30 de novembro de 2010

Cegos olhos

Não é seu corpo que te faz ir para o fundo do poço
São seus olhos que nada visam
É tua mente que nada pensa
São teus princípios que nunca nasceram
Sadios ou sádicos pensamentos da tua luta insensata
É isso que te mata.

De uma frase mais pensada
Dois goles insanos de tal filosofada
Entendo que não quer ouvir aquele que tudo vê
Ou acha que vê
Porque olha para o escuro e mente enxergar
Sem caminho, sem muro, sem ideal para se apoiar.
Você não tem nada.
É isso que te mata.

Ah! Cegos de dois olhos
Insalubre cegueira dos séculos
Ninguém vê, finge que crê
E fazem-se donos da verdade.
Tua cura tem preço
Três gotas de colírio por tua catarata
É! É isso que te mata!

29 de novembro de 2010

Fogo e Álcool

Não sei se você sabe
Mas o meu íntimo depende
Dessa sua voracidade
Teu domínio chama-me suave
Tua chama efervescente queima
Meu ego teima, sua alma impede
Que meu coração congele
E aí que a gente se entende.

Deixa de lado teu berço de prata
Deixarei eu de lado minha alma inata
Abomina um futuro sem luz
Chega de viver sós. É isso a desgraça!
É insuportável ter de suportar os segundos
É imensurável ser limite da tua ardência
Meu corpo pede clemência e pede que me queime
É no teu fogo que me faço ser quem sou.

Jogo-me à tua vida
Desnuda-me e faz-me importante
Sou eu quem mantém teu propósito vivo
Será eu etílico ou simplesmente combustível
Faço-te crescer e tornar-se árdua
Se deixas marca é porque te dou meu sangue
Sou transparente, fervescente, seu amante
Álcool, com ou sem álcool; alcoólico;
Fogo, com ou sem fogueira; altamente inflamável.
Quero que me queimes, como queres que eu te alcoolize
Sem você não tenho meus por quês
Sem eu você não pode continuar ardendo.

Faça as misturas, beba e fermenta-se
Enquanto me derramo por ti.
É fogo que arde por me ver,
É álcool que te cresce se me sente,
É um precisar-te contente,
É um querer mais do que você.

E sem nada em comum
Completamos um ao outro
Somos Álcool meu amor, somos Fogo.

28 de novembro de 2010

Começou! (Rio contra o crime)

Inesperado!
Já estava mais do que na hora de alguém agir contra essa criminalidade infame que desde sempre inabilita o nosso país.
Medidas como estas devem ser exaltadas e por isso digo: Parabéns!... Salva de palmas para eles!
Confesso que não esperava esse tipo de atitude. Estou do lado da justiça e que esta seja feita em nome de todos nós.
Meus caros, não estão vendo o que está acontecendo?
Está na hora de TODOS agirmos para mudar o mundo, a deixa foi feita. Vamos lutar juntos para construirmos um futuro digno e de ideais coesos.
Desde muito tempo dizem que os jovens são o futuro. Isso é palavra de quem tem medo. Todos somos jovens a ponto de mudarmos essa fraudada sociedade.
Nós jovens não somos o futuro. Nós somos o presente e o presente do futuro.
Vamos parar de deixarmos o futuro como promessa e fazer a realidade do presente um fato consumado.
Vamos em frente. Vamos à luta. Sem sangue, apenas com a vontade de fazer diferente, a vontade de ReEvolucionar!
Quem vem comigo?

26 de novembro de 2010

Seu mundo, meu mundo

Meia noite, chegar em casa
Meio cedo, meio tarde
Metade de um todo meu
Mascado tempo, toda obra
Mesclado tom de vários sons
Menina instante, meio inconstante
Mais doravante, meio presente, passado errante
Mais queria um doce a um sorriso triste
Menos lágrimas suas, meio culpado inocente
Melhor dormir na rua do que me sentir distante.

Fiquei inteiro confuso em partir
Fugi contigo ao destino do vento
Fiquei sem ficar, parti pelo mundo.
Foi-se o tempo em que o relógio me dizia aonde ir.
Ficamos aos beijos e abraços tão intensos
Fingi as horas que se foram em segundos.
Foi-se o tempo em que existiam dois mundos.

