27 de abril de 2010

Preciosidade ausente



Sinta a leveza no ar

O vento tocando os cabelos e eles voando

Lança o perfume que cativa

Os instintos se animam

Queima e deixa viva.



Enfatiza que tem mais

Dos males o menor

Cava a terra roxa

Semeando devaneios

Utópico conhecer memorável

Lúcido conhecer detestável

Dos medos humanos

Dos desejos insanos

Que enfeita e abrilhanta.

Ânimo aos guerreiros selvagens

Escondidos, armando emboscada

E cava a terra pra surpreender.



Surpreende-se por avistar

Verde na esperança de reviver

Azul como o céu que lhe é dado

Negra vestida para lhe reconhecer

Vermelho pelo amor um dia conquistado.



E como a esmeralda no jardim

Como a turquesa vinda da cachoeira

As pérolas que veste

Instiga à safira um sonho meu

Talvez por saber que é amor.



Enquanto cavava a terra em busca de algo mais

Dava-lhe as mais belas flores

Minhas orquídeas cuidadas

Tais ornamentadas rosas

Enganei-me por não ver

Que vale muito mais o meu amor

Pela sua imagem interior suntuosa

A encantadora mescla valiosa

De raras pedras preciosas.

25 de abril de 2010

A procura



Eu já percorri os mais incríveis lugares

Acordei nas mais lindas noites

Me alimentei dos sonhos impossíveis ao homem

Vi lágrimas caírem enquanto alguém sofria

E quando dei por mim

Vi que me olhava no espelho.



Talvez por encontrar tão mais belos mundos

Gastando sorrisos em momentos normais

Tenha me deixado levar pelo intransponível

Quem sabe sentir o insensível

E não entender o ininteligível que me fez deitar na grama

Colher as flores para alguém que não sei quem

Um amor que não encontrei.



Acho que o vi em algum lugar escondido

Por meras não tê-lo reconhecido

Foi um erro que me levou ao lugar d’onde estou

Em frente ao espelho, sentindo medo

Sem segredos pra contar, alguém para amar.



E ali entendi que não devo parar a busca

Precisar de ajuda

E seguir à procura de um álibi

Buscar incessantemente, o quanto mais, melhor

Para que quando eu a encontrar

Ganhe a omitida magia

E tudo possa ser mais intenso que deveria ser.

Devaneios de um lunático




Olho no relógio e o tempo não passa

Você e suas caras fazem o tempo parar

Sem você o mundo é sem graça

E só há sorrisos quando te lembrar.



Quando a sua tristeza domina

Minhas piadas é o que anima.

Quando a alegria toma conta

São meus sorrisos que trazem à tona

Um universo encantado

Uma utopia de devaneios

Um céu estrelado

Um amor sem receios.



E se um dia alguém puder calar esse amor

Se conseguirem implantar pudor

Farei com que as montanhas se movam

Chuvas caiam e o sol apareça

Só para lembrar e garantir que não se esqueça

Que em qualquer escuro a sua luz

Que reflete em meus anseios

Destrói meus medos

E me faz querer viver.



E nas noites de frio insistente

Nos dias de calor latente

Paro por um instante

Encaro seu semblante

Me sinto menino inexperiente

Faço loucuras inconsequentes

Sinto um fogo ardente

Que queima o coração da gente

E me deixa ser um doente

Feito pra você cuidar

Um coração machucado te querendo para amar

Em uma simples frase de querer

Quero só você.

23 de abril de 2010

Eu encontrei



Em algum lugar que não sei qual

Existe um alguém que não sei quem

Há uma felicidade, não sei onde

Há um destino, mas não sei em qual horizonte.



Ela é a pessoa perfeita

Voz suave e corpo de sereia

Suas atitudes mostram uma vastidão

Suas ideias não têm dimensão.



E mesmo quando ela se propõe a errar

Sua humildade que lhe convém

Ser o igual que falta a alguém

Impossível não se apaixonar.



Vou vê-la em instantes

Logo ali virando a esquina

Reflete à lua os olhos de menina

Iluminando seus semblantes

Encontrei o que não encontrara antes

Só não sei quando, nem onde.

22 de abril de 2010

Déjà vu acanhado



Estou voltando ao passado

Ouvindo músicas que me relembram

Sinto como se depois não tivesse vivido

O domador foi domado

O exército conquistado

Alucinação sem sentido.



Nada estou insinuando

Tudo pode ter mudado

Não estou mais voando

Ando descalço

E num encalço da ironia

Não sobrou o cheiro do que sentia

Enquanto o tempo passou

Houve o meu regresso

Tudo continuou, tudo mudou

Foi-se o tempo em que eu dizia

Palavras de amor, chorava de dor

Por um querer sem sucesso

Por pais contentes

Por um país vivendo honestamente

Com medo do incesto.



