para um coração que almeja grandiosidades,
Mas é único lugar em que o medo faz parte e a frieza não chega.

Me pego pensando naqueles lindos olhos fogueando os meus
Não sai da cabeça seu semblante perfeito
E aquele seu jeito que encaixa perfeitamente à beleza dos céus.

Sei que às vezes dói,
Outrora sinto saudade,
Contudo é uma forma de perceber que ainda é possível alcançar felicidade.
Que pode dar errado eu sei,
Mas também sei que tenho que ir até o fim,
Não há outra saída.
Só vou desistir quando você definitivamente sair da minha vida.

Você já se sentiu preso em um lugar minúsculo?

Se fosse realidade...

Nós estávamos na sala de casa
E a guerra começou
Era travesseiro pra cá e pra lá
E o meu coração travava uma batalha a parte.

Quando de repente o meu travesseiro voou para longe
E ela me derrubou.
Olhos nos olhos, os pensamentos em sintonia
Não poderia dizer que foi apenas um beijo
Havia desejo e uma outra sensação.

Foi tão bom um abraço sincero,
Meu coração em disparada corria a todo vapor
Pode ser que eu ganhe a corrida e não o seu amor
Mas ter-te para mim em meu sonho
Foi o suficiente para curar a solidão.

24 de julho de 2010

Fácil falar

Eu não tenho paciência para desculpas idiotas,
O mundo agora pede coisas novas,
Enquanto você faz errado.
Tenho certeza de que não estou certo,
Mas compreender o incerto,
Ajudar e continuar ajudando,
Faz com que eu continue pensando
Que pelo menos eu tenho tentado
A ser o melhor de mim.

Caiu o copo de vidro e os cacos machucam meus pés.
O que eu faria?
Ou chorava de dor enquanto o sangue escorria.
Ou disfarçaria a cena do crime mostrando minha honestidade.
Cara ou coroa? Sorte ou revés?
A dúvida é freqüente; Não me sinto à vontade,
O mundo em sinal de alerta e eu cogitando moralidade.
É a crítica que faltava para desmascarar,
O animal político rouba e tenta disfarçar.
Continue dizendo que é livre arbítrio e será expulso,
Fala mal, mas é o mesmo saco avulso.
Então se não tem moral
Aprenda a ficar quieto e pare de falar mal.

Ao último que sobrar
Apague a luz, feche a porta
E pelo menos uma vez na vida
Seja o primeiro a pensar.

Quando terminar, pegue a pizza na geladeira.

Enquanto o sono não tem sonho

Uma diz que me ama sem conhecer.
A outra que não vive sem mim.
E aquela da qual sou afim,
Está cega de amor e não vê.

Encontro-me como agora todos os dias.
A manhã em sono profundo,
Tardes e noites deito o coração quente em águas frias,
E as madrugadas me transformam em sentimento oculto.

Uma mordida no bolo
E um gole na “garrafa da ilusão”.
Na dúvida se me mato ou se morro,
Embebedo de desprezo meu coração.

Quatro versos e quatro estrofes
Dizendo a mesma coisa diferente.
Alguém me ama e quem eu amo está ausente.
É melhor eu ir dormir antes que alguém acorde.

23 de julho de 2010

Conversa com meu eu lírico

Nas trocas de ideias e sentidos
Procurava eu um álibi para minha insensatez
Culpa da minha insanidade ou das loucuras incoerentemente incontroláveis?

Culpo-me por atos de intenso descontrole
Não acuse a psicanálise. Investigue meu desastre mental
Não serei condecorado por me “autoculpar” de um crime inexistente
Enquanto incontrolável estive em mente
Cometi um ato banal:
Desisti do meu eu por divergentes opiniões.

Estou apto a isso, pois sou o único que falaria a mim mesmo o que ninguém tem coragem.
Mas será certo deixar-me de lado por não concordar comigo?

Meu inconsciente causa um delírio insistente
Não me responsabilizo por pequenos descuidos
Nem pelo suicídio do meu eu ainda inquieto
Conseqüente da minha ausência da realidade.

Já me esqueci de mim alguma outra vez e não foi legal
É como se vivesse apenas metade do seu todo especial
Único em tudo, igual em nada
Converso comigo mesmo por seguirmos a mesma estrada.
Continuo assim desde que o fim não seja a esmo
Afinal, não é loucura conversar comigo mesmo
É questão de sanidade.
E a minha eu sei guardar,
Mas hoje sinto saudade dela, não sei por quê?