Seu status, nossa decadência

Parabéns jovens,

Vocês conseguiram a sua estátua de donos da imoralidade, mas vale ressaltar a sua luta.
É tão difícil tentar se manter popular não é?
Foi preciso fingir que é “mano”, achar bonito ser marginal, se sentir o pegador de garotinhas que só estão interessadas no que vão falar delas no dia seguinte e entram na vadiagem dos corpos esbeltos procurando seu estrago; foi bom ser o errado para ser conhecido?
Você conseguiu fazer com que as drogas realmente servissem de desculpa para seus erros, dizendo que tinha que fugir dos problemas pessoais. Congratulações para você, adulto!
Graças a pessoas como vocês que se preocupam mais com o seu status do que com o seu amor próprio, o mundo está se estragando. É tão louco quebrar bancos, depredar janelas, pichar muros e queimar tudo, não é?
Pois eu lhes digo, isso NÃO é louco! Isso é burrice, seus homens impensantes. Loucos são os “patetas” que tentam mostrar para os normais (como vocês) que tudo isso não passa de atitudes infantis a ponto de destruírem a si mesmos, por nada! Ninguém vai chegar a lugar nenhum com isso.
Falam de política, mas fazem igual, mas de maneiras diferentes.
Por piercing, fazer tatuagens, etc., isso não tem problema, cada um faz com seu corpo o que bem quer, com o que não é seu, as coisas que você faz e afetam os outros é “invasão de privacidade”, é motivo para serem presos e exilados do mundo que é seu, mas você destrói.
Eu sou jovem, não sei de muita coisa, mas entendi que hoje, para vocês, ser correto é ser errado. Não sou certinho, cometo inúmeros erros, porém não sou capaz de destruir o que me sustenta, não quero destruir o futuro e a felicidade das pessoas que gosto.
E aonde vocês chegaram até hoje com isso?
Acordem! Vocês conseguiram status de marginais, pessoas que são dignas de pena e desprezo, gente que era como a gente, mas que por “babaquices” se tornaram a barbárie da sociedade.
Me desculpem, mas se você faz alguma coisa do que eu disse aqui, preste então atenção no olhar das pessoas que o cercam. Vocês estão sendo revoltados sem causa, ou melhor, por uma causa insensata. Vamos nos revoltar com esse tipo de atitude, com os caras que fazem errado lá de cima, e aí sim fazer diferente, aí sim poderemos dizer que somos pessoas revoltadas que querem mudar o mundo e fazer com que os problemas sumam sem precisar morrer pra isso.
Eu acredito em nós porque querendo ou não eu também sou jovem, todos somos jovens a ponto de podermos fazer diferente.
Então que assim seja.

24 de novembro de 2010

Reflexo

Estou perdido.
As lágrimas querem sair, mas insistem em ficar atrás da porta, pois sabem que sua saída de nada vai adiantar. O meu coração se você quer saber tinha amolecido, mas aos poucos está se solidificando novamente. Meus olhos, estes que escondem as lágrimas, estão cegos por enxergar uma coisa só, pode até ver outras coisas, mas nada mais importa, ironia pura, pois sabemos que cego é aquele que não vê, eu vejo ao menos alguma coisa, porém esta me tapa os olhos e nada mais vejo.
O meu corpo, sucinto de compadecimento alheio, obra de um sentimento de outrem que se dispôs a sentir por mim o que acabaria assim que eu me tornasse algum rio de águas límpidas no meio das florestas queimadas pelo desamor de um parecido, sente que está na hora de descansar, e sofrer ainda mais o que já sofreu, o que sofre e o que sofrerá por tudo o que lhe foi maléfico.
Os meus pés, ah meus pés, os mesmos que usei para chegar até onde o sentimento mais profundo estava, no qual andei por trilhas de pedra, descalço, estes estão se preparando para tomar o caminho de volta, porque quando lá cheguei, restavam apenas as palavras de baixo calão, os toques serenos preparados, para um soco talvez, e as mentiras de um peixe que pensava falar a língua dos jacarés sem perceber que jacarés não falam.
Minhas mãos, calejadas por ter cavado entre as rochas sedimentadas procurando um atalho para o outro lado de uma vida que parecia não ter fim (infeliz por ser em vão), e acabaram entre os pedaços de carne viva que os dinossauros, que não existem, mas deram um jeito de existir só por minha causa, desfrutaram de mim.
E a minha mente consciente de que tudo o que eu falei, aos olhos alheios não passam de uma peça de teatro mal encenada, tem também a humildade de pensar que cuidadosamente entende que nunca me importou com o que um desconhecido (mesmo que nos conhecemos) acha de alguma coisa, e que essa é a última vez que eu me olho no espelho.
Muito obrigado por ter me ouvido. Nada mais do que obrigação, afinal, você sou eu, e estamos olhando um para o outro e dizendo: Tudo de novo! Agora é só rezar para que o colchão de onde quer que vamos cair seja pelo menos d’água, no mínimo de sorte macio. Se é que temos sorte ou alguma coisa nessa vida.
Um abraço meu EU. Ontem, agora e sempre, juntos.

23 de novembro de 2010

Se os Tubarões fossem Homens

Está aqui uma crítica que talvez fará você PENSAR um pouco mais...

por Bertold Brecht
Se os tubarões fossem homens, perguntou a filha de sua senhoria ao senhor K., seriam eles mais amáveis para com os peixinhos?