Nada girou como eu pensava

O agora de tempos atrás veio à tona

Me cobriu de elogios

Me encheu de arrepios

Fui jogado na lama

Pela humildade que me restava.



“Não se sinta como um nada.

Tudo não passou de uma ilusão.

O tempo não regressou.

Você não vive de amor.”



E num surto de agonia

De nada valia enlouquecer

A noite fria me levava a você

Como a escrever uma poesia

Sem sentido, fazendo sentido

Sem haver mesmo tendo havido

Um dia atrás que nos remete ao futuro

Bate palma, pula muro do vizinho

Trata bem, carinho de leão

Dentro de um coração, gente e povo

E tudo começa de novo diferente

Outra vez comumente, um dia novo.

Artista do circo atual


Usa traje de mulher inculta

Se calça de desagrado

Julga o político culpado

E do bem não se desfruta.



O poder está em suas mãos

Vestir a carapuça ou viver a solidão.

“Lá vem o homem com a mala

Cheia de ideias novas, tentadoras

E você as veste e se despede

De uma opinião própria.”

Sua cabeça vazia

Não sabia o que via

Por meras não sentia

Tentava a glória

Virou história

Caiu na sarjeta e mendiga com fedor.



Pulseiras de ouro

Colar de diamante

Se compra, se vende

Vai à festa e se arrepende

É um mundo além do seu

Um reino distante

O rei está exilado

A rainha descontente

O clero desnorteado

É tudo culpa de um culpado

É tudo culpa dum safado

Dois ou três ordinários

Que te compraram com salários

Te usaram com ideias alheias

Você sem a sua opinião

Esteve sem armas na mão

Marionete da sociedade

Sem internet pra pesquisar

Não soube lhe dar com os problemas

E agora resta mendigar

É tudo culpa de um culpado

É tudo culpa de um safado

Que ousou te manipular.

21 de abril de 2010

Passou e de nada adiantou


Gostei de ter entendido que não entendo nada

Um amor de pessoa quem ousou falar de mim

Talvez eu queira que seja assim

Ser verdade alguma vez, uma mentira insensata.



Não se corte para morrer

Se esfaqueie para deixar de viver

E ver esse mundo infantil

Pessoas infantis; homens sábios por demais

Tão sábios que fazem errado, como eu fiz.



Olhe o relógio e veja que está errada

Tudo muda e nada é como só você quer

Nós somos o tempo e o tempo passa

Se passa muda, se muda vai à frente e não se atrasa

E alcança o ímpeto da mulher.



Arruma a franja, passa a maquiagem

Não sabe o momento da frenagem

Come a maçã e leva ao inferno terrestre contemporâneo

Subjuga ao ignorante que doravante há de recear

Por um dia querer amar e se machucar n’outro

E se perder em confusão.



Repentinamente cai em si

Tardia noite que era dia

Não soube o dom que possuía

E perdeu a oportunidade de calar-se perante o juiz.



Julgou, bateu o martelo e sentenciou

O fogo há de possuí-la

Entristece-me que tenha de ser assim

Não tenho dó de ti, mas de mim

Por ser inutilmente insuficiente

Desesperado por querer ajudar

Não conseguir e vê-la morrer

Por não saber crescer, saber viver, morrer

Crescer em mente

Viver de amor

Morrer contente.

Acordar um sono



Como o vento nós mudamos de direção

Os caminhos não são os mesmos

Os desafios são diferentes

Mais cabeças, novas mentes.



E se cair em contradição

Mais uma vez e eu não estiver aqui

Não haja com deméritos

O homem pensa a filosofia que lhe convém

Se for viável pensar, vai e não volta para finalizar.



Ouça o canto dos pássaros

Um rugido que vem de longe

Bate asas num mundo distante

Onde as ideias nas são as mesmas.



Não me livra das distrações

Mesmo que as traições me causem mal

Acusa-me de injúrias de amor

Por eu te tratar como quem

Não sabe se vestir sem ter alguém.



Soa o gongo da imortalidade

Dos sentidos da metáfora que torna à vida

Vence o mais forte e impetuoso

Enquanto torna-se fraco o honesto sentir

Não porque é impróprio lutar

Mas porque não entende o fluir

Da magia de um despertar de cada dia.

20 de abril de 2010

Dias antes, dias depois


Ei! Não me venha com conversas fiadas

Esconde as tuas armas e abaixe os escudos

Não me ataque. Não se defenda de mim

Sabe que não é assim que tudo funciona

E quando a realidade vier à tona

Não se espante,

Sente-se e não se levante

E veja que o amor hoje é irrelevante.



Já foi o dia em que reis mandavam

As rainhas tinham o ar soberbo da realeza

Hoje o dia é livre e cheio de arbítrios contrários

Não se prenda à vontade alheia.