22 de julho de 2010

Menina melodia

Sempre que você me olha eu perco os sentidos.
Quando você sorri perco os tinos.
O seu andar tem a melodia que os meus sonhos cantam.
É só dizer que está sozinha que eu vou te salvar,
Só houve um dia em que nada mais importava:
O dia em que você se tornou a realidade que eu sonhava.

Minhas palavras cantadas só cantam quando o sol brilha
Minhas letras só têm sentido quando a lua aparece
Minha vida hoje é fazer poesia,
Agora eu sei que Deus atende as nossas preces.


 Meu coração se olhou no espelho
Para me mostrar porque eu mais nada vejo
Eu vi você me abraçando dizendo que daqui não vai sair
O mundo tornou-se seu a partir daí.

Minhas palavras cantadas só cantam quando o sol brilha
Minhas letras só têm sentido quando a lua aparece
Minha vida hoje é fazer poesia,
Agora eu sei que Deus atende as nossas preces.

Não adianta!

Já tentei mostrar para você que posso te entender.
Nunca houve outro coração que pulsa tão forte quanto o meu,
Quando se depara com o seu na solidão.
Enquanto seus olhos estão em outra direção.
Minha alma vai ao além para te buscar
Na perdição de um amor iludido.
Não adianta não ver se só você me faz enxergar.

Guardei meus maiores desejos
Revelei que o meu peito chora
Pode ser que não seja a hora
Mas eu tenho que te contar:
Não adianta esquecer se nasci para te amar.

Você chorou por quem não te quis
Enquanto quem te quer chora por você.
Nunca usei magia para ter o seu amor
Esperando que a magia fosse ter você.
Não adianta chorar se a magia pode acontecer.

Fugi de tudo, fugi do mundo
Busquei o final do arco-íris
Tentei plantar meu amor
Onde os frutos iriam brotar.
Não adianta fugir se nasci para te levar.
Não adianta!

19 de julho de 2010

Falar de amor

É engraçado falarmos em amar
Pois sempre tem alguém que prefere estar sobre
Por isso procuro um meio termo entre dois contraditórios:
Eu amo,
Mas não quero medir tamanhos de amores
Afinal,
São tantos que se eu for contar
Acabarei não amando.

NAVEGANDO

Tive um sonho:
Via-me dentro de um barco
Que insistia em afundar, cada vez mais e mais.
A solução para minha agonia não podia ser outra:
Abandonar tal barco.
Assim sendo, porém, atirar-me-ia em alto mar;
(isto era terrivelmente tolo á meus olhos).
Todas as noites, a mesma dúvida torturante percorria
meus sonhos:
Insistiria eu em permanecer no barco condenado
Ou me abandonaria ao acaso, tomada por uma coragem sem razão?
Poderia ser talvez um ato condecorado analisando a situação.
Contudo, estou só dentro do tal barco velejador
Que me leva por onde o vento for,
Sem direção, por um destino distinto.
Vejo terra a milhas e milhas além
Resta saber se a areia praiana é real
Ou é mais uma sensação artificial de estabilidade.
Não tem a ver com utopia ou realidade
Tem a ver com meus instintos, sensatos ou assassinos.
Num piscar de olhos e um desatino
Procuro uma borda para me apoiar;
Por fim me apóio em dois lados: viver ou me afogar.
Como sempre caio em vacilo nas escolhas
O suor escorre, o medo se encolhe e o corpo espera um último sentido
Enfim sinto que não devo abandonar a rota.
Continuo navegando até saber onde vou chegar,
Não é de minha índole desistir
Se for para morrer, morrerei por tentar.

Texto de: DE ANDRADE,Natália Aline; CUAGLIO,Luiz Aguinaldo Ponton
Ver também em: http://lunathicaandrade.blogspot.com/

Bebida e biografia

Eu sou o cara na frente do espelho.
Mas o que eu vejo?

Ironia, egocentrismo, presunção, autodestrutivo, solidão, preguiça, nojo, suicídio ao nada que se resume em tudo aquilo que sempre tive e nunca quis ter.