Certamente, respondeu o Sr. K. Se os tubarões fossem homens, construiriam no mar grandes gaiolas para os peixes pequenos, com todo tipo de alimento, tanto animal quanto vegetal. Cuidariam para que as gaiolas tivessem sempre água fresca e adoptariam todas as medidas sanitárias adequadas. Se, por exemplo, um peixinho ferisse a barbatana, ser-lhe-ia imediatamente aplicado um curativo para que não morresse antes do tempo.

Para que os peixinhos não ficassem melancólicos haveria grandes festas aquáticas de vez em quando, pois os peixinhos alegres têm melhor sabor do que os tristes. Naturalmente haveria também escolas nas gaiolas. Nessas escolas os peixinhos aprenderiam como nadar alegremente em direcção à goela dos tubarões. Precisariam saber geografia, por exemplo, para localizar os grandes tubarões que vagueiam descansadamente pelo mar.

O mais importante seria, naturalmente, a formação moral dos peixinhos. Eles seriam informados de que nada existe de mais belo e mais sublime do que um peixinho que se sacrifica contente, e que todos deveriam crer nos tubarões, sobretudo quando dissessem que cuidam de sua felicidade futura. Os peixinhos saberiam que este futuro só estaria assegurado se estudassem docilmente. Acima de tudo, os peixinhos deveriam rejeitar toda tendência baixa, materialista, egoísta e marxista, e denunciar imediatamente aos tubarões aqueles que apresentassem tais tendências.

Se os tubarões fossem homens, naturalmente fariam guerras entre si, para conquistar gaiolas e peixinhos estrangeiros. Nessas guerras eles fariam lutar os seus peixinhos, e lhes ensinariam que há uma enorme diferença entre eles e os peixinhos dos outros tubarões. Os peixinhos, proclamariam, são notoriamente mudos, mas silenciam em línguas diferentes, e por isso não se podem entender entre si. Cada peixinho que matasse alguns outros na guerra, os inimigos que silenciam em outra língua, seria condecorado com uma pequena medalha de sargaço e receberia uma comenda de herói.

Se os tubarões fossem homens também haveria arte entre eles, naturalmente. Haveria belos quadros, representando os dentes dos tubarões em cores magníficas, e as suas goelas como jardins onde se brinca deliciosamente. Os teatros do fundo do mar mostrariam valorosos peixinhos a nadarem com entusiasmo rumo às gargantas dos tubarões. E a música seria tão bela que, sob os seus acordes, todos os peixinhos, como orquestra afinada, a sonhar, embalados nos pensamentos mais sublimes, precipitar-se-iam nas goelas dos tubarões.

Também não faltaria uma religião, se os tubarões fossem homens. Ela ensinaria que a verdadeira vida dos peixinhos começa no paraíso, ou seja, na barriga dos tubarões.

Se os tubarões fossem homens também acabaria a ideia de que todos os peixinhos são iguais entre si. Alguns deles se tornariam funcionários e seriam colocados acima dos outros. Aqueles ligeiramente maiores até poderiam comer os menores. Isso seria agradável para os tubarões, pois eles, mais frequentemente, teriam bocados maiores para comer. E os peixinhos maiores detentores de cargos, cuidariam da ordem interna entre os peixinhos, tornando-se professores, oficiais, polícias, construtores de gaiolas, etc.

Em suma, se os tubarões fossem homens haveria uma civilização no mar.

22 de novembro de 2010

Seu adeus à minha alma

Súbito meu,
Declínio da simpatia,
Agouro da alma sadia
Que adoece na tua partida.
Doce pesar da lua minha.

Desprende o espinho que me pertencia,
Espeta-a em suas pétalas que tomo para mim,
Nos uivos medonhos que a deixam arrepiada
Do monstro frio que me levou ao fim
Perdida alma que se foi
Solitária essa que não tem mais ti.

20 de novembro de 2010

Sim?

Coloque palavras no espelho
E veja que não pode explicar
Não pode tudo
Não pode o que pode.
Não pode!

Tente alguma vez escrever sua frase preferida num copo d’água,
Guardar seu coração que pula instantaneamente,
Sentir o que sente aquele que não está presente,
Ler o que o poeta escreveu ao vento,
E veja que não pode saber.
Não pode saber tudo,
Não pode saber o que sabe.
Não pode!

Use os pronomes, se dirija aos seus tratamentos,
Perceba que você não tem educação,
Aquém da tua posse, meu, seu,
Nosso por ironia; figura do linguajar infame;
Sou concreto abstrato, substantivado por um artigo
Novo, idade moderna, média, antiga.
Não dá.
Nunca dá. Não dá para dar.
Não dá!

Quem já pensou em se jogar daquele precipício ali na frente?

Então me dê a mão...

O escuro

Eu tenho medo
É de ficar sentado olhando as estrelas
E ver que são tantas, muitas juntas
E eu poder estar só.