Já não bastam todas essas guerras

As bombas nucleares jogadas por todos os lugares

A erupção dos desejos de alguém não infligem leis

"Voltem pra casa até antes das seis"

Evite andar desnudo evitando olhares indesejáveis

Mas viva sem a vergonha de se mostrar.



Já foi o dia em que o homem doma

A mulher não se porta como donzela

Tudo nos regride a um velho tempo, novo hoje em dia

Um acaso de nossas vidas

Dois amantes em Veneza.

Alucinação inquieta

Não me venha com presentinhos

Não quero saber do que é seu

Nem de seus beijos e carinhos

Sei cuidar do que é meu.



Não é uma mulher cheia de defeitos que vai me conquistar

Suas qualidades me fazem querer vomitar

Talvez essa minha insensatez a espante

Mas o espanto é passageiro e você me conhece

Sabe o que eu sou e sabe o que acontece

Quando alguém diz que te ama só por desejo

Eu sei cuidar de mim e dos meus anseios

E não vou sofrer por quem não valeu à pena.



Eu gostei do que me disse

Mas não das suas atitudes.

Talvez não me entenda agora

Há pouco tive um sonho

E nele você não estava, mas eu te amava.



Os anos se passaram e não entendia

As pessoas acordadas enquanto eu dormia

Quando diziam eu nada via

Quando me olhavam pelo o que eu dizia

Talvez eles fizessem enquanto eu parava

Ou então paravam enquanto eu fazia

Mas não me importa, vejo você na minha vida vazia.



Engole à seco suas palavras molhadas com fogo

Enquanto penso em você entro em desespero

Infinito sufoco, pedindo socorro

Por saber que você nem ao menos existia

Sofri no amor amigo

Foi muito diferente no começo,

Estávamos unidos para o bem dos nossos amigos,

Mas dessa união nasceu uma amizade

E da amizade, um amor.

Mas eu não conseguia me declarar,

Você não se abria pra mim,

Mas via o meu sentimento se aflorar.



Foram sete meses de agonia

Eu pensava, ensaiava,

Mas nada dava certo

Estava cheio de esperança

Em uma caixa de saudades vazia.



Ate que então tomei coragem

E pra você me declarei

Chamei-te para fugir comigo

O lugar pouco importava

E você disse que me amava,

Mas amava como melhor amigo.

Incógnita

Tardes em subordinada sensação

De tudo que poderia fazer

O que fiz foi apenas me lembrar de você

Tudo salientar o que passou

Nada mais do que noites e afins.



Segredar é deixar prevalecer

N’onde poderia parar sem confidências?

Mundo negro, vermelho de revoltas

Caras pintadas e reticências.



Sem portas abertas resta-me dar as costas

No tilintar das taças sou capaz

Será que ouvir faíscas é normal?

Enquanto o segredo se mantém seguro

Resta entre nós

Como os alemães destruirmos o muro.



Gargantilhas enforcam e enfeitam

Como um laço lasso

Pobre sentimento dissoluto

Da escuridão vieram as cores

Meu mundo do avesso

Por coisas ímpias o apreço.



Sinto dizer,

Mas chorar fez-me sofrer

Resta nada mais que esquecer

Mudar as coisas de lugar

Curar essa zaragata

Essa é a vida

Mantém-se inata.

Sentido da vida

Visto que a perfeição jamais será alcançada pelo homem e que por mais que possamos lutar pela felicidade plena é quase impossível conquistar.

Agora você se pergunta, por que eu estou dizendo essas coisas?

Digo isso, pois fui uma pessoa que acreditava no bem das pessoas, sou uma pessoa que tento entender o sentido de elas serem tão incoerentes e seres pensadores que não pensam, e serei um mero poeta em busca do sentido da vida tentando mostrar para cada pessoa que o mundo não deve ser como é e/ou está e que todos sem exceção temos de rever nossos conceitos para tentarmos um dia pensar em tentar alcançar a felicidade plena.

A vida meus queridos não é apenas deixar com que as horas passem e sim aprender com cada momento, com cada sorriso, com cada lagrima, conquistas e desafios.

O sentido da vida é aprendermos que tudo o que passamos foi fruto de influencias, fruto da aurora do coração machucado pelas doenças malignas que as trevas nos causaram, fruto de uma independência em prisão perpétua.