Não seja ignorante como eu e leve tudo à moda generalizada, assim como eu fiz com as críticas, elogios e afins.
Tudo se sucedeu em um profundo gole de álcool de alta qualidade e um sono profundo com direito a sonhar com algo que nunca mais poderei ter.
Resumindo, aos olhos alheios eu sou apenas um ser humano comum, cheio de defeitos, com algumas qualidades; e aos meus olhos alguém que sempre sonhou fazer o melhor para todo mundo, mas nem sempre conseguiu e acabou julgado não por suas intenções, mas por pequenos atos errôneos. [ Nada que fuja ao padrão ].

As portas

Na vida temos inúmeras portas para abrir, mas não posso tentar abrir todas as portas para ver qual é a certa para entrar, então, é melhor analisar e escolher uma. É muito melhor entrar em duas ou três portas na vida e aproveitar o que há dentro delas, do que abrir todas durante a vida e só ver de fora o que há lá dentro.

18 de julho de 2010

Fundamental

Olá amiga inconveniência!
Do que se trata sua ilustre presença?

“Vim falar sobre a tal da Educação.
Assimila-se com o sujeito Respeito
Que este e aquele dizem aqui e acolá,
Mas nunca se empenha em usá-lo.”

O meu espaço tem hora marcada
Seu relógio está adiantado
Começa como eu tenho estado
E termina com o julgamento da democracia falha.

“Todas as opiniões são bem recebidas
Cabe a nós encontrarmos as saídas
Abrir a porta certa.
Acorde! Homem das cavernas.”

E vens também dizer de incoerência?
O que acha do apogeu e da decadência?
Explica que eu não entendo muito bem
Por que todos estão gargalhando com desdém?

“Carece de sanidade esse mundo
O auge torna o chão mais duro
Eles riem por não saber a responsabilidade
Que carrega aquele que, hoje, se importa com alguém.

Private!

Pare o que está fazendo e olhe em sua volta
Dá para ver como todos estão?
Como eu me sinto quando tudo acontece?

Cansei de alertar e você não perceber
Violou meus direitos de me esconder
Invadiu minha propriedade privada
Fez eu ver que para o mundo não sou nada
Além do que eu tentei ser por você.

Se choro, é de felicidade
Vendo meu futuro decadente.
Se rio, é de pura falsidade
Fingindo que estou contente.
Se imploro ao céu, é agonia
Por ver como tudo acabou.
Se desisto, não foi não ter tentado
Afinal, você sabe o que eu sou.

E quando dobrar a esquina
Olhe para traz e saiba que ali termina
A oportunidade de eu viver.

E se os seus passos forem falsos
Lembre-se de que eu não existo em vão
Só não ouse voltar
Pois não tenho o mesmo coração
Aquele tolo que jurou te amar.

Se choro, é de felicidade
Vendo meu futuro decadente.
Se rio, é de pura falsidade
Fingindo que estou contente.
Se imploro ao céu, é agonia
Por ver como tudo acabou.
Se desisto, não foi não ter tentado
Afinal, você sabe o que eu sou.

17 de julho de 2010

Julgamentos infames

Sedento pela consumação
Entro em transe para encontrar outro caminho
Destruo o asfalto e piso em terra virgem
Sangrando até o fim por um propósito inútil.

Se sou fútil, egocêntrico e perspicaz
Tenho o dom de estar em todo e qualquer lugar
Não é porque eu tudo posso
Mas porque todos pensam em mim mesmo eu não estando lá.

E eu sigo caminhando com os pés descalços
E a cada passo dado me machuco ainda mais.
E fique aí com os seus julgamentos
Que eu procuro um outro fim.

Se sou humilde, corajoso e maléfico
Consigo as coisas sem dizer por qual fim
Não é porque tenho qualidades admiradas ou engano
Mas porque talvez seja só coisa da sua cabeça, e eu não seja assim.

E eu sigo caminhando com os pés descalços
E a cada passo dado me machuco ainda mais.
E fique aí com os seus julgamentos
Enquanto eu tento encontrar alguém que não me julgue
E me queira assim como sou
Um homem com consciência própria e que quer tudo, menos o seu amor.

16 de julho de 2010

Acontece que...