Eu tenho medo
De ver a lua brilhando por me ver
Iluminando as faixas da rua que me levarão para mais perto de si.

Eu tenho medo
É de ganhar tudo e não ter nada
Mesmo tendo eu perdido em sonhos
O que pude ter em realidade.

Eu tenho medo
De me tornar o que alguém quer
Perder-me dos arrepios
Por me tornar aquela e não ser mais eu.

Eu tenho medo
De não estar no controle de mim.
Do mundo ou de alguém, nem mesmo estive
Mas tenho medo mesmo assim.

Com quantos arames se faz uma jarra d’água?

Mesmo que o improvável possa acontecer
Tudo pode dar errado.
Afinal,
Nem tudo fica certo quando tudo pode estar mesmo certo.

17 de novembro de 2010

"Horas são..."

São quase duas,
São quase nossas

Horas que não descansam;
Suam, mas não cessam.
Suas juntas às minhas
Humildes horas, ricas nossas;
Precioso é o tempo meu que é de nós dois.
Não podemos deixar para depois,
Que talvez nem mesmo consiga chegar
Na hora certa.
Fusos horários, confusos
Horários, minutos,
Minuciosos segundos,
Quando estamos longe, milênios
Quando perto, frações de milésimos.

 
 

Copyright © 2010 by Luiz Aguinaldo Ponton Cuaglio

16 de novembro de 2010

“Lixúria”

Os quadros na parede, abstratos
Mostrando protecionismo abraçado ao estrangeirismo
São apenas retratos
Homens sem forma, sem fé
Ao final, afinal, mal amados.

As bocas que gritam não são os dedos que apontam,
Os dedos que saúdam, outra vez bateram.
Eles não agüentaram; e nós abrimos a porta
Do conformismo que criticamos, mas sentamos em cima porque nos conforta.

Sujos, imundos, amigos de desencargo
Acham-se donos, tolos empregados
Do sistema que tira sua honra, lança-o no abismo
Risos e risos. Teu fim. Nossa ReEvolução.

Se aquele que olha os quadros entende
Que então se vire para frente,
Pegue seus escudos e armas e corra
E chegue então aos que estão à sua frente
Lutando por ideais únicos, mas nem por isso indiferentes.

Lança a sua lança até onde sabe que ela alcança
Destrua os muros da cegueira social
Derrube os preconceitos
E quando todos os lixos perecíveis estiverem recolhidos
Suja-se do erro racional
E queima com fogo inóspito rebelado de nosso sangue amargo
Ensine que isso é seguir em frente, não é retardo.

Sujos, imundos, amigos de desencargo
Acham-se donos, tolos empregados
Do sistema que tira sua honra, lança-o no abismo
Risos e risos. Teu fim. Nossa ReEvolução.

Sujos, imundos, amigos de desencargo
Acham-se donos, tolos empregados
Isso é a nova realidade, povo charlatão
Risos e risos. Teu fim. Nossa ReEvolução.

 
 
Copyright © 2010 by Luiz Aguinaldo Ponton Cuaglio

15 de novembro de 2010

O Eu de todo mundo (música)

Ele gosta de madrugada e solidão
Ninguém tem o poder feri-lo por pretensão
E se sente felizmente infeliz
Por ter tido tudo o que sempre quis
Sem nenhum esforço.

Ele troca todo seu luxo por ideais
Busca no súbito piscar que a lua dá
De seus preceitos, os restos mortais
Sente vontade de ir embora pra algum lugar.

Você nunca pensou em se rebelar?
Ele não só pensa como também faz.
Você já tentou fazer diferente sendo igual ao que sempre foi?
Ele é o que é porque sempre foi assim
E assim vai fazendo a diferença.

Quando se senta na escada e vê como o topo é sagrado
E ao olhar para baixo percebe que o tombo pode ser fatal.
Mas ele não se contenta em ficar sentado com medo e fardo
Pode ser que ele caia, mas por tentar chegar ao topo
Talvez não tenha tombo, e mesmo que tiver, pode ser legal
Pelo menos ele tem tentado.

Ao subir a montanha vai escrevendo no caminho
Qualquer um pode pensar que o vento apagará sua história,
Mas ele sabe que o vento está levando-a para o mundo.
Pode ser que ele esteja sozinho,
E que seu amor seja poeira de estrada,
Mas confia que tem amigos e amor para vencer a batalha,
A guerra é só uma consequência de várias destas vencidas.

Você nunca pensou em se rebelar?
Ele não só pensa como também faz.
Você já tentou fazer diferente sendo igual ao que sempre foi?
Ele é o que é porque sempre foi assim
E assim vai fazendo a diferença.

Você nunca pensou em se rebelar?
Ele não só pensa como também faz.
Você já tentou fazer diferente sendo igual ao que sempre foi?
Ele é o que é porque sempre foi assim
E assim vai fazendo a diferença.