Para entendermos temos de vivê-la e no final de tudo parar para ver todos os olhares que a ti foram dirigidos, explicados e mostrados os seus sentidos, os sorrisos que a ti foram dados mostrando que os momentos de tristeza são feitos para iluminar cada vez mais o valor deles e que é neles que se guardam fortalezas para a vitória da eternidade, os abraços dados para acolher a alma dominada pela escuridão de seus pesares, os beijos sinceros dando conforto ao desamparo e aconchego a quem amou e por motivos irreverentes o coração cessou essa loucura de amor, e também as lágrimas que caíram das faces agoniadas cansadas de ver a vida tomar tal rumo fazendo da tristeza a felicidade, do descaso a saudade, da dor a vontade, do pesadelo o sonho de viver uma eternidade, das trevas a luz, da mentira verdade, do oculto o concreto, do desamor o afeto, da perda a esperança, das luzes apagadas a dança levando a todos a leveza de que foi preciso para reconhecer tudo o que se passou e fazer do mal o verdadeiro amor, pois se na verdade somos amigos, na mentira somos irmãos, fazendo de tudo o que se passou apenas momentos, longínquos, desesperadores, mas momentos, que fizeram-te abrir os olhos e ver que o verdadeiro significa da vida é que na certeza do que é o amor apenas a sua incerteza é certa, assim como a certeza de que a vida é incerta, porém jamais isenta da idéia de que a incerteza da vida é de que não aproveitamos a vida e sim passamos despercebidos pelos momentos não menos importantes para que na eternidade possamos sentir o que na vida não teve sentido, a saudade.

O Final

Após tantas palavras escritas em pedaços de papel o poeta vê a dor bater forte no peito, o coração se exaltar, a mente enfraquecer e os olhos umedecerem então na porta de mármore branco vejo as pessoas que me rodearam durante toda minha estadia nessa vida chorando triste pela minha ida, mas ao fundo, aconchegados pelo manto de suas lágrimas e acomodados pelos sorrisos em suas faces está à felicidade dos que me ajudaram, pois como sempre estiveram ao meu lado sabem da luta para conquistar a missão concebida a mim por Deus e sabem que é vendo-os felizes por saber que a minha ida será o bem, o inicio de uma nova vida, o meio de um todo e o final de uma vida coberta pelos mais obscuros sofrimentos derrotados pela luz de um coração puro.

Mas há algo estranho, eu aqui pronto para partir e sinto-me confortável deitado em um colchão de penas brancas, com a cabeça acomodada em uma almofada dourada, sendo que jamais vi uma despedida tão triste em meio de coisas tão belas das quais só estou desfrutando durante os últimos momentos donde estou.

De repente, uma luz intensa brilha sobre meu rosto, tão forte que os meus olhos foram se fechando aos poucos e como num piscar de olhos tudo escureceu, senti um arrepio e mãos me tocaram tão suave e divinamente e em partida vi de longe as palavras escritas na porta de mármore branco: "Nas vozes entrelaçadas no silêncio, vê-se que por mais que tenhamos dito palavras tocantes, apenas os olhares e sentimentos foram guardados."

O Poeta

Desde que me dou por gente, vejo coisas que poderia fazer com que eu tomasse certas atitudes que por ventura seriam prejudiciais a mim, mas a vida fez com que eu passasse por isso e em vez de seguir eu aprendesse com tais malefícios. Hoje no auge de minha consciência vejo as superficialidades que envolvem todo o ser humano e sinto-me na oportunidade de abrir os olhos das pessoas. O amor hoje tem marca e preço, não é mais sentimento. O amor hoje tem apenas beleza exterior, não é mais o fervor do coração. E tudo isso se ainda é que existe amor. Em minha opinião acho que há amor, que há pessoas que dão o devido valor a essa esplendida beleza que a vida nos fornece, mais esse amor é raro, onde apenas os bem-aventurados são capazes de tê-lo e senti-lo, pois de nada adianta dizer que acredita no amor e não realmente sentir toda essa magia que nos contorna.

Em desabafo englobando todos os poetas digo que é tola a idéia de que poeta só escreve porque tiveram amores frustrados ou não correspondidos,realmente temos uma inspiração, mas poetas escrevem o que sentem, poetas escrevem para passar para as pessoas o dom que possuem para descrever tudo o que os rodeia. Estou farto de dizer que poetas não têm pegada, não tem futuro, pois poeta tem mais do que qualquer um, poeta tem dons, amores e é maduro. Para finalizar gostaria de dizer que mais do que pessoas somos poetas, mais do que poetas somos amantes, e mais do que amantes, somos a minoria dominante.

Desabafo

Se os ventos soubessem que a chuva muda por sua causa, eles soprariam para onde você se encontra, pois os ventos me pertencem e eu pertenço a ti, onde todo sentimento que flui constante entra em colapso com as águas que rolam, sendo preciso para as águas rolarem o sentimento ser inconstante assim como os ventos.

Mas em profunda solidão vejo horizontes, mas horizontes distantes onde não a vejo, não a sinto, mas a desejo. O desejo de um calor onde os ventos batem frio, intenso de tal forma que mesmo vendo horizontes distantes serei capaz de buscá-lo, capaz de senti-lo e ver nele a esperança renascer em forma de luz, que tão triste se escondeu entre montanhas e vales esperando seu salvador buscá-la deixando-a sentir-se ofuscante, capaz de deixar o coração ardente e os olhos lacrimejantes.