Nos meus versos todo melados procurando alguém para compartilhar dos meus anseios, acabei encontrando muita tristeza e solidão por debaixo das cobertas.
É ruim o fato de estar em meio a tanta positividade e sentir que o negativo o atrai. Tentei ir além dos meus sentimentos para dar valor a outro, mas como sempre, acabei sendo barrado pelo “ego de todos em comum” que busca sempre a si mesmo como ponto G.
Não há sonhos idênticos, nem destinos traçados desde o início. Há apenas delírios em comum por um suposto futuro feliz.
Houve um tempo em que acreditar em histórias era entrar na utopia da alegria. Hoje, apenas tentamos fugir dos nossos problemas com mentiras da mente.
Infelizmente já não é mais hora de supor, é hora de lutar.
Pouco me importa se você quer morrer ou viver.
Se o que importa sou eu, então vou lutar para amar e morrer se isso não acontecer.

15 de julho de 2010

De repente encontrei o que mais procurava

Foi apenas um olhar
Para eu perder o chão,
Meu teto desabar
E meu mundo voltar a existir.

Voei sem medo de cair,
Chorei sem medo de sentir,
Amei-a e fiz um novo sorriso se abrir.

Se eu algum dia
Achei que saberia o que é amor,
Desculpe,
Meus olhos ainda não conheciam os seus.

Só serei o que dizem que sou,
Só conquistarei o mundo,
Só será válida a minha vida terrena,
Se eu conquistar o seu amor.

13 de julho de 2010

Sorriso irônico

Sorrir,
Dar risada,
Mostrar a alegria
Em forma de gargalhada.

Se o mundo não passa de uma piada
Mesmo que seja sem graça
Não se aborreça
Por algo que não está nem aí pra você.

Sorria,
Você está sendo filmado,
Pelo poder da supremacia política,
Construtora de uma vida “democrática-analítica”,
Sem saber ao menos que podemos estar chorando.

Então faça como eu
Sorria mesmo que seja de mentira
Se para você a vida é só uma ironia,
Que terminará antes mesmo de começar a ficar boa.
Pense!
Ela pode estar apenas querendo ser contrariada.

12 de julho de 2010

Sumiço

Quando todos perceberem que eu não sou a mesma pessoa, não se preocupem, pode ser que nunca tenham me conhecido, ou sejam o real motivo da minha mudança.
Meu estado é tão deplorável que o lixo poderia não ser o meu lugar.
Nas reais situações, só um mendigo me entenderia.

Sobre os outros...

Quer saber, eu vou é ficar quieto, deixar o mundo como está, ver as pessoas e suas maldades, e mesmo me corroendo de vontade nada vou falar.
Não é desistência, é cansaço.
Tudo fugiu do meu controle, se é que eu já tive o controle de alguma coisa.
Enquanto assisto de camarote o fim de tudo, inclusive o meu, vou comendo minha pipoca (doce) e tomando meu refrigerante, não me preocupando com o que deve acontecer doravante.

Dia-a-dia

Parece que estou em meus próprios sonhos, ou pesadelos, devido ao fato de que todas as pessoas com quem sonhei estão ao meu lado; todos os sentimentos que levam o homem à lua em instantes eu sinto; todas as lágrimas derramadas pela sanidade do meu amar caem. E, ao mesmo tempo, tudo o que me tira o sono durante a noite, transforma-se em realidade conforme as horas passam.

Quando eu parar de sonhar e/ou ter pesadelos, talvez o mundo (o meu mundo) pare de existir.

9 de julho de 2010

Força do pensamento

Não penso nem por um instante em não ter você
Calar meus pensamentos e morrer sufocado
Saltar de um avião lá do céu
Só para tentar gritar para o mundo o tamanho do meu amor.

Abriu a porta como se não quisesse nada
Deixou minha vida de ponta cabeça
E antes que eu me esqueça
Hoje sem você não sou nada.

Mesmo que sejam apenas pensamentos
Mesmo que ainda não tenhamos nossos momentos
Desde que mexa com os meus sentimentos
Estarei contigo em todos os lugares possíveis
Mesmo sendo impossível te esquecer
Mesmo que a minha síntese seja amar você.

É tudo questão de tempo
Para o universo e nós dois
Um laço perfeito, um amor que te pega de jeito
O mundo e o resto, nós deixamos pra depois.