Você já tentou fazer diferente sendo igual ao que sempre foi?
Você já tentou fazer diferente sendo igual ao que sempre foi?



Copyright © 2010 by Luiz Aguinaldo Ponton Cuaglio

Versus tempo (Música)

O Tempo olha para mim com desdém
Enquanto eu procuro além da janela um propósito
Confrontado com os ponteiros deliberados
Sentindo-se moralmente motivados
Decididos a um só plano
Separar-me de alguém e de mim também.

Não me contento com pouco
Eu quero muito e muito mais.
Vou enfrentar o Tempo e quem quer que seja
O meu corpo pede o que minha mente deseja.
Eu grito liberdade e fico rouco, mas não deixo de gritar
Posso até não ter mais voz, mas sempre tem um louco são para me apoiar.

Farei mesmo que eu tema, e temo.
Fazer enquanto tenho vitalidade,
Por mais que ela seja eterna,
Pode ser que eu não tenha muito tempo.

Vou buscar a minha inspiração nas ninfas camonianas
Encontrarei entre elas o nexo das minhas canções,
Eu mero servo, ela rainha soberana.
Uniremos em um destino, dois corações
E vamos comemorar a vitória contra o Tempo.

Farei mesmo que eu tema, e temo
Fazer enquanto tenho vitalidade,
Por mais que ela seja eterna,
Pode ser que eu não tenha muito tempo.

Nada vai me impedir de querer muito e muito mais
O que eu tenho ninguém tem
E se quer saber vou muito além...
E vamos comemorar a vitória contra o tempo.

Farei mesmo que eu tema, e temo
Fazer enquanto tenho vitalidade,
Por mais que ela seja eterna,
Pode ser que eu não tenha muito tempo.



Copyright © 2010 by Luiz Aguinaldo Ponton Cuaglio

12 de novembro de 2010

ReEvolução

http://reevoluindoomundo.blogspot.com/

Leiam e sigam...
Vale à pena.

Quem quiser gritar para o mundo também poderá postar suas ideias. Basta entrar em contato.

Obrigado, meus caros

10 de novembro de 2010

Mudar em nós À priori

Fale comigo como se fosse o dia em que nos conhecemos.
Quando você ouviu minha voz,
E eu disse que o mundo não foi feito para nós dois,
Que a música se revoltaria dentro de nós,
Pedindo novos ares.

Grite como se tudo o que perdeu fosse eu
Mesmo que não seja. É só a sua revolta.
Abra a sua janela no alto da madrugada,
E veja o cometa caindo. Trazendo consigo
A força do universo sobre nossas cabeças,
De mentes acomodadas de uns,
E inquietas de outros.

Abrace sua intuição e lute por seus ideais.
Eu prometo subir no alto da montanha e gritar por você,
Ou então grite comigo para o mundo ouvir,
Que tudo não passa de idiotice humana.
Nada como um choque elétrico para despertar
O som que ecoará e então acordaremos.

Não seremos mais a conseqüência mundana.
E bastará um olhar daquela que é a razão
Para que tudo se transforme em outro mundo.
O nosso mundo.

O inicio de tudo está em nós.
Vamos ReEvolucionar!

9 de novembro de 2010

Sanidade e loucuras à noite (música)

Habilidade para os que correm sem parar
Hoje nada substitui grandes emoções
Quando não fazia coisas sem pensar
Não compunha com nexo minhas canções.

Agora é hora de fazer mundo girar
Álcool, Vodka ou momentos delirantes
Se fosse outro não faria por pensar
Sinta-se livre para quebrar tudo, aproveite seus instantes.

Em um barzinho ou um cinema às dez
Bebidas, risadas e beijos por instinto
Entenda que sobriedade é viver em paz sob instinto assassino
E viver de sorte ou revés.

Esqueça o mundo lá fora e vem
Não se prive das torturas
Sou a sua parte sã e as suas loucuras.

A solidão machuca
A realidade não é pessimista
Os sonhos inspiram uma vida louca e maluca
A música está tocando. Vamos pra pista.

E nesse gingado em sintonia com a batida
Esqueço resto que entorna a minha vida
Harmonia dos corpos dançantes
Com letras minuciosas de cada instante.

Esqueça o mundo lá fora e vem
Não se prive das torturas
Sou sua parte sã e as suas loucuras.

Vem comigo não importa lugar
Vamos sair pela noite sem hora pra chegar
Esqueça o mundo lá fora
Não se prive das torturas
Sou sua parte sã e as suas loucuras.

Esqueça o mundo lá fora
Não se prive das torturas
Sou sua parte sã e as suas loucuras.