A floresta está em constante transformação, onde o homem de lá saiu e tudo virou confusão, a flor deixou de ser flor, o manto da terra deixou de ser abrigo, o cantar dos pássaros deixou de ser sedução e o fogo deixou de existir fazendo de tudo solidão.

Se pedra traduz o que sou, seria incoerente dizer que um dia aqui se acolheu o pensamento de quem um dia amou. As pedras são duras, sem sentimentos e atrapalha o caminhar. Mas ninguém parou para pensar que é com as pedras que se constroem fortalezas, que são elas quem barra as águas ímpias de um rio em desordenada função, prestes a derrubar cidades, e são as pedras que servem de suporte para que os balões não voem enquanto nos distraímos com futilidades e os esquecemos em ventos fortes inquietos.

No sedentarismo dos corações vemos a infelicidade das paixões se entregando às tentações da vida, tentações carnais, esquecendo que só vivemos de sentidos e sentimentos, e que o futuro dos corações está cada vez mais caindo em trevas e ilusões onde apenas os que procuram um amor sincero e verdadeiro procurando enxergar alem de meros cabelos negros e olhos verdes, e buscando a felicidade a todo custo, mesmo estando ela em um poço sem fundo onde seu final é a morte.

Lembremos que a morte é o fim de algo que começou e o começo de algo que terminará, então se o poço onde fores procurar felicidade terminar em morte, não se surpreenda, mergulhe de cabeça, faça loucuras e quando o fim deste chegar verás que não foi nada menos do que algo ruim que morreu por ter começado e algo bom ter começado para que em um viveram para sempre possa terminar.

No arrependimento do vilão quando soube que o filme iria terminar vi que o lobo mal só foi mal porque de um amor nunca se apossou. Pode acreditar, se ele tivesse vivido o amor, experimentando o sabor do beijo doce queimando seus lábios, ele teria se arrependido e procurado correr atrás de corrigir os erros de seu passado e procurar o amor que achou estar perdido em prantos enquanto solidificava o ódio de um alguém que o fez sofrer, arrasou o pobre músculo em artérias onde correm em impressionante velocidade as gotas de sangue, as mesma estas que um dia saíram das feridas de quem foi machucado pela espada de palavras afiadas sem nexo nem consciência e que hoje imploram para derramar-se por esse amor que a fez sofrer mais foi o único que a fez voltar a realidade, que a fez voltar a viver.

O que é amor?

Sabia você que o amor é incerto?

Nada se sabe sobre ele a não ser a própria incerteza do que é.

O amor é uma fonte de alternância entre o que é e o que não é.

Amor é sentir o que não se sente,

É dizer coisas sem sentido

Mesmo que o sentido delas esteja claro.

É viver intensamente o que só se vive sem intensidade.

É saber que ama

Mesmo sem saber o que é o amor.

Amor é o que penso,

Mas nunca chegando a um consenso.

Amor é o saber,

O sentir,

O que é e o que não é,

É o sentido e a intensidade

De tudo sobre o nada.

Meu amor por você não se explica,

Ele apenas existe.

Mulher dos sonhos



O sol está tateando meus olhos lá de fora

Ao mesmo tempo em que abrilhanta e dá cores

A uma estrela que vem surgindo no horizonte

Esta ainda longe sem formas

E quando perto está chegando suas curvas belas e delicadas vão se modelando.



Ela tem os cabelos de lindos fios castanhos dourado

Um olhar que com o brilho da lua encanta, com o sol incendeia

Seu sorriso abre espaço para minha perdição, alegria

Suas maçãs fazem com que a vontade de degustar com pequenas mordidas

Se torne uma obsessão por seus demais

O andar que me faz parar para apreciar o que a natureza tem de melhor

Suas curvas me fazem perder os sentidos

E as suas palavras fazem-me entender

O porquê de merecer tudo isso

O porquê de todos os perigos e dos arrepios.



E quando tudo vai escurecendo e sumindo

O sonho se vai, a realidade vem à tona

Olho para o lado e vejo você ali, todinha pra mim

Pego em suas mãos e começo a me declarar

Você é o sonho que sempre tive medo de sonhar, mas sempre quis ter para entender o que é amar.

Perguntas e respostas sem fim

As questões da vida estão dentro de nós

Em cada palavra doce com que fazemos

A confeitaria dos nossos dias nos traz os sonhos

E por que tanta maldade?



Já pensou menina em como cuidar do que mais se preza?

Presta-se a iludir-me com suas frases românticas

Seus atos de amor incondicional

Sua vontade de beber da fonte eterna dos meus beijos

Mas não compreende que não sou um algum qualquer.



Conduz-me a um lugar distante

Faz de mim um prisioneiro das suas maleficências

Cuida de mim como a um ursinho seu.