Revolução Constitucionalista de 1932

Aos bravos, a morte e a glória.
Aos fracos, a vida efêmera e o esquecimento.
Lutar pelos ideais é um gesto nobre, mas que não derramemos sangue dos inimigos, afinal, eles também lutam por um ideal.

Limitado!

Eu nunca fui bom em medir meus limites. Talvez por eu ter tantos caminhos, alguns longos, alguns curtos, mas todos limitados de alguma forma.

Se um tubarão, apesar dos seus instintos assassinos, é de origem não totalmente carnívora, então eu, um animal onívoro, tenho que seguir aos meus instintos e lutar pela minha sobrevivência... Mas mesmo que isso acarrete no “fim” (supostamente) da vida de outro alguém?
Apenas espero que não seja o fim de uma vida, mas o começo de outra.

7 de julho de 2010

Memórias hospitalizadas

Essa minha constante mudança permite que eu faça único todas as experiências da minha vida mesmo sendo elas sucintas a cair no eterno poço do esquecimento após a minha partida.
Não se assuste se ao dobrar a esquina encontrar um enorme congestionamento de corações desorientados, esperando o resgate vir para retirar os corpos de dois corações que se colidiram após beber de um amor dito insaciável.
Por conseguinte, estou na UTI da paixão, desacordado, cheio de dores por dentro, desacreditado e procurando um alento para meu coração voltar a viver.

6 de julho de 2010

Meu caminho

É um beco sem saída com dois caminhos para seguir
Ou respeito o tempo que o tempo dá ao meu tempo
Ou me jogo ao precipício da alegre tristeza ou vice versa.

São nessas horas que os nervos se afloram
O cérebro se encurrala e, sob pressão,
Faz com que o corpo todo se cale.

A adrenalina sobe e corpo estremece
Fica frio no chão que se aquece
E o desespero uniu-se com o medo.

Surge então a coragem destemida
E consequentemente o amor de uma vida
Pulo o muro do beco sem saída
E unindo a razão e a emoção
Sigo meu caminho rumo a um coração.

4 de julho de 2010

A partida

Se esconder quando todo mundo pode ver
Se perguntar sobre onde queria estar
Se surpreender quando não são apenas os olhos quem vê
Se emocionar por quem vale à pena
Se encantar sob o brilho da lua em noite serena.

Suponhamos que eu tenha de ir embora
Ficariam aqui apenas os pedaços de mim
O que você diria para eu agora?

Estou indo para um caminho sem fim
Onde os ventos são inconstantes
As ilusões alucinantes
Os devaneios delirantes
Meus pensamentos flutuarão
E sua imagem será cravada em meu desorientado coração.

1 de julho de 2010

Grito por um destino

Eu quero escrever sem me preocupar
Com rimas, métricas e o que os outros vão pensar
Escrevo, desde sempre, apenas como desabafo
Com palavras de revolta e amor
Tudo fluindo de dentro de mim, não é nada importado.

Eu tento gritar em apelo a um sentimento
Engasgo nos meus próprios versos
E embebedo-me de uma subjetividade própria.

Quem sabe se alguém escutar os meus apelos
E então venha me procurar
Nem que seja para curar suas carências ou seus medos
Nem que seja só por amar. Ou tentar amar.

Eu falo em alto e bom som
Que sei que tenho um lugar ao sol
Com direito a acompanhante
Confesso ser um pouco distante
Mas se vier comigo, não te arrependerás
E comigo, por toda vida, feliz serás.
Você vem?

Ilusão e ...

Enquanto o sangue percorre minhas veias em alta velocidade,
Eu corro, corro, corro, sem nem saber ao menos para onde ir.
E a intensidade do corpo em movimento
Traz um alento para atingir talvez o que hoje é inalcançável,
Pois este o é, por cometer erros demasiadamente corruptos à minha decência.

Cai em decadência.
Culpa da insanidade benevolente,
De quando meu coração estava ausente
Apoderou-se de um domínio racionalista.
Nada de crítica da razão pura ou ideologia marxista,
Apenas sucinto a uma não clemência,
Cobaia de uma artificial experiência.

Desorientado em busca d’alguma rara verdade,
Abro a janela e penso em voar, ou sumir.
E conforme meus pensamentos ecoam pela imensidão do sofrimento
Culpa dos meus erros, por meras, imperdoáveis,
Termino em devaneios inconscientes e reticências.