 
 
Copyright © 2010 by Luiz Aguinaldo Ponton Cuaglio

Dama de roxo (música)

Vem sentir as cordas torturando as mentes submissas
Traz consigo a bandeira do novo ideal
Deixa de lado seus vestidos roxos e vista a música, a vida.
Não peça para que eu me acomode
E o som da bateria eclode
É a nova evolução vital.

Permita que minhas letras possam invadir
O ímpeto do seu ser
Para poder então persuadir
E mostrar que tudo é diferente depois que se vê.

Guarde sua luxúria indecente
Cuspa fora o crer do homem decadente
Homens de preto que caem ao chão
Ao som da guitarra vindos do coração
Dos "ReEvolucionários" em ascensão
Destruindo a fama e a vida alheia
Construindo o ato que permeia
No seu mais profundo existir
Mostrando que é hoje e aqui
Que nós vamos "ReEvolucionar".

Permita que minhas letras possam invadir
O ímpeto do seu ser
Para poder então persuadir
E mostrar que tudo é diferente depois que se vê.

Dama de roxo
De injúrias malogradas de subjetividade
Acorda aos gritos de homens que sabem
Que saber tudo é indecência, e bebem
Do sangue de um passado que foi futuro
Que pensou que o que eram era verdade,
Mas vêem agora que eram futuristas decadentes
E agora é a nossa vez,
Faremos diferente.

Permita que minhas letras possam invadir
O ímpeto do seu ser
Para poder então persuadir
E mostrar que tudo é diferente depois que se vê.




Copyright © 2010 by Luiz Aguinaldo Ponton Cuaglio

6 de novembro de 2010

Palavra, Ação.

Talvez tenha virado vicio
Por ser uma virtude que não soube usar.
Talvez vire armistício
Pelas horas de tortura de amar.

Pude drogas, mas repeli
Pude álcool, pouco usufrui
Meus devaneios são conscientes
Sou louco por querer mudanças urgentes.

Se eu escolher revolução
Quem vai me apoiar?
Riquinhos com seu ego podre;
Patricinhas que lêem revistinhas de fofoca;
Podre de alma, mendigos de coração;
Pais e mães com medo de sermos marginais?

Não quero nada disso.
Quero caminhar livre e gritar.
Do meu lado gente que pensa,
Roqueiros apedrejados por ideais,
Não quem segue horóscopo de famosos.

Sou um ReEvolucionário
Quero revolução para evoluir
Não precisamos de tecnologia
E sim de nós mesmos,
Pois se a criamos,
Talvez seja a hora de criarmos o que perdemos no processo de evolução:
Consciência.

5 de novembro de 2010

Uma cópia de mim, por favor.

Alguém aí seria capaz de dar uma cópia de si mesmo para outrem?

Me pediram isso, e eu me peguei pensando “como eu faria isso sendo que já tentaram, sem êxito, pois me confundiram tantas vezes, diziam ser iguais, porém eram uns 50 cm mais baixo, o tom de pele muito mais escuro (alto contraste eu diria), voz que não confundiria nem a um bêbado surdo ( eu poderia dizer apenas surdo, mas o bêbado revela a ênfase em: não tem nada a ver) e o resto, menos parecido ainda.?
Cópia de eu mesmo, marquem aí, em breve nas livrarias. É sarcasticamente interessante o quanto venderia algo assim. Pode não vender mais que revista de fofoca porque fala apenas da minha vida e não da vida de muitos famosos, mas não deixa de ser a subjetividade de alguém que doaria tanto de si para alguém que chegaria a fazer uma cópia para dar de presente.
Respondendo a minha própria pergunta, eu faria uma cópia de eu mesmo para alguém que eu ame muito, afinal, seria tão bom ver o quanto faço bem/mal para alguém. Mas nunca consegui ficar como personagem secundário na história, na minha história. Talvez seja a hora de eu pensar seriamente nesta hipótese.
E aí, qual a sua reposta?

4 de novembro de 2010

Mundo do meu amor

Estou desacreditado na minha falta de capacidade para certas coisas.
É incrível como gosto das palavras e estas reagem de forma recíproca a ponto de se encaixar mais à minha pessoa do que eu a esse tipo de formalidade.
Mas o que me toma conta mesmo nem são as palavras e sim o que elas tentam me explicar, sem êxito, afinal isso não tem explicação, é tão único quanto a palavra saudade, oriunda do nosso queridíssimo português.
É um mundo, meus caros, que te aprisiona, deixa-o sobreviver a pão e água, mas dá-lhe carinho e afeto e outras coisas como consequência.
Entrei por uma porta que só tinha o lado escrito entrada, mas talvez a saída seja lá na frente, talvez também seja tão longe que será a porta direta para o paraíso.
Entrando em sã consciência percebo que vivo constantemente em devaneios, e conscientemente aprisionei-me num mundo que me faz bem e feliz enquanto não chove lágrimas em forma de pedras.
Dependendo do tamanho da pedra e do impacto sobre mim, pode ser que seja tão profundo esse mundo que me leva direto ao fundo e eu afundo.
Mas quem disse que eu nunca pensei em viver no mar?
Quem disse que o fundo do mar é o fim do mundo?