Não me maltrate como aos homens ímpios

Acaricie minhas pelúcias

Trata-me como a um vestido

Lindo e belo servindo apenas para enfeitá-la

Usa e joga fora.



Enquanto continuo a escrever para ti

Tentando responder às questões do meu coração

Como posso ter esse amor maltratado se ele nem ao menos existe?

Talvez me entregue à resposta que penso ao menos

As respostas estão no que somos e nos erros e acertos que cometemos.



Se assim escolher então parto para longe

Talvez lá eu encontre alguém como você

Mas totalmente diferente do que é

E quem sabe assim eu não possa

Entender que o amor não é ciência exata

E que sei que amo alguém

Só ainda não descobri quem.

19 de abril de 2010

Cartas à mesa (o Brasil é nosso!)

As cartas me consolam

Jogadas à mesa

Passando o tempo como passatempo

Passa o tempo e o tempo não passa.



Não passa porque não tenho tempo

Tempo é um tempo sem tempo

Pelo menos o meu tempo é assim.



Assim como o tempo de Deus ainda é tempo

O meu tempo é sim tempo, sem tempo

Mas tempo de decisões indecisas

Mal formuladas suas respostas

Por não formulá-las ficaram estatizadas

Num governo ingovernável

Sem traços marcados por trajetos traçados

Suas linhas envergadas rumo a nenhum lugar

Com destino a lugar nenhum.



Transtorno e caos aéreo

Os trens estão prestes a colidirem

E os navios transitam livres

Onde nem a liberdade é solta

Estão todos entre cães

Que cometem assassínios

Assassinatos acobertados pelas leis

Não importa se somos héteros, mulheres calçando 52 ou gays

O que importa é que é jogo de vida ou morte

Eu peço seis, tu nove e todos doze

Talvez perderíamos porque eles têm o zap

Mas nós possuímos o baralho

Ganhamos um Brasil que foi dado à vista pelos índios

Pagamos à prazo o retorno

Reivindicamos o que por direito é liberto

O homem de preto é esperto

Mas nós somos donos de quem é dono de nós.

Save me!

Ando em disparada por onde não sei

Corto lugares escuros e pontes à meio

Não grito de receio

De alguém ouvir e decidir me salvar.



Tomei dipirona pra curar minha febre

Do peso nas costas de um amor enganado

Todavia estou humilhado, deitado por aí

Camisa rasgada, shorts cortados e pés descalços

Embaraçado nos fios de vida que me restam.



E tudo começa a escurecer

Sinto o chão sumir

A cabeça começando a inflar

O peito bombardeado inconscientemente

Veias e artérias entupidas de mentiras

Vergonha do meu propósito

De fazer alguém feliz.



Não uso das drogas para fugir para lugar algum

Não bebo para me manter onde estou

Seja qual for o meu destino, continuo seguindo-o

Trilhando meu caminho

Hoje vendo meus leais amigos um pouco atrasados

Choro por nada, um dia tudo

Mudo de carência flagelada

Vida amaldiçoada

Hoje estou sozinho, mas eles e Ele não me abandonaram

Só ficaram um pouco pra traz e até então não me encontraram

Nem eu os encontrei.



Um remédio tarja preta tomado sem algum conhecimento

Me faria bem em algum

Dos momentos felizes me disponho a reencontrar

Eu quero amar, não amor carnal entre homem e mulher

Quero um amor sincero de amigo, tanto que sou.



Se alguém encontrar

Chamem-me e me entreguem

Só não demore

Por lágrimas me escorrem, desta terrível solidão.

Salvem-me!!!

Be somedody (homenagem e auto-desinência)

Moça encantadora de amores

Que leva consigo as mágoas do passado

Consequente ironia do presente inerte.

Cria um mundo ilusório de amores que nunca tem

Joga-os fora como se não sofresse

Talvez porque ao criá-los mais doesse.



Gosto de dar conselhos

Porque vivo numa sala fechada, entre espelhos

Tudo o que faço, falo, ouço, eu crio também

Aprendi a não me tratar com desdém

E trato meus amores, criados ou verdadeiros

Como se fossem partes de mim que me fazem inteiro.



Aconselho-te a entregar-se à magia das descobertas

Resgate seus amores tanto vividos quanto criados

Traga-os para si e faça deles a sua parte zumbi

Que morreu, mas que por ser seu ainda está aqui (em você).



Talvez eu a entenda por ser

Garanto que sou tanto quanto você.

Sabe quando você vê um mundo que te ilude?

Então se lembre de que não está sozinha

E eu também grito: “I'm alone, but want to be someone!”

Por isso

Não consigo mais escrever palavras bonitas

Deixei minhas saudades explícitas

Em mim sobrou o que é resto de outras

Às vezes entendo o que tenho

Sou pobre e não sei dirigir

Nada que me impeça de sair

Quebrar tudo, se arrepender e sorrir.



Encaro sozinho a minha estrada

Fico sério e faço piadas, piadas engraçadas

Sobre a sociedade jogada nas calçadas

Mendigando inatas.



Não consigo dizer palavras bonitas

Estou rouco e sem cordas vocais

Por tentar gritar por um mundo de iguais

Viver de coisas banais, coisas dos comerciais

Que nos entretém, controlam e mentem

Enquanto vivemos disso eles riem.



Encaro sozinho a minha estrada

Fico sério e faço piadas, piadas engraçadas

Sobre a sociedade jogada nas calçadas

Mendigando inatas.



De tanto não conseguir exercer minha função

Marionete da politicagem

Apelo pelo que sou, pela personalidade

Crio coragem e vou à luta pela causa

Ainda há o que lutar, pelo o que vencer

Por mim, pelo mundo e por você.

Massa desunida, problema hoje sem saída

Um futuro surrealista e uma vida a ser vista

De longe por quem esteve junto de nós

Perdi o papel e a caneta e a voz

Quem esteve do meu lado já desistiu

O homem livre caiu, a lei nos deixa em uma jaula de bichos

Estou aqui por isso e por isso



Encaro sozinho a minha estrada

Fico sério e faço piadas, piadas engraçadas

Sobre a sociedade jogada nas calçadas

Mendigando inatas.

17 de abril de 2010

Não podemos

Você pode...

Ter um sorriso que me cega

Pensamentos que me possuem

Uma boca que me nega

Um abraço nos une

E um beijo que te entrega.



Eu posso...

Detestar tuas manias

Desatar em lágrimas por suas chagas

Pensar em ti com alegria

Viajar pelo universo nas horas vagas

Não querer te ter por perto

Mas de longe não vivo.



Se pudéssemos unir cada laço familiar

Talvez pudéssemos nos amar

Mas quem ama se dispõe a sofrer

Quem sofre se põe a chorar

Por chorar me entrego a você

Mesmo que meu coração não consiga

Jaz aqui um corpo que te desejou

Uma vida que se propôs a morrer por você

E um amor que se eternizou.

As Brumas de Avalon

O filme é contado por Morgana, filha de Igraine e Gorlois. Sua mãe, uma das três irmãs adoradoras de Avalon (deusa da terra e daquilo que aqui habitam, intermediadora entre o bem e o mal), é avisada por sua irmã Viviane(Grã-Sacerdotisa de Avalon) e por Merlin de que ela pariria o filho que salvaria Camelot do caos, mas que este filho não seria com seu até então marido (que morreria em breve) e sim com o rei “possuidor da marca do dragão”. Esta então se nega a seguir a isso, contudo, tendo visões é avisada por sua irmã de que Uther (o seu futuro marido e pai do premeditado salvador de Camelot) teria de ser acordado, pois seu marido Gorlois armara uma emboscada para matá-lo. Ela então o avisa. Ele acorda e se prepara para contra-atacar e em um duelo mata Gorlois. Com seu marido morto, casa-se com Uther e tem o filho chamado Artur. Um pouco crescidos, Artur e Morgana, são separados para que trilhassem os seus destinos (Artur vai treinar para ser rei e manter a paz em Camelot e Morgana será treinada para suceder Viviane como sacerdotisa de Avalon). Já preparados para seguirem os seus caminhos, Artur volta e torna-se rei após a morte de seu pai em uma batalha contra os saxões que desde o início tentam dominar o Estado (nesta Artur tem a força para levantar a Escalibur e detém o poder da mesma), e Morgana volta para a cerimônia de aceitação do novo rei. Lá descobre que está grávida e que seu filho é também de seu irmão, no qual, sem saberem, tiveram uma noite de amor no dia da fertilidade, e também descobre o fato de que seu irmão se casaria com Guinevere, uma moça cristã, de família real, que por ventura encantara-se certa vez por Lancelot, primo de seu futuro marido. Morgause irmã de Viviane amaldiçoa Guinevere e faz com que esta não possa procriar, ou seja, não daria a Artur um sucessor. Mal sabia Morgause que Morgana havia conseguido o que ela abominava, visando ter seu filho como futuro rei.


Ao descobrir o segredo de Morgana, Morgause, após tentar matá-lo, tem a ideia de criar o filho desta e formar nele uma astúcia soberba que só esta teria.

Morgana casa-se com o rei de Gales e vai para o norte, enquanto seu irmão luta para manter a paz em seu reinado onde os saxões há muito não atacam.

Artur luta também com sua esposa para tentarem fazer um sucessor e bêbado pede para que ela tenha relações na noite da fertilidade com Lancelot, mas de nada adiantou.

Em uma terra onde vive o cristianismo crescente na época e o paganismo místico, Artur enfraquece-se.