Virando a esquina

Falemos então do que você não concordaria porque é algo que você faz.
Ignorância, meus caros companheiros de devaneios, é mais do que comum, é comum ao quadrado, nos dias de hoje, contando que passou a ser virtude do homem que leva consigo o esculachado senso-comum. Pois é, eu os incentivo, nobres pessoas com narizes vermelhos e cabelos coloridos, a continuarem lendo revistas que dizem o que as pessoas fazem, o que a maioria tem em comum. Mas saibam que você não é a maioria, e pensar no comum onde todo mundo é diferente é um erro.
Se a maioria fuma maconha então você também fuma, não importa sua opinião, afinal é a maioria não é?
Deixem de ser trouxas, criancinhas que não precisam pensar para ganhar um copo de leite com achocolatado, e comecem a pensar nos por quês que realmente interessam e não os por quês da dona Maria que subiu no muro e caiu de cabeça dentro do balde.
É por isso que a sociedade está essa desordem, esse monte de microchips de ultima geração que mal sabem dizer sobre si mesmo e tentam dizer sobre os outros.
Pensar, meus queridos, é mais do que supor, é refletir e chegar a uma conclusão sensata do que se realmente é.
Voltando a falar sobre a ignorância que nada mais é do que falta/preguiça de pensar.
Esta está se desvinculando do “normal” da sociedade e entrando no ramo da prostituição.
Não entendeu, não é?
Pois então, eu respondo.
Pessoas totalmente ignorantes vão a lugares abertos, sucintos de êxito no seu procriar, e “vendem-se de graça”, pois ninguém paga nada. É só chegar lá e usufruir do senso comum, e gostando passa a viver nessa vidinha medíocre, no ato de disseminação do que as pessoas têm mais facilidade em assimilar: o errado.
Louco não é aquele que faz coisas erradas e sim, nos dias de hoje, aquele que tenta fazer a coisa certa sendo que todo mundo já faz errado, ou ao menos procura fazer.
Não sou o idiota que você pensa que está aqui para ficar dando lição de moral, mesmo sendo isso é bem mais fácil de acreditar. Sou alguém que vive nisso e viu que há algo de muito errado e está tentando, ouçam bem, tentando, talvez conseguindo através de alguns, abrir os olhos de vocês e deixá-los ver que não é para seguir apenas o que eu penso e sim pensar sobre o que eu pude pensar.
Muito obrigado pela atenção!

3 de novembro de 2010

O mudo falando para o surdo

Bom, caros amigos...

Hoje podemos falar sobre quais os pontos em que o amor pode alcançar?
Não me importa muito se quer ou não saber disso, afinal o que não te interessa pode interessar para outro, portanto direi assim mesmo.
O amor como todos sabem tem as suas várias formas: o carnal, o de mãe, de avó, de amigos, etc.
Mas o que me convém pensar é até aonde ele interfere na sua vida. E como o que me parece mais comum é o carnal, entre namorados, noivos, casados, falaremos deste.
Tomando como base o que exclusivamente o meu íntimo sente, o amor se apossou de mim brutalmente, de tal forma que chega a arder por dentro, e eu, acho-me masoquista percebendo que chego a gostar dessa insuportável agonia exacerbada.
Confesso que sou um viciado nessa dor que não é original de fábrica, ela vem adulterada, talvez com doses de morfina, sei lá; não me parece algo normal, mas enfim, nem eu me acho normal, talvez seja cabível a mim.
A questão é... A quê isso me leva?
Esse amor que me envolveu de forma tão harmônica, talvez tanto que às vezes até chego a brigar comigo mesmo por ser tão comum a mim, que perdi rumos que tracei, os lugares que imaginei descobrir agora tem que ter lugar para mais um alguém, tudo o que era meu agora é subordinado a uma intuição aquém da minha.
Mas esse amor me dominou para me fazer bem, imagino eu; e não para trazer malefícios a ponto de me fazer de novo sofrer, chorar (idiotice que não consigo controlar), entrar em profunda saudade, solidão e tristeza.
O amor, minha gente, foi feito para fazer bem. O ciúme é entendido como amor para servir de desculpa. Sou à favor do ciúme, sou ciumento sim, e muito, mas chegar a ponto de atrapalhar a felicidade já é demais. Confiança vem no pacote, se há amor, tem de haver confiança, se não houver o que nos resta? Ficarmos isolados num quarto sem poder ver ninguém? Porque é assim que acontece, você pode não ser perfeito, mas tem qualidades, e se fidelidade por uma delas, ela não conta, ou seja, não adianta nada ser o que você é!
Estou muito, exageradamente revoltado com isso. Depois que digo que não sei quem sou, pois nada do que sou está certo para ninguém, os outros vêm dizer que é drama meu.
Eu amo, o meu amor é imensurável, mas não adianta apenas amar, tem de usar o que há no fundo do pacote também, e confiança é uma delas.