Já crescido o filho de Artur e Morgana, Mordred, volta para perto de seu pai, avisando-o de uma invasão dos saxões em vários navios construídos durante o tempo de trégua.

Guinevere foge com Lancelot para Glastonbury terra onde se situa “escondida” Avalon, mas vai para um convento cristão.

Lá avisa Morgana que após a morte de seu marido, rei de Gales, e perdendo seu poder para entrar em Avalon, se abrigava.

Esta volta, encontra os saxões na costa prontos para atacar e também Viviane. Elas retornam a Camelot e encontram tudo diferente e descobrem que Morgause e Mordred estavam transformando a cidade. Viviane mata sua irmã. Mordred mata Viviane e foge. Morgana vai até Artur e o faz ir à luta cumprir o seu destino.

Na luta contra os saxões e com Lancelot, seu fiel amigo, descobre que seu filho o traíra.

Os dois lutam e Artur matava Mordred que também o atinge.

Os irmãos tentam voltar para Avalon, mas não são aceitos, visto que esta sumira junto com sua Grã-Sacerdotisa.

Avalon já não existe mais, o cristianismo cresceu, os saxões tomaram conta de Camelot e Morgana vê que Avalon não morreu, apenas trocou de nome e se indaga de que um dia ela volte a ter sua real identidade.



OPNIÃO PESSOAL:

É um filme interessantíssimo, com uma história que prende a atenção por suas batalhas, seus temas medievais religiosos e místicos e com uma ordem cronológica das cenas em perfeita sintonia. Para quem gosta desse tipo de filme eu recomendo.

Amigos...

Quando ouvimos o som dos anjos, suave e doce, nos pedindo para sermos atenciosos e olharmos para todos os lados, assim temos de fazer, porque somente pelo fato de anjos nos falarem já é motivo de entusiasmo e alegria.


Os males de um caminho imprudente nos fazem tropeçar nas pequenas e grandes pedras, cair, ralar todo o corpo e pensarmos em desistir. Mas é para isso que temos anjos que nos aconselham, nos abrem os olhos e fazem-nos acreditar que há um motivo para levantar e seguir; que com algumas velas iluminam tal caminho obscuro e andam conosco para a vitória em longo prazo.

Sua presença divina consente com a ironia dos destinos e seguimos nossos caminhos com alguns anjos que encontramos por entre nossos passos incertos. Esses anjos são chamados de AMIGOS.

Solidão imaginária

Cada manhã que me desperta de um sonho sempre inacabado

Começa uma história que nunca foi escrita

Nas vãs palavras de um auto-sacerdote sábio

Proferem-se inocentes e insanas palavras malditas.



Minha cabeça sente o corpo e o faz movimentar-se

Contudo tudo o que penso me move para o vácuo

Vácuo de sentimentos e saberes

Sábias palavras de maldizeres

Que me partem em dois caminhos quase que incertos

Por suas incertezas os ouros que enfeitam e ornam

Guardam meu eu em seu coração de pedras preciosas

Duras como rocha e límpidas como água que deságuam.



Na solidão dos meus dias

Construo amigos dos quais nem o vento poderá levar

Simplesmente pelo fato de eles não existirem.



Procuro por eles em qualquer vala, esquina que me enxergam os olhos

Talvez não os ache por não senti-los

Ou então esteja embriagado demais para tocá-los.



Nada bebo. Nada falo. Nada faço.

Talvez me mantenha inquieto por não poder me embebedar

Mesmo em sanidade, vejo-me bêbado de um amor que nunca se propôs a chegar!

16 de abril de 2010

O amor é...

Amor: É o que te fortalece, te conquista, te faz ver na pessoa amada qualidades e defeitos que na grande maioria das vezes nos surpreendem; é o que te faz sentir capaz de suportar tudo; que se rala, se machuca, se mata, que é realmente sofrimento às vezes, mas se rala e se machuca para entender que há alguém para passar o remédio e curar, se mata para entender que há sim algo muito maior do que apenas a singela vida aqui na terra, pois transpassa as barreiras da realidade[não entendo isso... as pessoas quando dizem que são realistas apenas dizem coisas pessimistas. Uma das palhaçadas ignorantes do ser humano. Todos que pensam assim, não terão muito crescimento...eu penso isso, é a minha exclusiva opinião], é sofrimento porque temos que sofrer para aprender não é mesmo?; amor é viver intensamente cada novidade, mesmo que esta já não seja tão nova assim;é saber perdoar, errar, pedir perdão, acertar, mudar o que precisa e não tudo, pois quando pedimos para que as pessoas mudem demais é porque estamos querendo fazer a nossa perfeição[egoísmo] e deixar como nós queremos, visto que se assim for não terá mais graça, pois saberíamos cada passo do outro; resumindo amor é tudo na vida de toda e qualquer pessoa, mas é tanta coisa que acaba por não ter uma explicação exata do que é.