Nota:
Eu sou um grande menino de 19 anos, que gosta de futebol, poemas e poesias, amigos, família, educação, ler, estudar, sair, me divertir seja como for, nem que seja andar em volta do quarteirão com alguém; escutar música me faz bem, contudo meu outro lado é muito obscuro com mimos, dramas, houveram mentiras, mas dolorosamente aprendi que isso não me faz nada bem e nem aos outros também, brincadeiras que às vezes se excedem, chatice, medos, amar demais uma pessoa só também conta aqui, afinal, é duro dar-se de todo para alguém que não reconhece isso, mas não me arrependo e amo muito, muito mesmo, sem dó de mim; acho que estou certo sempre, ou ao mesmo procuro sempre fazer com que eu não caia perante ninguém, porém pedir desculpas não é nada demais para mim, se me arrependo peço sem problemas; me preocupo demais com os outros, confundido às vezes por puxa-saquismo, ou então “tentativa de mostrar-me perfeito para os demais.
Enfim, sou o que sou, e não me arrependo, mas tento mudar o que há de errado, porém não sou perfeito e NUNCA vou ser, mas evoluir, mudar para melhor é sempre muito bom.
Tirem suas conclusões da minha vida porque é bem mais fácil da minha do que da sua, mas tenha a consciência de que sempre estarei aqui para ouvir dos meus erros a fim de mudá-los; estarei pronto para ajudá-los, e amando, sempre!

2 de novembro de 2010

Partiu de dentro (música)

Nunca estive no céu
Para saber o que é morrer de amor
Enquanto vivo aqui na terra
O mar vai se revoltando
E as estrelas escrevendo
O que contam os meus pensamentos.
Músicas noturnas,
Risadas, descontentamentos,
Beijos, abraços, sentimentos
Que invadem meu peito
Quando estou com você.

Você é a música dos meus pensamentos
Sem letra, tampouco melodia,
E para que eles entrem em sintonia
É preciso só você
De noite e de dia.

O sol reflete o seu sorriso
O vento, o que levou de mim
O seu jeito virou o meu tormento
Não sai do meu pensamento
É querer começar e não ter mais fim.
Não quero lhe dizer mais nada
Quero que você cante para eu dormir.

Você é a música dos meus pensamentos
Sem letra, tampouco melodia,
E para que eles entrem em sintonia
É preciso só você
De noite e de dia.




Copyright © 2010  by Luiz Aguinaldo Ponton Cuaglio

1 de novembro de 2010

O destino de dois: eu e eu

Meu eu, como vamos?
Vamos a pé,
Seja por aonde for,
Iremos sem medo procurando entre os nossos passos um amor.

E se não encontrarmos?
Tentaremos esconder nossas pegadas
Para que se houveram falhas
Ninguém encontre o que nos pertence.

E se passamos por lugares errôneos?
Desde que tenhamos chegado a algum lugar a salvo
Procuraremos um caminho diferente
Mesmo que mais longo,
Inerente aos nossos desejos
Flechando o tal amor verdadeiro que está no alvo.

E o que enfim temos a ganhar?
Depois da curva tem uma caixa com presentes
Dentre todos os mistérios da vida
Sob todas as contradições presentes
Tem alguém que quer amar a gente
Se então ficarmos em dúvida
Essa é a nossa saída.

Solitário com saudade

Acordo com o peito inchado
O rosto moído
Lábios cortados e sorriso emudecido
Só de ter sonhado com você tão distante
Dói-me saber que tens partido.

Contando as horas para te ver
Não consigo um segundo sem pensar em você
Nem ao menos feliz sou vendo-a tão longe
Tentando senti-la perto
Saber que o distante é deserto e eu quero mar de lágrimas de alegria.

Abro os olhos vejo desespero
Se os fecho tentando sonhar contigo
Parece castigo e as lágrimas caem.

É intensa saudade
É querer sem dimensão
Foi neblina, agora é tempestade
Cai pedra do céu e fere meu coração.

Fiz planos para alguns dias
Mas não tive dias para cumprir meus planos
Tentei me erguer novamente, mas você está distante
Quero suas mãos que me ajudam
E trazem os abraços que me confortam.

Subjetividade e ciência
Queria o beijo de amor como consequência
Mas você está longe, vindo para cá
Enquanto eu aqui queria estar aí.

Contando as horas para te ver
Não consigo um segundo sem pensar em você
Nem ao menos feliz sou vendo-a tão longe
Tentando senti-la perto
Saber que o distante é deserto e eu quero mar de lágrimas de alegria.